- Decorridos 69 curtos dias após a data histórica de 8 de Março;
- decorridos escassos 35 dias após o fatídico 12 de Abril;
- na brutal ressaca da percepção de que a mole imensa, agitada e colorida de 100 mil pessoas nas ruas despareceu tragada por invisível alçapão, accionado por oculta alavanca, movida por mão sinuosa e felina de alguém, vulto não menos escorregadio e "furtivo, que nos trama por trás da luz";
- num presente cinzento, em que a mobilização bateu no fundo e a apagada e a vil tristeza e o "tempo dos assassinos" estão de volta;
É hora de sairmos deste luto sofrido, é tempo de nos ressuscitarmos a nós próprios e aos outros, de voltarmos a re-acreditar em nós, na nossa união e capacidade para, livres e sem tutelas, transformarmos as coisas. Mesmo aquelas que nos parecem hoje de pedra e cal, feitas para durar mil anos, imutáveis na sua injustiça...
Está na hora de nós (os de sempre) arregaçarmos as mangas, voltarmos a limpar o lixo, os estilhaços, as feridas, os estragos feitos e voltarmos... à LUTA!
Por tudo isso dizemos: dia 17 LÁ ESTAREMOS!
8 comentários:
Eu vou de retiro para o Alentejo!
Dia 17 é dia de Luta e de Luto.
Claro que toda a gente tem direito ao retiro, só que depois não deve culpar terceiros pela desmobilização, porque cada um é dono e senhor dos seus actos (e dos seus pés também).
fjsantos,
esse tipo de discurso não tem qualquer legitimidade a partir do momento em que os sindicatos abortaram qualquer possibilidade de resultado positivo. a sua traição é a responsável por isso, mesmo não indo para fora, não porei os pés em qualquer ajuntamento deste género e penso que a adesão sserá fraca. Mesmo que não fosse, para que serve agora?
Penso que se vai repetir "a cena" da 5 de Outubro e, para além disso, a gasolina está muito cara!
Eu não preciso de culpar terceiros pela desmobilização. Culpo só os chulos dos sindicatos.
Eu diria mesmo mais, o 17 de Abril foi quase FATAL...
Peço desculpas por não ter referido o nome do autor, fjsantos, recebi por mail e por lapso não inclui o nome. É bem intencionado no que diz respeito à união. O dia 12 foi o dia da "vitória" mediaticamente anunciada. Mas essa viitoria foi dos dirigentes sindicais que compraram as políticas educativas do ministério e fizeram o jeito ao governo de aparar os golpes que aí vêm para todas as classes trabalhadoras em vez de prosseguir a apoiar a luta dos professores e fazer a sua unidade com as outras classes trabalhadoras a fim de deter esta afonta neo-liberalista. O 17 foi mesmo fatal e teve a colaboração de CGTP's e afins, tendo sido resolvida a questão nas mais altas esferas. A história da facada sindical tende a repetir-se!
Lá estaremos?!! Ainda não ganahaarm juízo?! O mundo não está para isso!! Vejam o que se passa noutros lados! Existem 55.000 candidatos a professores disponíveis para darem resposta a exigências!
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