20071020

Quem é António Ferreira de Jesus...

Mais uma surreal... se não estivessem anarquistas também na mega-manif de dia 18 em Lisboa, não saberia que esta situação estaria a acontecer. Não existe obviamente prisão perpétua em Portugal mas façam o favor de perderem um pouco de tempo. É só para se ficar a saber, acaso exista ainda alguém que não saiba (sic) que isto se passa logo aqui ao lado. Atenção que tudo isto é pago com o dinheiro dos contribuintes, portanto "são cúmplices" desta mesma situação que só pode ser SURREAL!!!


António por ele próprio:

"Desde o 25 de Abril para cá que me tenho empenhado numa luta firme e decidida contra o sistema prisional e os seus serventuários mais despudorados e torcionários. Digamos que estou marcado com o traço vermelho da arrogância e da ilegitimidade de um sistema que é ele próprio delinquente e à margem da lei. E não sou só eu que o digo. Insuspeitas figuras e organizações já o têm afirmado até à exaustão.

A constante perseguição que me é movida dentro das prisões não é de natureza meramente disciplinar. E, nessa dimensão, poderemos caracterizá-la como política, no sentido em que decorre de uma revanche ideológica sobre alguém que é estruturalmente adverso ao sistema concentracionário do Estado, a uma filosofia jurídica e institucional que trata os pobres como inimigo principal e os elege como hóspedes permanentes das prisões".

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Não sejamos cúmplices com o silêncio das 'autoridades'!

A sua vida continua a depender da nossa solidariedade!

Ainda há presos políticos no Portugal de hoje!

2 comentários:

Anónimo disse...

Entrevista a António Ferreira publicada na edição nº1145 de 8 de Julho de 2004 no semanário "O Crime" - in http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=41519&cidade=1

A determinada altura o jornalista do jornal Crime, pergunta: "Que recado gostaria de enviar a quem, ainda, o mantém preso?"

"... Aprendam a respeitar os direitos humanos e, no mínimo, os fundamentos teóricos da democracia que tanto dizem defender. Mas, com todo o direito, apraz-me dizer que a situação que hoje vivo não é de todo diversa da maioria dos cidadãos, que vive despojada dos seus direitos, espoliada da sua dignidade e impedida de exercer qualquer direito de indignação. Os canalhas que nos oprimem cá dentro, são os mesmos que vos tramam aí fora. A única diferença é as circunstâncias e os meios."

Vale a pena ler...

Anónimo disse...

Tou! ;)