20090501

NÃO, NÃO ESTÁ A VER MAL AS COISAS. ANTES PELO CONTRÁRIO!


Ética mínima

Face às críticas dos pais que acusam os inspectores do ME que inquiriram alunos da Secundária de Fafe acerca de uma manifestação contra a ministra de terem utilizado, nos interrogatórios dos jovens, métodos "absolutamente inconcebíveis depois do 25 de Abril" e os terem incitado a acusar e denunciar os seus professores, defende-se a Inspecção-Geral da Educação dizendo que tudo o que fez foi "legal". Juntamente com o "cumprimento de ordens", a "legalidade" sempre foi (foi-o em momentos sórdidos do século XX e continua a sê-lo) a explicação mais à mão para justificar o injustificável. Como se só o que é ilegal fosse condenável. Os inspectores do ME terão contudo lido Jellinek na Faculdade e saberão que o direito é apenas o "mínimo ético" (e conhecendo nós quem faz as leis, podemos ter uma ideia de quão eticamente mínimo é esse mínimo…) Ora talvez a um ministério da "Educação" seja exigível, nas relações com escolas e com jovens, um pouco mais - a não ser que no Ministério se esteja em greve à ética - que o cumprimento de serviços mínimos éticos. Mas, se calhar, sou eu que estou a ver mal a coisa.


JN Online

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