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Ontem, as unhas já eram... Hoje já lá vão metade dos dedos e ... nada...
Depois da febre informativa em torno da 1ª fase dos exames nacionais, nota-se agora mais contenção. Tenho esperado, esperado e nem uma palavra ainda ouvi sobre os exames da 2ª fase.
Haverá novas ordens para não dar destaque a tal assunto? Depois de todo aquele chinfrim, é, no mínimo, estranho...
Ninguém viu, ninguém ouviu, ninguém disse nada sobre o assunto!
Pois digo eu!!
Desta vez, o exame de Português do 12º ano contemplou, no grupo I, um excerto de Memorial do Convento, de Saramago, com um questionário ridículo e ultrapassado. Ainda nesse grupo, surgiu uma questão, sobre o mesmo conteúdo programático, o que, tal como se tinha verificado na 1ª fase, torna o teste extremamente redutor depois de todo um ano lectivo de trabalho tão diversificado e intenso que os professores da disciplina desenvolvem com os alunos.
Do grupo II (e qual não foi o meu espanto) constava um excerto de uma obra do "mui douto e expedito" Miguel Sousa Tavares, um lacaio ao serviço do sistema. Perguntas de escolha múltilpla que não lembravam fazer a alunos de 9º ano... e outra questão de respostas Verdadeiro/Falso, que testava conteúdos de Funcionamento da Língua, dentro daquilo que é apontado pelo programa da disciplina.
O grupo III colocava uma questão relativa à imagem do herói, cuja resposta devia ser elaborada em termos argumentativos. Relativamente a esta, ou muito me engano, ou não vão aparecer grandes heróis...
A montanha voltou a parir um rato.
Será que é necessária uma equipa de trabalho durante todo um ano lectivo para elaborar semelhante coisa?
Já agora, quantos são os elementos dessa equipa e quanto aufere cada um em termos remuneratórios?
7 comentários:
... ninguém comenta ... bUUUUUUuuuuuuu ,-)
Este exame estava armadihado, como o 1º, embora com menos erros técnicos. O grupo I-A era deplorável. Mas aguardemos os critérios de correcção, com seus níveis de desempenho. Muito se joga (e manipula) aí.
O excerto do MST foi uma infeliz escolha. Cheio de lugares-comuns, um texto de que a análise gramatical denunciou cruelmente a deselegância. Nas questões de funcionamento da língua (várias delas tlébicas, o que não fazia parte do acordado) ficámos a pensar se MST não domina de facto as chamadas cadeias de referência, ou se gostará de repetições e cacofonias.
Agradou-me bastante a questão I-B. E a III, a do herói, pode ser interessante. Até polémica. Se os pequenos conseguirem descolar de banalidades e lugares-comuns. Parece-me que o paradigma (para usar um termo caro a Lurdes Rodrigues) das provas de Português e de Literatura está a mudar. Estandardização, normalização, desejo de controlar, de meter na grelha... São provas redutoras. E revelam uma visão limitada da competência de leitura, em particular da leitura que se desejaria do texto literário.
Soledade .... sem conhecer a prova, conteúdos e tal ... só posso agradecer, desde já, tamanho pormenor.
e o post é do Hurtiga!
De acordo com apreciação que a colega fez!
Moriae, tenho alunos nesta corrida. Sou parte muito interessada. E, já agora, tal como na 1ª fase, os critérios da 2ª voltam a vir com falhas :(
Comprei o jornal para tentar ver os critérios de correcção do exame de Português... Nada!
Novas críticas da vice da APP... nem outra coisa seria de esperar!
Milu, onde te meteste tu?
Já a banhos, su marota!
Bolas .... é que não fazem uma certa!
Se soubessem como estou irritada!
Soledad, obrigada. Abraço!
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