Aguardo a qualquer momento a mensagem de fumo que vai sair da reunião da Ministra da Educação e do seu subordinado Primeiro Ministro com os Professores do PS.
Sei que o fumo será branco, os nossos vassalos colegas sabem que não foram para falar, foram para ouvir. Sei o que nos vão contar e sei como vão agir: dirão que no contexto era difícil expressarem a sua opinião; que também são professores e estão connosco mas…; que talvez seja melhor que…; que não temos hipótese; que eles estão irredutíveis; que a greve às avaliações pode ter consequências…; que, tal como eles, nos temos de render às suas – deles – poderosas lideranças e à sua inquestionável autoridade.
Nem nós esperaríamos outra coisa! Entregar cartões? Só se forem do sindicato!
Mas desta reunião, que não é novidade, o que me chateia é que a aceitemos como normal. Não existem reuniões com “médicos do PS”, “militares do PS”, “advogados do PS”, “enfermeiros do PS”, “ funcionários públicos do PS”, “operários de PS” mas existem com “professores do PS”.
Já existiam professores desta e daquela central sindical, de sindicatos da pequena e da grande cidade, de sindicatos de licenciados daqui e dacolá, da pró-ordem e de outras ordens, de movimentos disto e daquilo, só nos faltavam estes: “ professores do PS”.
Se vêem “corporativismo”, respondem com “sectarismo”. Se vêem os professores unidos, separam os seus à parte.
Sei que o fumo será branco, os nossos vassalos colegas sabem que não foram para falar, foram para ouvir. Sei o que nos vão contar e sei como vão agir: dirão que no contexto era difícil expressarem a sua opinião; que também são professores e estão connosco mas…; que talvez seja melhor que…; que não temos hipótese; que eles estão irredutíveis; que a greve às avaliações pode ter consequências…; que, tal como eles, nos temos de render às suas – deles – poderosas lideranças e à sua inquestionável autoridade.
Nem nós esperaríamos outra coisa! Entregar cartões? Só se forem do sindicato!
Mas desta reunião, que não é novidade, o que me chateia é que a aceitemos como normal. Não existem reuniões com “médicos do PS”, “militares do PS”, “advogados do PS”, “enfermeiros do PS”, “ funcionários públicos do PS”, “operários de PS” mas existem com “professores do PS”.
Já existiam professores desta e daquela central sindical, de sindicatos da pequena e da grande cidade, de sindicatos de licenciados daqui e dacolá, da pró-ordem e de outras ordens, de movimentos disto e daquilo, só nos faltavam estes: “ professores do PS”.
Se vêem “corporativismo”, respondem com “sectarismo”. Se vêem os professores unidos, separam os seus à parte.
- Meus meninos, a vossa função é conter os vossos colegas! Do vosso trabalho depende o vosso futuro político! Digam-lhes que têm razão mas que podem sofrer represálias; que não têm de ser avaliados, apenas têm de fingir que o são; que não têm de ensinar, apenas têm de dar positivas; que esqueçam a ideia de serem professores e lembrem-se que são apenas professorzecos!…
Estou revoltado. Da parte do governo há muito tempo que não tenho nada a lamentar. Lamento que existam colegas que, pelo mero facto de serem socialistas, entendam como normal, e alguns até com orgulho, que tenham direito a explicações adicionais.
Oh tanto que eu gostava de estar nessa reunião! Oh tanto que eu gostava de saber em primeira-mão os resultados dessa reunião!
- Não nos comam por parvos! Dessa reunião não vão sair resultados, apenas ordens! O pior dessa reunião é o facto dela existir e de ninguém a questionar como um perversão da democracia.
Os professores manifestam-se, o PS reúne os seus professores.
Oh tanto que eu gostava de estar nessa reunião! Oh tanto que eu gostava de saber em primeira-mão os resultados dessa reunião!
- Não nos comam por parvos! Dessa reunião não vão sair resultados, apenas ordens! O pior dessa reunião é o facto dela existir e de ninguém a questionar como um perversão da democracia.
Os professores manifestam-se, o PS reúne os seus professores.
1 comentário:
"A malta não esquece. Não votamos no PS"!
Enviar um comentário