20080828

Boliqueime e os Caceteiros de D. Miguel


Imagem generosamente dedicada, a mim, pelo KAOS

Tinha decidido não o fazer, antes de 1 de Setembro, mas a força das circunstâncias leva-me a quebrar o silêncio, tão-só porque Aníbal, o peso-morto que vegeta em Belém, deu público início a inconfessáveis manobras perigosas.

Se eu tivesse de escolher uma figura na qual descarregar todas as responsabilidades e peso pelo Desastre Europeu Português, essa figura chamar-se-ia Aníbal Cavaco Silva.

Nos seus bons tempos, que foram péssimos para mim, tempos de fraude, de desvio de Fundos Estruturais, de ladrões, pedófilos, incompetentes a ocuparem os mais altos postos do Estado, do novo-riquismo a chocar pessoas, que, como eu, detestavam tudo o que aí se incarnava, Cavaco Silva lançou as sementes de tudo o que presentemente sofremos. Foi o criador da mancha da Droda, da impunidade dos Dinheiros Sujos, do Vale-Tudo dos amigalhaços políticos.

Aníbal começou como euro-céptico, até descobrir que "Europa" rimava com Milhões, Politicamente cobarde, e humanamente igualmente cobarde, o homem-das-mãos-que-suam, que se fazia transportar numa viatura blindada (!), com medo de que lhe "fizessem a folha", e que agora manda interditar o espaço aéreo do palheiro onde foi passar as suas saloias férias de 2008, com ridículos "Jesus Christ Superstar" pelo meio, Aníbal, o filho do Homem da Bomba, muito conhecido das feiras baixas do Algarve interior -- "O meu filho é o maior político de Portugal!... (sic.)", berrava ele na funesta campanha presidencial de 2005, onde o desanquei até onde puderam as minhas forças pessoais -- Aníbal prepara-se para começar a estrebuchar no sentido que (ainda) menos nos convém.

Esse Cavaco está AQUI satirizado para sempre, e não vale a pena sonharmos com outro, porque o presente está apenas mais velho, afectado por acidentes neurológicos, mas nunca esquecerei aquela mãozinha medrosa, que na marquise da noite das Eleições, só se atreveu a abrir o vidro, depois de contada e reconfirmada a trágica contagem eleitoral. Ainda lhe podiam dar um tiro de misericórdia. Na mesma situação, à mesma hora, já Soares, com todo o seu penoso currículo, teria feito um discurso ecoante por toda a Europa.

Aníbal é o mesmo que, em 1985, traiu esse mesmo Mário Soares, e se lançou numa aventura chavista, apoiado por um Partido de má memória, alicerçado noutro valente traste do panorama português, um tal de Ramalho Eanes, que começou como General e acabou como lambe-botas da Opus Dei. Essas mesmas forças, agora, com outra cara, um tal de M.M.S. -- "Movimento Mérito e Sociedade" -- que começa já a mandar "atirar a matar", estão-se a preparar para tomar de assalto os lugares do Poder. Não são os únicos: juntem-lhe Ferreira Leite e o M.E.P., e só faltarão movimentos Neo-Fascistas, como em França e Itália, assim por alto.
Um dos problemas que estamos a atravessar chama-se OPUS DEI e as gentes que apoia na sombra, mas isso é apenas a ponta de um icebergue.

Foi ela, que, na sombra, ajudou a eleger, em 2006, o Incómodo de Belém.

Aníbal cumpre todos os requisitos da Opus: é discreto, medíocre, e sabe SERVIR. Na hora da verdade, não tem excrúpulos em dar golpes baixos. Eles aí estão.

Aníbal é uma permanente ausência dos momentos críticos da Sociedade Portuguesa, e só intervém com comunicações, promulgações e vetos de conveniência, da conveniência retrógada dos sectores que representa: a última, foi uma tal Lei do Divórcio, que já alastrou pela Europa de Vanguarda, excepto cá, porque o casamento, em Portugal, é para procriar.

Muitos duvidaram desta longa mansidão do Sr. Profesor de Boliqueime, pois eu não.
Professor do raio que o parta: muita da minha escola de resistência a ele o devo, e nunca o esquecerei.
Ele agora voltou, e agora volto também eu.
Fala-se de Violência, e já há meses a nossa equipa era consensual em que a "coisa" tinha de esplodir por qualquer lado, e, ou estoirava em bloco, e havia uma reviravolta do "Status", ou ia alastrar em mancha de óleo, esquina a esquina, porta a porta, homem contra homem, mano a mano.

