"MLR não respondeu à luta dos professores! MLR deu resposta, exclusivamente, à população em geral e às questões que, facilmente, o país interpreta como indo ao encontro da classe docente. Tenta, assim, mais uma vez, virar o País, contra os professores! Mas, se o País se pronuncia, muitas vezes ou quase sempre, sem conhecer o Decreto -Regulamentar nº 2/2008, já os Deputados, Dirigentes e Militantes do Partido Socialista têm obrigação de verificar que NÃO existe qualquer alteração significativa no processo e que, portanto, não existem motivos para abrandar a luta! A luta dos professores vai continuar! Tal como MLR afirmou, NADA de substancial foi alterado. Agora, com os ajustamentos feitos pelo ME para tentar acalmar os professores e as escolas em ano de eleições, só os professores que requererem a observação de aulas poderão aspirar à classificação de Muito Bom e de Excelente! Esquece, MLR de referir que as quotas se mantêm e que haverá professores avaliadores com menos habilitações a avaliar professores que investiram mais na carreira e que têm, inclusive, Doutoramentos. Esquece MLR de referir que, por esse país fora, há muitas escolas que não têm professores avaliadores da mesma área disciplinar e que, portanto, o seu ajustamento é pura falácia. Esquece MLR de referir que nenhum professor quer avaliar o colega do lado, pois não foi essa a sua vocação e orientação quando escolheu, simplesmente, ser professor! Esquece MLR de referir que na grande maioria das escolas, os avaliadores são os menos experientes e são os mais novos. Há ex-estagiários a avaliar os seus ex-orientadores! Há ex-alunos a avaliar os seus ex-professores! TODOS os professores têm a obrigação de se manter unidos e defender uma avaliação justa e imparcial em TODAS as escolas e não apenas em algumas! Esquece MLR de referir que os professores não querem a divisão da carreira em duas e que essa é a origem do grande clima de mal-estar sentido e vivido nas escolas! As alterações anunciadas não satisfazem as reivindicações dos professores, pelo que se mantém a exigência da suspensão imediata deste modelo de avaliação. A simplificação anunciada em nada altera a natureza do modelo, economicista e punitivo, tal como, aliás, foi referido pela Ministra da Educação! MLR insiste na divisão de professores tentando, agora, seduzir os avaliadores com a diminuição da carga horária e convidando-os, assim, a ficarem do seu lado! Quem são os avaliadores que aceitam dizer sim a MLR e não aos professores? Depois da união conseguida entre os professores, não devemos agora desperdiçar a nossa força, aceitar a divisão e deixar que alguns façam Entendimentos com MLR sejam eles, sindicatos ou, simplesmente, professores avaliadores e/ou Conselhos Executivos. Continuamos, por isso, todos a ter a obrigação de esclarecer o País e a Comunicação Social através de todos os meios de que dispomos! E, enquanto não houver justiça, temos o dever de resistir até ao último sopro das nossas forças!
Lourenço"
6 comentários:
e a luta continua...
..."nada de substancial foi alterado"...
ou seja
a Ministra apenas virou o disco,
e afinal a música é a mesma.
O ECD também tem de ser revisto.
Estou solidário com esta luta justa
dos professores.
Nem mais Lourenço ...
Abraço,
M.
O ataque do ministério traduz-se numa manobra de cedência aparente (pois nada de essencial no modelo é abandonado) para obrigar a cedência nos princípios, do lado sindical, usando os arautos do costume para denegrir a posição de firmeza sindical que possa traduzir o sentimento genuíno dos docentes. Se estes sindicatos e seus dirigentes recuassem agora, seriam colocados perante uma onda enorme de descrédito e de revolta. Mas, se eles são capazes de aguentar firmes, não poderão perder, no longo prazo. Se eles tiverem a coragem (uma vez!) de consultar as bases, de fazer votar um programa de luta proposto e não imposto, o qual pode sofrer modificações, tendo em conta as realidades locais... então seria um grande momento de luta sindical. Quero acreditar que sim, ainda é tempo de verem o que é evidente. Que, se não fizerem isso, se nós não fizermos tudo para que eles optem pelo bom caminho, então teremos mais uma derrota. Quanto à questão central, qual é? o que é fundamental; em que ponto não cedemos?Eu penso que é a recusa de uma carreira a duas velocidades (professor e professor titular) e da contingentação (as quotas) dos lugares do topo. Queremos portanto a abertura de um período negocial, em que claramente se proceda à revisão do ECD, ou seja, se remova o que nos parece totalmente inaceitável. Neste novo desenho, podem eventualmente, recuperar-se certos aspectos do modelo de avaliação de desempenho da lei actual. Mas, em caso nenhum, se pode admitir que esta seja utilizada como base de negociação.A estratégia deve ser portanto de mostrar, ao ME, ao governo e a toda a sociedade, que os professores irão tão longe quanto for preciso, para que seja reposto um estatuto de carreira que tenha um mínimo de dignidade. Solidariedade,
Manuel Baptista
(sócio spgl/fenprof)
A ministra já projecta a sua acção para o ano seguinte, não esqueçam.
Tou farta de parvalhões! RTP1
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