20071002

Misérias Lurdinas


aulas em cineteatros,
CONTENTORES, salas da Casa do Povo E JUNTAS de freguesia. Mães que dão aulas e passeios de 800 metros para cada almoço.

«Em Nelas trinta e cinco crianças estão a ter aulas no cineteatro de Nelas desde o início do ano lectivo. O recreio, é na rua, em plena estrada situada nas traseiras do imóvel.

Em Janeiro de 2008, deverão ser transferidas para a EB 2,3 Fortunato Almeida, onde decorrem obras.

A tese da surpresa é, porém, contestada numa reclamação escrita à Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), assinada por vários encarregados de educação. Estes alegam que "pelo menos desde Abril de 2007" a Câmara e a direcção do agrupamento de escolas "sabem do problema, porque tal era previsível para a redefinição da rede escolar. Não obstante isso, nada discutiram com os pais, nada prepararam atempadamente", acusam os subscritores da reclamação.

O JN tentou ontem, por várias vezes, falar com o vereador da Educação, mas Osvaldo Seixas esteve incontactável.

Em Tarouquela, concelho de Cinfães, as aulas de enriquecimento curricular decorrem num contentor de 27 metros quadrados para duas dezenas de crianças.

Na vila de Sátão, sete turmas da escola do 1° Ciclo têm aulas em salas da Casa do Povo e da Junta de Freguesia. Em Tondela, crianças de 12 turmas estão também espalhadas por três espaços: seis têm aulas da EB 2,3 da cidade, três na velha escola de Tondela n° 1, e as restantes três foram instaladas no edifício do infantário. » ( Adaptado de: Jornal Notícias, 02-10-2007, Rui Bondoso, página: 35).

“Todos os dias Ricardo faz o mesmo percurso. Pega na bicicleta e ruma à escola em busca de uma resposta: "Quando vem o novo professor?" Para a maioria dos alunos da Escola Básica do Mucifal, em Sintra, as aulas começaram no dia 17, mas Ricardo é um dos 15 que continuam sem saber quando regressam ao estudo.

Este ano o Governo apostou forte no arranque das aulas: o primeiro-ministro, sete ministros e 13 secretários de Estado distribuíram cerca de dois mil portáteis pelo País. A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, garantiu até que há motivos para comemorar o início das aulas. Rapidamente a Confederação das Associações de Pais revelou que há dezenas de escolas de portas fechadas, com problemas no transporte das crianças, falta de auxiliares de acção educativa e de professores.”

(…)

Na Parede, alunos do 4. ° ano da Escola n.º 2 foram este ano transferidos para um espaço anexo à EB 2,3 de Santo António. As obras na Escola de Rana obrigaram à redistribuição dos alunos pelos outros estabelecimentos do agrupamento. Surpreendidos com as condições, os encarregados de educação, que tinham os filhos na escola da Parede, queixam-se agora dos contentores anexos à EB 2,3 onde as crianças têm aulas.

"
O espaço para o recreio é exíguo, as crianças não podem sair dali e a gestão da escola improvisa todos os dias", lamenta um pai que preferiu não se identificar, adiantando que muitas das crianças têm agora problemas de deslocação. Contactada pelo CM, a escola esteve indisponível para esclarecimentos." (Ano lectivo começa aos solavancos in Correio Manhã 01-10-2007, página: 1/6/7).

“Em Gumiei estudam agora 26 crianças, 16 das quais são deslocadas de outras aldeias.

As duas únicas salas têm de servir para as aulas e para as actividades extra-escolares. Sem local para almoçar, os alunos são obrigados a andar cerca de 300 metros, por uma estrada sem passeio, até um centro de solidariedade social. "Os pais queriam que se fizesse as refeições no interior da escola, mas não temos condições", referiu ao CM uma das professoras.

MÃES ESTÃO A DAR AULAS AOS FILHOS
Tal como aconteceu em Merufe, freguesia do concelho de Monção, onde os pais de 29 crianças protestaram violentamente contra o fecho da escola da terra, também em Paraíso, Castelo de Paiva, as mães resolveram dar as aulas aos filhos, para que eles não se atrasassem muito. Contestam o fecho da escola e a mudança para Casal da Renda. Hoje há uma reunião dos pais com a Câmara e com a DREN.

ALMOÇO A 400 METROS DA ESCOLA

Os pais" dos 50 alunos da Escola Básica da Comenda, em Évora, estão contra a solução encontrada pela Câmara para levar os menores a almoçar numa outra escola situada a 400 metros. Os encarregados de educação consideram o percurso perigoso e querem que a viagem seja feita em veículo escolar e não a pé. A autarquia diz que a medida promove a educação rodoviária. (
LUÍS OLIVEIRA)

Fonte: Recortes de Imprensa do SPGL

1 comentário:

Anónimo disse...

Dados preciosos para dismistificar o alarde propagandístico do tudo está a correr às mil maravilhas da ministra e sus muchachos. Vou publicá-los no Escola Pública, certo?