20081010


A transferência de competências para as autarquias é, uma forma de o poder central se descartar se um gigantesco problema. A centralização da educação num ministério corresponde à criação de um monstro e, concordo que parte das competências deste “monstro” deveriam passar, com vantagens para todos, para as autarquias numa perspectiva de proximidade. Entendo, que esta medida pode ter implicações financeiras pesadas e que as contrapartidas propostas são insuficientes. A notícia de que as autarquias estariam a ser convidadas a pagar os custos do Magalhães é … inacreditável. A confirmar-se, as autarquias iriam pagar um equipamento (de contestável utilidade) que iria custar cerca de 300€ por aluno. O que até tem piada nisto é que que tem aparecido a entregar os Magalhães são os ministros deste governo mas, quem paga a factura é o sr. presidente da câmara! Mais, imaginemos que a autarquia decide não pode/quer custear o imprescindível Magalhães. Quem é o mau da fita?

Foi, pois, descoberta uma nova forma de propaganda a custo zero.

Quando escrevi sobre a "batata quente" da educação, disse que as autarquias se arriscavam a grandes dissabores e, não estava a pensar nesta agenda escondida: na obrigação das autarquias de pagar a propaganda governamental.
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E cá está o ME desmente tudo... pudera! Não poderia confirmar uma ideia absurda mas, a "...Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) confirmou à TSF que há autarquias que estão a ser notificadas pelo Ministério da Educação para pagarem a factura total ou parcial da Internet dos computadores Magalhães."

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