Isso é o que se quer apresentar como estando a acontecer, ora, eu duvido profundamente de que tal corresponda à real Verdade.
Tal como o Sr. Sampaio, outro dos Trastes de Belém, está em curso uma preparação de um Golpe de Estado Parlamentar, para desencadear, nas populações a iminência da necessidade de uma reviravolta governamental. Sampaio e as forças que o acolitavam foram sinistras no seu acto, e, em três meses, atiraram para a rua um gajo que se arriscava a pôr em causa as jogadas do Sistema, e colocaram no Poder, com Maioria Absoluta, um Servo das Forças Externas, e nós aplaudimos.
Sócrates já cumpriu o seu dever: vendeu o que restava da Identidade Nacional, por um punhado de folhas, chamado Tratado de Lisboa, e usualmente conhecido, nos meios esclarecidos, por "Tratado de Bilderberg". Nele, o cidadão e os pequenos estados ajoelham-se, perante as conveniências de uma porcaria, chamada Pântano do Desenvolvimento, Sufoco da Inflação e Paralisia dos Mercados. O Fim do Iluminismo.

Em Bilderberg não há lugar para o indivíduo, mas apenas lugar para a Máquina dos Interesses.

Sócrates cumpriu o seu ridículo papel, e está na hora de o pôr a andar.

Os métodos são sempre os mesmos, Medo, Instabilidade e Insegurança.

São velhos, em Portugal, assim que me lembre, desde o tempo de D. Miguel, em que os acólitos do Absolutismo, andavam pelas ruas, e espancavam, até à morte, quem se lhes opusesse. Hoje, chamam-se "encapuzados" (como insistem em grafar e pronunciar os aprendizes de analfebetismo da Comunicação Social...), "carjackers" (como pretendem os que julgam não saber viver numa América pequeníssima, e desconhecem o Português-Língua), os sequestradores, os assaltantes de bombas e velhinhas, os infindáveies, e súbitos, sincronizados, salteadores de balcões de bancos e correios.

Os métodos, meus senhores, são sempre os mesmo: a "coisa" começa sempre pelos Verões, e é designada por "Verão Quente". É, nada mais, nada menos, do que a Camorra profunda que realmente gere isto tentar dar um piparote nos fantoches políticos que já não lhes servem convenientemente os interesses circunstanciais, através de meios clássicos. Sócrates ascendeu ao Poder no meio de um País devastado por incêndios criminosos. Através da sua "máquina de controlo dos meios de Comunicação Social", ou de quem, por ele, a manipula, e bem, escondeu-se, do país, que, até Julho, a área florestal ardida dupicara (!), relativamente ao ano transacto. Você lembra-se de ver a televisão em chamas, como se fez, quando se tratou de correr com Santana Lopes?... Eu não vi, nem me lembro, portanto, a arma dos fogos estava obsoleta e excluída, era preciso pensar em algo de melhor, que batesse à porta de todos os cidadãos.

Portugal é um país de "gente-a-mando": a mando para mandar matar um segurança de discoteca, a mando para fazer calar um traficante que pode pôr em risco as caras insuspeitas dos jantares do "Eleven", a mando para assustar quem sabe o que não deve sobre as redes pedófilas que imperam em todo o Estado Português, nos jogos das armas, da carne humana, dos circuitos em que somos apenas oleodutos das Mafias Russa e Turca, dos "off-shores", blindados por detrás de sorrisos de solário sapiente, como o sinistro Borges, da Ferreira Leite e do palerma do Constâncio.

Escapou à máquina de Sócrates que lhe pudessem tirar o tapete sem ser através do método clássico dos... "Incêndios".

Antigamente -- ontem -- para os saloios e saloias que acreditam no Ídolo de Fátima -- eu partia esse ídolo à martelada, se alguma vez lá fosse!... -- os fogos bastavam.

Subitamente,
"Suddenly this Summer",
as Forças das Trevas decidiram pôr em campo os homens a mando da Violência.

Há, para a minha crença, um EXCESSO de sincronia de "encapuzados", de salteadores e agressores, de gente a atacar em lugares simbólicos, como Poço de Boliqueime -- a fossa onde o outro nasceu -- ou os escritórios de advogados, como o de Vitalino Canas, outro de bom currículo, do P.S. Não nos espantemos que o próximo assalto seja à caixa registadora dos Jerónimos...

