É capa do DN de hoje que os sindicatos querem cobrar uma taxa aos não sindicalizados por terem "usufruido" dos serviços destes nas negociações com o ME.
Já nem me vou dar ao trabalho de comentar a "bondade" das negociações dos senhores sindicalistas e das "enormes" vitórias que conseguiram ao esvaziar a luta dos professores. Venho apenas, como membro da classe docente, pedir aos senhores sindicalistas a indmenização que me devem pelo vergonha que foi o "entendimento" que ninguém lhes pediu e em termos para os quais ninguém os mandatou.
E, já agora, devem-me um agradecimento e a todos os que como eu, nunca tendo sido sindicalizados, contribuímos para que os senhores tivessem tido a força de 100000 a protestar na rua...
A falta de vergonha é uma coisa muito triste mesmo!!!
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7 comentários:
Não estou a perceber muito bem o "esquema".
Pergunto se os "cabecilhas" do "mobilizacaoeunidadedosprofessores" são parte daqueles que ao final do dia 08 de Março de 2008 acharam por bem uma NÃO TOMADA de posição pública em relação ao "bébé" que estava nas mãos?
É que se são essas personagens é caso para dizer TOU FARTO DELES E DELAS...
Desindicalizei-me, há algum tempo, enviando um texto onde explicava porque considerava que íamos "de vitória em vitória até à derrota final"!!!
Ao longo deste ano, perante a actuação da FENPROF e outros Sindicatos, só pude constatar que, infelizmente, mantinha a mesma posição!!!
Daí o entusiasmo com que aderi a novas formas de luta, com outra dinâmica e outros objectivos!!!
Hoje, ao ver a 1ª pág do DN, nem queria acreditar - pagar para que seja assinado um memorando com o ME, como aquele que existe? Pagar para ver um grupo de "iluminados" decidir estratégias à revelia daquilo que os Profs defendem? Claro que as Direcções dizem-se mandatadas pelos sócios... mas, quantas vezes, quando em reuniões sindicais discordamos, acabamos por ser mesmo insultados?
Uma ideia como esta só pode surgir em pessoas desesperadas com a dessindicalização, com os movimentos que vão surgindo e com as críticas que lhes vão sendo feitas!!!
É mesmo o desespero - viram a posição da FENPROF sobre a manif de 5/6?
Bebiana Gonçalves
Comprava o DN todos os dias. Há dois anos e tal deixei de comprar e de ler, mesmo na net. Pode ser uma alergia ou uma mania. Se a coisa for avante, certamente terá IVA, como a contribuição áudio-visual da EDP.
Atenção!
Isto não é andar a gozar com as pessoas: é um balão de ensaio!
Foi isso que levou à greve geral insurreccional de 1934, que levou a CGT Portuguesa a entrar num período de ilegalização, clandestinidade e perseguições (incluindo mortos, torturados, deportados e presos políticos...)
Ainda hoje é mesmo assim nalgumas partes do globo.
Nos EUA havia (não sei se ainda há) prioridade de contratação para os sócios de determinados sindicatos, que tinham assinado acordos com os patrões, em relação a não-sindicalizados ou a sindicalizados em «sindicatos vermelhos» (como a IWW).
O regime de Getúlio Vargas no Brasil (há mais de 60 anos!) instituiu um imposto sindical, que continua e os sindicatos da era «democrática» continuam a receber o produto desse imposto sindical (excepto os sindicatos da COB-AIT)
A ortodoxia sindical actual é a da CES e da CSI, ou seja, do sindicalismo «de acompanhamento», onde os sindicatos são equiparados a 'partenaires' permanentes e com asento permanente na «concertação social».
Em Itália, os sindicatos ditos «representativos» (3 centrais sindicais) são os únicos que podem negociar -na prática- convenções colectivas ao nível nacional. Há restricções muito graves ao direito à greve, pois é preciso ser «representativo» para que a greve seja considerada legalmente convocada... ou seja, um sindicato não-representativo (segundo eles) pode apelar à greve mas os trabalhadores ficam sujeitos a despedimento!
Na Suécia, desde há uns anos que a central sindical LO (irmã gémea das UGT e CGTP) decide em «conceração» com Estado e patronato, se uma dada questão merece uma greve por um dia, por dois, por três e a greve geral está praticamente proíbida... como se viu com a repressão de uma greve convocada pela central sindical SAC
E por aí fora!
Só que... este estado de coisas, indo demasiado longe provoca algo que eles não queriam: vai catalizar a formação de sindicatos clandestinos (como existiram e existem em países com ditaduras...)
Talvez eles hesitem, pois o objectivo deles é controlar os trabalhadores através dos sindicatos e não esvaziar completamente os sindicatos de «credibilidade» perante a classe trabalhadora.
Manuel Baptista
Caro anónimo 1:
Pelo que eu conheço do blog em causa, a sua intenção é maioritariamente a de congregar e divulgar informações. Não estará a fazer confusão com o blog dos professores revoltados, esse sim fruto de um movimento de professores?
Saudações.
ASHA
Já acredito em tudo...
Cara Asha, obrigado pela abordagem mas... não era minha intenção confundi-la ou levar a que confundisse o que referi com um outro blog. Não era isso, a minha questão colocava-se aqui, no Sinistra mas visto que houve mudança neste post, estou medianamente esclarecido embora seja um desconfiados dos diabos quanto a boas intenções...
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