ROMA NÃO PAGA A TRAIDORES...

Quando os Partidos Políticos tentam controlar os Sindicatos, têm, normalmente, como objectivo final o esvaziamento da crítica, da substância reivindicativa face ao Poder Político.
Apoiei o entendimento entre a Plataforma de Sindicatos e o ME, por inúmeras razões, apesar de saber a muito pouco, principalmente, pelo gozo, de ver Madame, ser obrigada a descer do seu pedestal, de postura inchada de sobranceria, com o seu quê de misticismo, estilo Pompadour, e ficar ao nível dos dotorzecos/professorecos/etc.
Foi tudo, um entendimento táctico, mas quem ganhou mais? Ora, circulam rumores de que na Assembleia da República a proposta do Governo, numa de discussão Pública/Privada, sobre a redução de horas lectivas para os dirigentes sindicais, tem como finalidade evitar mais turbulências em ano eleitoral. Se os sindicatos, actualmente dirigidos por militantes do PS, Dissidentes do PCP e de outras áreas políticas (SPGL, SPN, etc.), não passarem para as mãos/influência total do PCP a proposta é aprovada, mas se o contrário se vier a verificar, talvez esse diploma não chegue a ver a luz do dia.
Sócrates prefere esta situação irónica, por diversas razões:
- Militantes do PS que enquanto dirigentes sindicais tiveram a ousadia de manifestarem-se contra a Madame, têm de ser expurgados. Mais vale entregar o ouro ao bandido, do que estar rodeado de traidores…
- Fenprof nas mãos da linha dura do PCP pode originar o fim da Plataforma Sindical, através de uma previsível agudização das tensões sociais e laborais; dividir para reinar.
Por isso, não é de estranhar que a CGTP tenha tentado por água na fervura, por influência do Ministro do Trabalho de forma que o entendimento fosse uma realidade.