20080401

Microfone e vozes cristalinas



Quando se fala do problema da indisciplina, do escasso tempo de atenção/concentração dos alunos, ou simplesmente, do cansaço dos professores esquecemo-nos que esta é uma profissão que privilegia a comunicação oral. Para que a voz do professor chegue aos alunos deve estar 10 decibéis acima do barulho ambiente e isto, é bastante difícil de conseguir porque raramente as nossas salas de aula foram construídas, revestidas ou mobiladas, de forma a favorecer a propagação da voz nas melhores condições: os alunos para ouvirem em boas condições têm que se manter em silêncio, o professor obriga-se a falar mais e mais alto para contrabalançar o barulho ambiente (tempos houve em que a minha sala se situava junto a um campo de jogos, pelo que, o apito, os risos, as invectivas, as celebrações eram lugar comum e impediam qualquer tentativa de manter os alunos concentrados por um período mesmo curto).
Dos Estados Unidos chega a notícia de que algumas escolas (jardins-escola e primárias) se estão a equipar de forma a fornecer um pequeno microfone sem fios aos professores. Este microfone, do tamanho de um pequeno telemóvel aumenta o volume e a clareza da voz. Esta poderá ser a maior revolução na sala de aula desde o computador. Professores e alunos têm respondido de forma muito positiva à introdução desta tecnologia. Os alunos, conseguem ouvir o professor com menos esforço e, por outro lado, no momento da apresentação dos seus trabalhos ultrapassam a timidez resultante de não se conseguirem fazer ouvir pelos colegas.
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Ver notícia do Washington Post

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma excelente profª que conheço cala, literalmente, os alunos, falando mais baixo à mediada que aumenta a bagunça geral.
O efeito é excelente, é a única que não grita nas aulas.