20081216

Existe Diktat e Nomenklatura em Portugal

Nomenklatura (palavra russa derivada do latim nomenclatura) era como se designava a burocracia, ou casta dirigente da ex-União Soviética. Ela incluía altos funcionários do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) e trabalhadores com cargos técnicos, artistas e outras pessoas que gozavam da simpatia do Partido Comunista. Na verdade, os membros da Nomenklatura eram, na sua esmagadora maioria, filiados ao PCUS e gozavam de inúmeros privilégios e vantagens inacessíveis para a restante população do país.

Embora a Nomenklatura, como vimos, esteja historicamente ligada à ex-URSS, podemos, apelidar de Nomenklatura sem eufemismos, os muitos cargos políticos dentro dos nossos Ministérios.
Muitos pais neste País já filiam os seus filhos desde muito cedo nas lides das jotas partidárias, com vista a perpetuação de um esquema que lhes garante a estabilidade na vida futura.

Também pequenas correntes de opinião não formal, apelidam de Nomenklatura à cadeia de poderes e submissão transcritas da ex-URSS, para este mundo pós-Berlim e que em Portugal se pratica insistentemente, governo após governo, com alguns gradientes, mas não deixam de ser fenómenos de Nomenklatura.

Diktat significa vontade imposta pela força. Conceito historicamente ligado ao Tratado de Versalhes. Diktat, ligada à Direita, tivemos em Portugal antes dos céus de 25 de Abril.Hoje em dia percorre o jornalismo, sempre que existem actos ministeriais ou legais unilaterais, sem que resulte de acordo entre as partes.


Já estão a entender onde quero concluir?...Acertaram pois: o assunto da avaliação dos docentes e revogação do novo Estatuto da Carreira Docente. Leiam as seguintes intervenções e digam-me lá se os acontecimentos mais recentes são ou não casos claros de de Diktat e de Nomenklatura:


Detalhes do Direito

O Simplex 2 ainda não existe

Militante do PS vai presidir ao Conselho Nacional de Educação

1 comentário:

Manuel Baptista disse...

O problema da democracia é que só funciona com democratas. Ora, se «democratas» há muitos, verdadeiros (sem aspas) há poucos.
Manuel B