20081115

Quem semeia ventos, colhe...


A sra. Ministra e seus secretários de estado têm-se distinguido pela prepotência, arrogância e falta sentido de diálogo. Tudo características valorizadas em Democracia. Esta semana, o socialista Manuel Alegre veio confessar-se profundamente “chocado” pelos “tiques autoritários”revelados pela “… a inflexibilidade da Ministra e o modo como se referiu à manifestação, por ela considerada como forma de intimidação ou chantagem, numa linguagem imprópria de um titular da pasta da educação e incompatível com uma cultura democrática”. Concordo, em absoluto com a análise de Manuel Alegre sobre esta questão e, penso que a Ministra e sua equipa estão a ser vítimas do clima de crispação que criaram. De facto, no seu afã “reformista”, quiseram “demonizar” os professores, isolando-os da sociedade e culpando-os de todas as insuficiências da “máquina da 5 de Outubro”, utilizando uma retórica cheia de meias verdades próprias para intoxicar a opinião pública contra estes profissionais, esquecendo que as reformas educativas se fazem “com” e não “contra” os professores, prejudicando a qualidade do diálogo e, aumentando a intranquilidade nas escolas.

Pensaram conquistar alunos e pais com a "escola a tempo inteiro" e com os equipamentos informáticos – Magalhães e quejandos – distribuídos em sessões solenes com honras de discursos e, agora, descobrem com surpresa (consternação? horror?) que, afinal, os alunos estão, eles próprios, insatisfeitos e se manifestam de forma ruidosa, violenta e inaceitável (mas, não nos esqueçamos que a própria minstra deu o exemplo, quem não se lembra destas imagens?) reforçando na rua e, nas capas dos jornais os sinais evidentes de que algo vai mal na educação em Portugal. Aos alunos, soma-se ainda o descontentamento de muitos encarregados de educação que se vêem, na prática, desautorizados pelo Estatuto do Aluno (um encarregado de educação responsável, não aprecia de sobremaneira, o facto, de ver o seu educando submetido a uma bateria adicional de provas e de planos, pelo simples facto, de ter consultas médicas num determinado dia da semana) … e, claro, tanto descontentamento somado obriga o Partido Socialista a fazer contas ao impacto eleitoral de tudo isto, até porque existe o risco da contestação social se poder agravar ainda a outros sectores (por isso, pelo sim, pelo não...).

2 comentários:

Anónimo disse...

A PSP estava proibida de divulgar números devido à crispação nos intestinos governamentais. Mas podiam mentir. E repetir. Repetir por toda a comunicação social até parecer verdade.

http://venenoemel.blogspot.com/2008/11/35000-professores-ou-eram-7000.html

Almoro disse...

Mas, os Professores nem aos sábados páram de ensinar. Agora, ensinam o Povo. E é assim que num exercício de democracia participativa, os nossos Professores ficaram com mais 2 tempos lectivos aos sábados à tarde: Cidadania e Liberdade.



Obrigado Sinistra por pores os Professores a darem aulas ao Povo, em geral. Obrigado Sinistra, e deixa-te estar, porque és o passaporte do PM para as novas oportunidades de que o PS vai desfrutar nas próximas eleições
http://venenoemel.blogspot.com/2008/11/o-vcio-de-ensinar-e-as-lies-de-sbado.html