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As semelhanças entre ser professor e ser treinador de futebol são maiores do que poderia parecer à primeira vista. Não raro início ano lectivo por demonstrar aos meus alunos essas semelhanças. Para aprender precisamos de espírito de equipa, de motivação, sacrifício, disciplina. Teremos êxitos e desaires, conflitos dentro e fora da equipa mas, o que interessa realmente é jogar (aprender) e chegar ao final do ano mais rico de conhecimentos (isto é, levar a taça para casa).
Não tinha pensado ainda que tal como no futebol existem inúmeros treinadores de bancada dispostos a alvitrar sobre a melhor forma de treinar a equipa, isto é, de ensinar. De facto, quando se trata de ensinar dificilmente recorreríamos a um jornalista, um político ou a um taxista. Ensinar é um trabalho que requer especialização. Muitos dos que têm opinado, incessantemente, nos últimos tempos sobre Educação nunca estiveram no lugar de professor e, se estiveram foi há muito tempo numa época em que ser professor era uma solução de recurso (temporária) para muitos, quando a necessidade destes profissionais era tamanha que se dispensavam requisitos pedagógicos que hoje são indispensáveis.
Os professores, hoje mais do que nunca, são profissionais qualificados e no entanto, continuamos a ouvir falar da escola do passado. Da escola elitista dos anos sessenta ou da escola “para todos” dos anos setenta e oitenta, época em que o sistema rebentou pelas costuras e em que os nossos preclaros comentadores da educação passaram pelo sistema ora como alunos, ora como professores … passaram mas não ficaram, nem acompanharam e, agora, permitem-se opinar sobre o tema dando-se ares de entendidos na matéria quando de facto, só muito superficialmente conhecem a realidade.
As semelhanças entre ser professor e ser treinador de futebol são maiores do que poderia parecer à primeira vista. Não raro início ano lectivo por demonstrar aos meus alunos essas semelhanças. Para aprender precisamos de espírito de equipa, de motivação, sacrifício, disciplina. Teremos êxitos e desaires, conflitos dentro e fora da equipa mas, o que interessa realmente é jogar (aprender) e chegar ao final do ano mais rico de conhecimentos (isto é, levar a taça para casa).
Não tinha pensado ainda que tal como no futebol existem inúmeros treinadores de bancada dispostos a alvitrar sobre a melhor forma de treinar a equipa, isto é, de ensinar. De facto, quando se trata de ensinar dificilmente recorreríamos a um jornalista, um político ou a um taxista. Ensinar é um trabalho que requer especialização. Muitos dos que têm opinado, incessantemente, nos últimos tempos sobre Educação nunca estiveram no lugar de professor e, se estiveram foi há muito tempo numa época em que ser professor era uma solução de recurso (temporária) para muitos, quando a necessidade destes profissionais era tamanha que se dispensavam requisitos pedagógicos que hoje são indispensáveis.
Os professores, hoje mais do que nunca, são profissionais qualificados e no entanto, continuamos a ouvir falar da escola do passado. Da escola elitista dos anos sessenta ou da escola “para todos” dos anos setenta e oitenta, época em que o sistema rebentou pelas costuras e em que os nossos preclaros comentadores da educação passaram pelo sistema ora como alunos, ora como professores … passaram mas não ficaram, nem acompanharam e, agora, permitem-se opinar sobre o tema dando-se ares de entendidos na matéria quando de facto, só muito superficialmente conhecem a realidade.
Quem escolheria estes comentadores de circunstância para professores dos seus filhos? Que sabem eles, sobre educação?
Se a equipa não ganha o campeonato a culpa é do treinador. Venha a chicotada psicológica. Se os alunos estão abaixo dos padrões da OCDE em literacia e numeracia a culpa só pode ser dos professores, venha a avaliação e outros papões para os pôr na ordem. E esquecem, esquecem que as escolas não têm verdadeira autonomia, que os alunos nem sempre têm uma atitude positiva em relação à escola, que os encarregados de educação nem sempre são cooperativos, que as salas de aula são frias e desconfortáveis, que para muitos alunos a única refeição quente é tomada no refeitório da escola… esquecem estes, e outros pequenos nadas, que fazem toda a diferença. E esquecem-se ainda de mencionar que ser professores é estar sujeito a uma enorme exposição pública, em que a avaliação, por parte dos alunos, dos encarregados de educação e por parte dos próprios colegas, é constante e não se mede somente, pelas simplísticas tabelas (rankings) internacionais.
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Se a equipa não ganha o campeonato a culpa é do treinador. Venha a chicotada psicológica. Se os alunos estão abaixo dos padrões da OCDE em literacia e numeracia a culpa só pode ser dos professores, venha a avaliação e outros papões para os pôr na ordem. E esquecem, esquecem que as escolas não têm verdadeira autonomia, que os alunos nem sempre têm uma atitude positiva em relação à escola, que os encarregados de educação nem sempre são cooperativos, que as salas de aula são frias e desconfortáveis, que para muitos alunos a única refeição quente é tomada no refeitório da escola… esquecem estes, e outros pequenos nadas, que fazem toda a diferença. E esquecem-se ainda de mencionar que ser professores é estar sujeito a uma enorme exposição pública, em que a avaliação, por parte dos alunos, dos encarregados de educação e por parte dos próprios colegas, é constante e não se mede somente, pelas simplísticas tabelas (rankings) internacionais.
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Esta é uma tendência que vem de longe... ver aqui.
Na imagem a equipa das Escolinhas do União Desportiva de Leiria.
7 comentários:
Há de facto muitas semelhanças entre o professor e o treinador de futebol, mas também há uma diferença determinante: os jogadores estão na equipa porque querem, nenhum está nela contrariado nem determinado a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que ela perca os jogos.
voltamos ao prec. analfabetos ou analfabestas ao poder já!
vão todos barda
Nem só os alunos estão ali por gosto ... os próprios pais. As palavras do Mister que tem o poder de deixar o pretendente a crack no banco ou pô-lo alinhar no início do jogo ... são para ser ouvidas pelo menos, enquanto for ele a mandar. Os pais não discutem as ordens do Mister. Compram as fotos, levam-no aos treinos e assistem encantados, exibem o "crack" para familiares e amigos... é outro ambiente.
O Mário Nogueira que se ponha a pau:
Na SIC Notícias, o Mário Crespo-nunca mais nos vemos livres deste artista?-deu-lhe forte e feio...
Meus amigos, desculpem mas a questão é que a ministra comporta-se EXACTAMENTE IGUAL aos alunos mal educados.
Se a aluna for expulsa, quero saber o que vai acontecer à ministra
Vejam se há alguma diferença:
http://psitasideo.blogspot.com/2008/03/descubram-as-diferenas.html
Excelente texto e analogias, HKT.
Obrigada!
M.
A questão coloca-se não só relativamente aos comentadores.
Coloca-se também relativamente a estes decisores políticos,sobretudo, depois de (re)visualizar o video de MLR...quem a quereria para professora...?
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