20080404

Hipoteticamente ... mas também não

Imagem daqui
Se, um aluno do 9ºano, da escola do 2º e 3º CEB António Correia de Oliveira, Esposende: maltratasse os colegas; insultasse os professores; com o maior descaramento mandasse fo*** qualquer professor; ameaçasse funcionários; tivesse sido assunto para vários conselhos de turma extraordinários; já tivesse estado suspenso por 10 dias durante este ano lectivo…
O que é que uma pessoa pensaria?
Continuando a suposição, acrescente-se:
- alguns ecos de uma determinada Comissão de Protecção de Menores que, cheia de pena do menino considerou que ele não é compreendido pelos professores... e que;
-
nas férias da Páscoa, depois de ter estado fora de casa durante 5 dias, ao regressar, deu uma tareia na mãe que, segundo consta, teve que receber tratamento hospitalar.
O que é que ... ???

15 comentários:

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

O que é que uma pessoa pensaria? Depende da pessoa. Se fosse um membro da tecno-burocracia do nosso querido ministério, pensaria que estávamos perante uma "criança em risco".
Os riscos corridos pelos colegas, professores e mãe do rapaz não interessam para nada, obviamente...

Anónimo disse...

Sim, os professores não percebem os adolescentes. O que nos vale é que há psiquiatras que explicam de forma clara. Vejam aqui e têm os vossos problemas de disciplina com os adolescentes resolvidos para sempre. Ei já entendi e tudo mudou da noite para o dia:

http://youtube.com/watch?v=yqvLOu9rTWU

Anónimo disse...

Não me manifesto sobre o Professor Pio Abreu. Gosto muito dele ...

Anónimo disse...

Até que enfim que fica claro. Fez-se de facto luz na minha cabeça. Ainda bem que é só na minha.

Pessoal da volta do Colombo, Fóruns e demais espaços de lazer (da gazeta e da vida), bora lá malhar que estamos em moratória.

Os professores não percebem nada... dêem lugar aos entendidos que também não podem ser "julgados" tal é a abrangência da desculpa contínua da grande "moratória" (leia-se mandato destes caciques)...

Também quero ser desculpado por isto...

Anónimo disse...

Divulguem!

Anónimo disse...

Acordão do Tribunal Constitucional sobre o Estatuto da carreira dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário

"(...)

Artigo 46.º

Sistema de classificação



1 – (…).

2 – (…).

3 – Por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da educação e da Administração Pública são fixadas as percentagens máximas para a atribuição das classificações de Muito bom e Excelente, por escola não agrupada ou agrupamento de escolas, as quais terão por referência os resultados obtidos na avaliação externa da escola."

A ler na íntegra aqui:

http://w3b.tribunalconstitucional.pt/tc/acordaos/20080184.html

Anónimo disse...

Peço desculpa por o fazer aqui, mas estou a seguir indicações da Brit. Vai ao almoço do Cartel de amanhã? Se sim, vai da zona de Lisboa? Se sim, está interessada em partilhar boleia com mais 2 cartelistas? Se sim, pode responder no Cartel? Obrigado

Anónimo disse...

Uma coisa é certa, o Prof. Doutor Pio Abreu é uma sumidade na sua área. Referiu-se a Erikson (isto para ser breve e não meter o pé fora) e implicou conceitos que são enormes referências para o estudo da adolescência e sua compreensão. Talvez não tenha sido claro o suficiente mas também, falou pouco.
Ele não precisa de defesa, bem sei ... De qquer modo, com a sua sapiência, maneira de ser e valores, poderia ter sido bem mais útil para todos nós (pais, profs, estudantes etc). Lida com adolescentes com problemas psicopatológicos há muito tempo, desenvolveu o assunto em estudos, artigos, aulas, conferências e é realmente 'craque'.
Um dos seus livros está entre o meu best of dos 10. 'como tornar-se doente mental'. Um sentido de humor fora de série e uma forma excelente para explicar determinadas características and so on de uma data de perturbações, patologias ou o que lhe queiram chamar.
enfim ... tanto para dizer sobre aquela pessoa ... e não conseguiria dizer tudo o que ele é.
Pessoalmente, fiquei triste pela frase final. Teria certamente o seu sentido. Mas, guardo esse tema para uma conversa com esse meu mestre, na verdadeira acepção da palavra, que me ajudou radicalmente aos 17 anos, numa conversa de cerca de 90 mn e depois de 20 anos, sobre a mesma temática, me orienta de forma esplêndida na investigação e posterior dissertação de mestrado.
Agora, quase que me apetecia escrever horas ... suponho que o português está péssimo (mas juro, detesto rever comentários e até posts).
Já aqui publiquei algumas referências ao meu querido amigo JL Pio abreu.
Não façam juízos de valor a não ser que o conheçam ou à sua obra, por favor.
Com um especial carinho,
M.

