20071102

A situação está a ficar complicada ...

"A desconectada

A actual ministra da Educação, cujo currículo relevante passa pelo ISCTE, um curioso viveiro de governantes, deu ontem entrevista à RTP.
Naquela pose de altivez ministerial, coada pela linguagem sociologicamente encriptada, de matriz iscteriana, a ministra falou por duas ou três vezes, de desconexão. "Estar desconectada" ou "conectada", foram tempos verbais, passivos, usados em modo esquisito pela ministra, referindo-se a realidades que a mesma aparentemente domina, através de relatórios estatísticos." (Grande loja do queijo limiano)

O "EDUQUÊS" ENVERGONHADO (*)
"(...) No Ensino Básico, em particular, as «competências» foram de tal forma glorificadas que os documentos oficiais passaram a desprezar o valor do conhecimento em si. Como resultado, as exigências claras e precisas respeitantes aos conteúdos começaram a ser substituídas por referências palavrosas e vagas às competências genéricas. Começou a falar-se do «conhecimento contextualizado» como receita geral, esquecendo a necessidade da abstracção. (...)" (Por Nuno Crato, «Expresso», «Actual» - 27 de Outubro de 2007)
"(...) A ministra abzentista Então, a Prof. Doutora Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação do governo socialista, toda cheia de eduquês-sociológico cerrado para tentar demonstrar erudição, não sabe gramática básica?!... A ministra da Educação, que ocupa temporariamente, como todos, por mais que o esqueçam, um cargo de grande responsabilidade, já exercido por notáveis cultores da língua, passou a "Grande Entrevista" da RTP, a Judite de Sousa, ontem, 1-11-2007, a falar de "comportamento... abzentista" - com o som [z]. Ficam os links para que o leitor oiça, veja e confirme. (...)" (Do Portugal Profundo)

Last but not least (para se ver como discursa a senhora nas áreas onde é prof.)

"Professora Maria de Lurdes Rodrigues – Presidente do Observatório das Ciências e das Tecnologias

Não vou tomar muito mais tempo, só dar algumas justificações e esclarecer um bocadinho a forma como foram organizadas estas sessões de debate público, o Livro Branco, a questão do Forum de Política Científica e Tecnológica que acontece na Net, como teve início e qual tem sido o seu desenvolvimento. Portanto, o Forum de Política Científica e Tecnológica que está a acontecer nas páginas do Ministério na Internet foi aberto pelo Senhor Ministro da Ciência e Tecnologia em Julho de 1998. Nessa mesma altura abriu o Livro Branco e lançou à comunidade científica o convite à sua participação, à elaboração de contributos que, no seu conteúdo, identificassem as necessidades e as oportunidades de desenvolvimento científico para os próximos anos. Este convite foi público, foi anunciado, foram enviados anúncios desta iniciativa a todos os doutorados do sistema em Portugal, a todas as instituições científicas, a todas as instituições de ensino superior, aos reitores, aos presidentes dos Laboratórios de Estado, portanto, fez-se a difusão que na altura pareceu aceitável para a divulgação da iniciativa. Ao longo destes meses, o Forum de Política Científica tem estado bastante animado, recebemos inúmeros contributos, tanto de instituições, como de investigadores na sua qualidade de cidadãos ou de investigadores individuais e desses contributos, foram feitas algumas sugestões no sentido da organização de debates públicos sectoriais, ou por temas, ou por problemas específicos. E em resultado dessas sugestões, alguns destes debates públicos foram organizados tematicamente por sugestões vindas dos contributos ao Livro Branco e no Forum da Política Científica.

O contributo principal da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e do Observatório foi a elaboração dos perfis, em torno dos quais se fizeram apresentações públicas e a propósito da apresentação pública, debates sobre as questões de política científica. Estes perfis foram um bocadinho um pretexto, porque o Observatório recolhe, trata e divulga informação, tem muitas limitações, não é possível ao Observatório produzir análises qualitativas sobre o desenvolvimento, as oportunidades ou as necessidades de desenvolvimento científico da área. Isso é um papel que cabe aos próprios peritos, aos especialistas, por força do seu protagonismo, da sua experiência, é que podem de facto fazer reflexões mais qualitativas, ajudar o Observatório nisso. Nesse sentido, o Observatório dispunha de um imenso material que tinha resultado dos relatórios de avaliação do Plurianual e portanto, todos os peritos que coordenaram painéis de avaliação nos diferentes domínios científicos – aí de facto a avaliação foi organizada por domínios disciplinares. Era de facto a matemática, a física, a química, as ciências da saúde, portanto, era um quadro de relatórios por domínios disciplinares – todos esses peritos, que coordenaram painéis, foram convidados a colaborar com o Observatório no sentido de observar os nossos dados, de os analisar e de produzir a colecção de perfis que está lá fora e que, mais ou menos, hoje toda a comunidade científica conhece. Bom, foi o nosso contributo do lado da Fundação e do Observatório, foi, em estreita colaboração com os peritos, produzir os primeiros documentos de análises disciplinares sobre o estado de desenvolvimento das áreas.

