20090524

As coisas de Espinho e os espinhos da coisa...

A propósito do post anterior...
Creio que os professores não precisam de nenhum jornalista para entenderem as coisas... Talvez se verifique mais o contrário...

A estúpida questão do caso de Espinho teria de servir de exemplo para o bem ou para o mal… Como é evidente, a profunda tacanhez e boçalidade portuguesas escolheram a segunda hipótese.
Duas possibilidades estavam em jogo:
1ª Salvaguardar o interesse do país e dar um sinal claríssimo de que se devem cumprir as normas de um estado de direito e que, portanto, não se pode andar a gravar às escondidas seja o que for e, muito menos, começar a encorajá-lo desde os 12 anos, quanto mais não seja porque é crime...
2ª Atamancar e distorcer tudo, fazer tábua rasa da lei e do estado de direito e incentivar duas crianças, evidentemente influenciadas por duas mães idiotas que vêm televisão a mais e não conseguem discernir entre as suas guerrinhas pessoais e o interesse efectivo da educação dos seus educandos, a violar a lei e a serem premiadas por isso. Pouco falta para se transformarem nos novos pastorinhos do século XXI… Pouco importa se isto abre um precedente gravíssimo que multiplicará, de uma forma incalculável, a repetição desse acto infame, dando mais uma machadada letal no ensino público português.
Das muitas vozes de burro que se ergueram aos céus, algumas das quais me mereciam bastante consideração, leio hoje a crónica do homem que nos confundiu com a sua família e percebo que, desde o início, estava certo. Para esta criatura, justiça é não cumpri a lei e deixar ao arbítrio de crianças decisões que podem subverter todo um sistema educativo, que lhes devia permitir serem educadas no sentido de não se poderem transformar em seres abjectos como aquele que, ciclicamente, suja papel com as suas asneiras e, pior do que isso, as dá a ler a milhares de pessoas.
Não imagino o desfecho do caso que, ab initio, me parece muito mal contado e envolto na mais ignóbil névoa social, mas isso pouco me importa. Preocupa-me mais o todo do que a parte, no caso, o gravíssimo precedente que se abre e que extravasará o pequeno mundo de uma insignificante escola de província, para se alastrar até não sei onde, com as consequentes e nefastas implicações.
Tudo porque, de facto, uma professora esteve muito mal, ao aceitar ouvir e dar crédito a uma gravação ilegal, e sujeita a todas as manipulações e mais uma, desde logo qualquer professor compreende que o silêncio sepulcral da turma significa o conhecimento e cumplicidade da coisa, em vez de, logo à partida, ter rejeitado ser cúmplice numa ilegalidade, cumprir a lei, punir os autores da gravação, procurar chamar à responsabilidade as instigadoras desse acto ilegal e fazer-lhes ver que existem formas e procedimentos legais, instituídos e que ao longo de muitos anos funcionaram perfeitamente, no presente caso, um inquérito para se averiguar o ocorrido. Legalmente, ouvindo ambas as partes e recorrendo às provas legais, testemunhos orais, depoimentos e audições dos visados…
Quanto ao homem que nos confundiu com a sua família nada acrescento, é normal os artistas de circo fazerem as suas pantominices e só é pena que os jornalistas não sejam, como ele sugere, avaliados anualmente… Veríamos se escaparia à primeira…

7 comentários:

miguel reis disse...

Cara Sinistra Ministra

Enviei, em nome do MEP, um e-mail para sinistraministra@gmail.com e para moriae.moriae@gmail.com

Ha outra forma de estabelecer contacto? O correio veio devolvido

Miguel Reis

Anónimo disse...

Olá
Chegou-me a informação, de fonte fidedigna, de que existe uma determinada pessoa que utiliza diferentes IP para votar na vossa actual sondagem para que a mesma tenha uma determinada tendência, pelo que a mesma logicamente se encontra viciada.
Não querendo querelas nem envolver-me em assuntos internos ao vosso blogue, aconselho a uma reunião amiga entre todos os administradores do Blogue, a fim de ultrapassarem todas as querelas, para o bem do “A Sinistra Ministra” que é um blogue indispensável e imprescindível na luta dos professores portugueses. Por vezes opções de orientação diferentes podem querer dizer e antever eventual necessidade de ajuda psico-social … Por isso, nada de críticas.
Um abraço.

Anónimo disse...

As coisas às vezes parecem aquilo que, no fundo, até nem são; talvez alguém neste momento esteja esperando por uma maior atenção e ajuda psico-social para ultrapassar uma fase menos boa da vida. E aí todos os administradores do blogue podem colaborar.
Ao Miguel Reis peço que procure, tal como eu, outra forma de contacto com os administradores deste Blogue.

Anónimo disse...

Talvez o anónimo das bandas alentejanas (26 de Maio de 2009 14:26 e 26 de Maio de 2009 14:20) esteja a desenvolver uma nova teoria psico-social revolucionária - ou não faz o seu género?

E que tal ser mais claro?

Cumprimentos,

Ex-admin do blogue 'a sinistra ministra'

Anónimo disse...

Miguel Reis,

se conseguires descobrir quem é o novo administrador deste blogue fico-te agradecida (apenas por curiosidade),

Ex-admin do blogue 'a sinistra ministra'

Hurtiga disse...

Quanto a mim, o blogue continua!
Os votos são apenas uma sondagem. Aliás, quem não gosta tem bom remédio: não aparece...

Neste momento, estou mais ausente pura e simplesmente porque estou com muito trabalho, mas esperai...
Daqui a uma semanita já estou operacional.

Anónimo disse...

"Yeah well, down in my bolt hole I see they've published
Another volume of unreconstructed rubbish
Well, the waves, the waves were soldiers moving
Well, thank you, ya thank you, thank you
And again I call upon the author to explain
Yeah, I call upon the author to explain
I call upon the author to explain
Yeah, we call upon the author to explain"
ass: well