Anónimo disse...

http://w3b.tribunalconstitucional.pt/tc/acordaos/20080184.html

O nosso acordão

Anónimo disse...

Tribunal deita por terra as pretensões de inconstitucionalidade. Veja-se:
Quanto à existência de quotas para a atribuição da classificação de Muito Bom e Excelente: “não pode recusar-se que o sistema de quotas instituído pela norma questionada se apresenta como um instrumento de gestão de recursos humanos adequado à diferenciação do desempenho dos docentes”.

E, ainda, sobre o mesmo assunto: “a imposição de quotas nas classificações máximas dos docentes não constitui um obstáculo a que possa ser avaliada toda a actividade por eles desenvolvida e que essa actividade se repercuta na progressão na carreira”.

Quanto à invocada violação do princípio da igualdade: “A norma do artigo 46.º, n.º 3, do Estatuto não viola o princípio da igualdade, pelo simples facto de prever a fixação de percentagens máximas para a atribuição das classificações de Muito bom e Excelente”.

Quanto à suposta restrição de direitos fundamentais: “não se vê como é que a norma questionada possa ser entendida como uma norma restritiva de um direito”.

Quanto à alegada violação do princípio da reserva de lei: “tal avaliação, nos termos em que é regulada pela norma questionada, não se afigura como uma afectação negativa do bem jurídico que é protegido pelo artigo 47.º, da Constituição, não estando por esse motivo sujeita a reserva de lei”.

Quanto à invocada violação do princípio da proporcionalidade: “a solução encontrada pelo legislador não viola o princípio da proporcionalidade (em sentido amplo, compreendendo os princípios da necessidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito)”.
Em suma, muitos dos argumentos analisados — e rebatidos — pelo Tribunal Constitucional correspondem àquilo que foi a argumentação utilizada recorrentemente pelos sindicatos para combater o Estatuto da Carreira Docente. Importa que se diga agora, então, que os sindicatos não tinham e não têm razão. Tribunal Constitucional dixit.

E onde pára Mário Nogueira agora? Por que não se apressa ele a ir para as televisões falar deste acórdão?

Anónimo disse...

Ora cá está, bateu na mãe porque os professores não o souberam educar!

Anónimo disse...

Pio de Abreu pode de facto ser uma sumidade. Pode ter escrito os melhores livros do mundo e ser a melhor pessoa do mundo e eu não fiz qualquer juizo de valor nem sobre a pessoa nem sobre a obra, eu sou mostrei um excerto de uma participação péssima na televisão em que misturou muitas banalidades com muitas coisas despropositadas e até algumas idiotices.

Pela sua lógica, se alguém vier aqui fazer um excelente depoimento sobre as excelência das aulas de sociologia da ministra, e eu ja ouvi muitas dos seus alunos, ela ficará imediatamente acima de qualquer crítica...

Anónimo disse...

Caro Galrinho,

muito obrigada pela sua atenção. No entanto, não se sinta 'tocado' pelo que escrevi no meu 'desabafo'. Há mais pessoas a ler este blogue e já li o que algumas pensam sobre o assunto. Entre elas, pessoas que respeito igualmente. Disse o que senti necessidade de dizer. Ainda podemos dizer o que sentimos, não é? Aproveitemos porque ... nunca se sabe o que por aí virá.

Quanto à minha 'lógica' e independentemente de considerar o termo inapropriado,se quiser, podemos trocar ideias.

Uma coisa é certa, não considero a MLR uma excelente profissional, duvido que seja uma boa cientista e não gosto dela, apesar de ter misturado um certo pesar na apreciação que fazia da pessoa desde que soube o seu passado (a ser verdade o que se diz na Sábado).

Cordialmente,
M.

Anónimo disse...

desde que ele não desista da escola tá tudo bem... caso contrário pode estragar as estatísticas ... "encomendadas" ou até não.

Anónimo disse...

Eu conheço o moço e até é pena... é inteligente (o que é preocupante se passar para o "Dark side of the force") e até pode ter um bom futuro... e com a facilidade com que mente, manipula e engana podia ser o próximo ministro da educação.