Ao mesmo tempo, o Ministério fez ainda um outro esforço para contribuir para o Livro Branco que foi encomendar alguns trabalhos ou a equipas ou a peritos individuais, que produzissem ou documentos de base para reflexão, ou mesmo propostas de programa integrado, ou mesmo sub-livros brancos dentro deste livro branco. É o caso das ciências e tecnologias do mar, foi o caso do processamento computacional da língua portuguesa, foi também o caso das ciências e tecnologias aeroespaciais. Portanto, a propósito destas áreas problemáticas, o Ministério entendeu dever convidar ou equipas ou peritos ou conjuntos de protagonistas nos diferentes sectores a elaborar diferentes documentos, de diferente natureza, eles são muito diferentes entre si, só para dar o exemplo destas três áreas, e que vão ser também objecto de apresentação pública e de discussão, tal como foi o processamento da língua portuguesa.

De algumas destas sessões de apresentação pública e de debate, surgiram ainda sugestões de aprofundamento de algumas questões. Estou-me a lembrar, por exemplo, do caso da física, em que, no contexto do debate foi sugerido que se organizasse um debate sub-sectorial só para o caso da física nuclear, das altas energias e da astrofísica e portanto, saíu como sugestão do próprio debate que se organizasse um novo debate já mais particular, para analisar questões específicas de sub-domínios da física. E a estas sugestões, o Observatório e a Fundação respondem organizando esses debates. O mesmo aconteceu, por exemplo, no debate das Ciências da Educação e da Psicologia, que surgiu a necessidade de organizar uma nova sessão já só para a Psicologia e a isso, o Observatório e a Fundação responderam também organizando. Portanto, isto só para dizer que há um processo de interacção entre a Fundação e o Observatório e a comunidade científica, que vamos respondendo, é um processo muito dinâmico, nós tomámos algumas iniciativas, apresentámos alguns documentos, isto não é um processo que esteja fechado, continua este processo de interacção e estamos certamente abertos, como há bocado à hora de almoço, aproveitando para falar com a Professora Isabel Hub Faria, chegámos à conclusão que é necessário fazer uma coisa só para a linguística. Pois certamente que responderemos e faremos o melhor possível para organizar a informação, para suscitar a apresentação de documentos que possam servir de base a uma reflexão e a um debate, neste caso, mais centrado nos problemas e nas questões relativas à linguística, que me parece de facto muito importante que aconteça também.

Portanto, era só para dizer, os convites feitos normalmente para estes debates, tivemos em atenção especificidades das áreas, evidentemente, procurou-se normalmente convidar todas as instituições científicas. De uma forma geral, todas as instituições científicas de todas as áreas foram informadas de todos os debates e portanto, os responsáveis dos conselhos científicos de todas as Faculdades, os reitores, os presidentes dos Laboratórios de Estado, os dirigentes das unidades de investigação foram sendo informados (...)* dada a intensidade e o ritmo a que no mês de Março, por exemplo, se realizaram os debates, mas procurámos sempre informar, duma forma geral, as instituições do que estava a acontecer. Depois mais especificamente, informávamos os doutorados das áreas em causa, ou de áreas afins, que normalmente era discutido com os peritos quais eram as áreas afins, como por exemplo, no caso da engenharia de materiais, convidaram-se também os físicos, no caso dos físicos, convidaram-se outras áreas, portanto eram negociações com os peritos no sentido de identificar quem era a população alvo mais interessante para os debates. Como aconteceu no caso do processamento computacional da língua portuguesa, evidentemente que foram convidadas as instituições da linguística, os doutorados na área, etc, no sentido de tornar o debate mais rico, de procurar que acontecesse de facto a interdisciplinaridade que normalmente com estas áreas temáticas se exige. Nestes processos evidentemente que há falhas, pode acontecer que uma ou outra instituição tenha falhado na nossa base e que não tenha sido possível ser dirigido o convite. Eu... falhas dessas, só posso agradecer que as sugestões de correcção cheguem ao Observatório para, evidentemente, podermos melhorar o nosso trabalho. E é tudo. Muitíssimo obrigada.


Fonte:
"Só uma ministra como a senhora poderia proferir um discurso como este:

http://www.linguateca.pt/transcr.../ Rodrigues.html

Alguém é capaz de traduzir?
Não percebi patavina!!...

PORRA!!
Onde é que fez a escola primária, o liceu e que faculdade frequentou?!!!


2 comentários:

Kaotica disse...

Pode ser um idiotismo! zzzz-zzz-zzz
(lembram-se do Diácono Remédios zzz-zzz-zzz?)

Anónimo disse...

Optimista ....