Esses cavalheiros de baixa extracção -- [a mando de] --- cumprem ordens de outros que tais, com a diferença de que a extracção é a mesma, mas os lugares de chegada diversos: são os mais altos postos da Decisória Política, Económica e Financeira da Cauda da Europa, que, no centro dos ares condicionados, desencadeiam as operações de campo.

Diz Aníbal que nos falta muito para atingir a Média Europeia. É verdade: devia ter-se lembrado disso há 20 anos, quando dispôs de todos os meios para o fazer, e só conseguiu que Portugal, que já estava na Cauda de Fora da Europa, passasse a estar na Cauda de Dentro da Mesma. Tudo o resto foram sequelas e consequências. o Pântano do Presente.

Como Sampaio fez o jogo sujo de Sócrates, Aníbal prepara-se agora para fazer o jogo daquele Horror chamado Ferreira Leite, só que, hoje, nós já conhecemos o cenário, os sintomas e os métodos.

Sr. Aníbal Cavaco Silva, desiluda-se: a sua Rainha é uma megera, estúpida, empedernida, e, como Vossa Excelência, com todas as más provas dadas. Já a conhecemos em todos os papéis falhados: chegou a sua Secretária das Finanças, e teve de correr com ela, porque tinha das Finanças uma visão de merceeira, que, desde então, se agravou. Foi sua Ministra da Educação, e ajudou a que a Educação se tornasse no Chiqueiro em que se tornou. Devia haver uma Modalidade Olímpica que fosse "Luta de Mulheres na Lama", onde pudéssemos saborear o nocaute entre Ferreira Leite e Lurdes Rodrigues, bem boas uma para a outra. Lembram-se de um tal de Coelho, que tinha cara de Coelho, de onde Coelho era alcunha e não apelido, que chegou a Secretário de Estado da Educação, sem sequer ser licenciado?... Eu lembro: faz-me lembrar o Gás Sócrates, mas em mau. É hoje representante, com nível de Deputado Europeu, da desgraçada República Portuguesa, ou seja, de mim, escritor, e de si, leitor atento.

Que se desiludam as forças a mando com um novo Golpe de Estado de Verão.

Este texto vem para incendiar atmosferas: nós sabemos que é fácil mandar matar e assustar, que o digam facínoras como Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Cónegos Melos ou José Eduardo dos Santos. Eles andam aí, e deram ordem de soltura a bandos de idiotas que pensam que estão, por 200 € (confirmem o valor) a tentar semear pelo país uma atmosfera de Pavor.

Não há Violência: há tão-só uma manipulação da Violência para perturbar um ciclo político, terrível, que execramos, mas, constitucionalmente, legítimo.

Na sombra, as forças que nos governam, e cujos verdadeiros rostos desconhecemos, e desconheceremos, estão, mais uma vez, a tentar demonstrar que o exercício das Urnas é uma mera gracinha, que, de tempos a tempos, se concede ao ignaro Português. Afora isso, quem manda são eles.

Este é um apelo a toda a Blogosfera, e da Blogosfera à Atmosfera: Cidadãos, conterrâneos, pessoas que ainda sentem e pensam, neste destroçado rectângulo de tão ilustres passados: a hora é de cavar trincheiras, de desconfiar e de lutar até ao fim.


NÃO PASSARÃO!



3 comentários:

Kaotica disse...

Excelente análise pura e dura! Para quando uma Arrebentapédia com todos os teus textos reunidos e devidamente ilustrados?
Ainda bem que te antecipaste e botaste a boca no trombone, podíamos lá esperar até Setembro!

Um abraço lúcido,

Anónimo disse...

"Não há Violência: há tão-só uma manipulação da Violência para perturbar um ciclo político, terrível, que execramos, mas, constitucionalmente, legítimo."

Esta é a estratégia: o longo silêncio de MFL, o abandono dos discursos,pois as palavras tornaram-se inconsequentes, cansativas até.
A acção sim, é perturbante...

Anónimo disse...

(Ex)citação da Fernandinha Câncro, a namoradinha do regime:
“Como em Março (lembram-se?) se falara de uma ‘onda de homicídios’, agora fala-se de ‘onda de crimes violentos’. (…) Ocorrências que antes não mereceriam mais que um rodapé passaram a, por efeito de arrasto, ter uma repercussão mediática desproporcionada.”
Fernanda Câncio, “Diário de Notícias”, 29 de Agosto de 2008.
NÃO HÁ MEIO DE CHEGAREM AS ELEIÇÕES!!!…
P.S. - Eu disse a namoradinha do regime porque se eles fossem casados era a Elena Ceausescu do regime!