Olá Companheiros/as docentes,
Há sempre maneira de se lutar, não no campo do «simbólico» (apenas) mas também e sobretudo em condições de obter pequenas - grandes vitórias:
As pessoas conhecem-se umas às outras nos respectivos locais de trabalho. Podemos tentar fazer comissões «ad hoc» de acompanhamento do que se passa em relação à avaliação de desempenho, no concreto de cada departamento ou no conjunto da escola. Fazer uma síntese do que se passa, mantendo informados os colegas, quer os de outros departamentos, que não têm informação fidedigna sobre o que se passa fora das suas reuniões, quer em relação a colegas exteriores - por exemplo, doutras escolas onde ocorrem situações parecidas e onde se tentam vias originais para resolução dos problemas.
O grande erro está em nós próprios tentarmos sempre «delegar» noutros a resolução dos nossos problemas. Não podemos esperar que esses outros se desempenhem bem, pois, mesmo com honestidade, são pessoas que não estão imbuídas do espírito da democracia de base. Ou seja, poucas pessoas aceitam naturalmente que, se foram eleitas para um cargo sindical ou outro numa escola, esta eleição deve ser entendida como um mandato para cumprir tarefa(s), que quem os elegeu quer que ele/ela faça. Pelo contrário, mesmo que não o digam, pensam que ficaram imbuídos/as de uma espécie de legitimidade para mandar nos outros ou decidir «em nome de» ou «serem voz de», sem terem sequer consultado os -teoricamente- representados.
É esta cultura (cultura autoritária, falsamente democrática) que pode/deve ser invertida.
As manifs de pouco servem, para implantar esse espírito.
Outro tipo de relação entre pessoas é necessário: crie-se confiança «entre pares» (principalmente entre avaliados) nos estabelecimentos, isso é que permitirá fazer recuar as pessoas que abusivamente se assumem como os executores do programa do governo e da agenda política da ministra da educação.
A constituição de comissões de base de acompanhamento da «avaliação de desempenho» em cada escola pode ser um caminho de organização e luta, se houver uma vontade real de lutar para vencer e sabendo bem que o sentimento difuso é de repúdio pelo ECD do governo e pelas consequências dele decorrentes.
Manuel Baptista
Há sempre maneira de se lutar, não no campo do «simbólico» (apenas) mas também e sobretudo em condições de obter pequenas - grandes vitórias:
As pessoas conhecem-se umas às outras nos respectivos locais de trabalho. Podemos tentar fazer comissões «ad hoc» de acompanhamento do que se passa em relação à avaliação de desempenho, no concreto de cada departamento ou no conjunto da escola. Fazer uma síntese do que se passa, mantendo informados os colegas, quer os de outros departamentos, que não têm informação fidedigna sobre o que se passa fora das suas reuniões, quer em relação a colegas exteriores - por exemplo, doutras escolas onde ocorrem situações parecidas e onde se tentam vias originais para resolução dos problemas.
O grande erro está em nós próprios tentarmos sempre «delegar» noutros a resolução dos nossos problemas. Não podemos esperar que esses outros se desempenhem bem, pois, mesmo com honestidade, são pessoas que não estão imbuídas do espírito da democracia de base. Ou seja, poucas pessoas aceitam naturalmente que, se foram eleitas para um cargo sindical ou outro numa escola, esta eleição deve ser entendida como um mandato para cumprir tarefa(s), que quem os elegeu quer que ele/ela faça. Pelo contrário, mesmo que não o digam, pensam que ficaram imbuídos/as de uma espécie de legitimidade para mandar nos outros ou decidir «em nome de» ou «serem voz de», sem terem sequer consultado os -teoricamente- representados.
É esta cultura (cultura autoritária, falsamente democrática) que pode/deve ser invertida.
As manifs de pouco servem, para implantar esse espírito.
Outro tipo de relação entre pessoas é necessário: crie-se confiança «entre pares» (principalmente entre avaliados) nos estabelecimentos, isso é que permitirá fazer recuar as pessoas que abusivamente se assumem como os executores do programa do governo e da agenda política da ministra da educação.
A constituição de comissões de base de acompanhamento da «avaliação de desempenho» em cada escola pode ser um caminho de organização e luta, se houver uma vontade real de lutar para vencer e sabendo bem que o sentimento difuso é de repúdio pelo ECD do governo e pelas consequências dele decorrentes.
Manuel Baptista
2 comentários:
Até a fraseologia do Fidel de outros tempos copiamos. Não há mais pachorra. Esses tempos já não existem. A actual política do ME não se combate através de modelos esgotados e que não têm, nem fazem qualquer sentido no presente. Comissões de Base? Há muitos anos que não ouvia essa expressão que apenas existiu e existe na nostalgia daqueles que acreditaram numa verdade que nunca existiu.
Félix,
«comissões de base» são expressão corriqueira e banal... não vejo como terás confundido com algo tão diferente... Vai a outro país europeu e fala com alguém do movimento sindical: em francês pergunta-lhes o que é «un comité de base syndical»;
ou em inglês «grass-roots comitee in an industrial struggle».
etc...
Sou pelo sindicalismo de base, anti-capitalista e democrático, não vinculado a ideologias autoritárias. Portanto, não me revejo nos teus comentários apressados.
Manuel Baptista
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