Os números e as estatísticas valem o que valem… É certo que Portugal precisa de investir fortemente na educação, porém não é isso que temos visto acontecer, pelo contrário a realidade é outra e completamente diferente, querem-se mais resultados mas com menos dinheiro o que, está bem de ver, é como pedir que se façam omeletas maiores com menos ovos. Para quem não está por dentro destas coisas, apenas um exemplo: o ano passado, quando começaram a funcionar os cursos EFA, as sessões eram ministradas por pares pedagógicos em co-docência, dois professores de áreas diferentes e as turmas tinham um número razoável de alunos, cerca de dezasseis. Os dois professores conseguiam que houvesse uma muito maior proximidade e acompanhamento dos alunos e a coisa até estava a funcionar razoavelmente. Este ano inventaram a co-docência separada, isto é, os mesmos dois professores do ano passado, passaram a sê-lo separadamente, uma co-docência que passou a existir apenas no papel, com um aumento muitíssimo significativo dos alunos que passaram para o dobro por turma… O que dizer? A coisa até funciona mas sai caro… Não pode ser, corta-se nos professores e aumentam-se os alunos, o que é isto senão economicismo de merceeiro?
Quanto aos profissionais, penso ser um erro que só poderá dar maus resultados tanta proliferação de cursos, já que as coisas não são tão específicas como podem parecer, pelo que dever-se-iam criar áreas profissionais e não esta multidão de cursos, com a vantagem de poderem ter uma saída muito mais alargada. Depois, só por excesso de imbecilidade é possível aceitar uma gestão das faltas feitas pelos alunos ao longo dos três anos do secundário, o que acontece é que, quando estes se apercebem que podem dar tantas faltas, começam a dá-las a torto e a direito, pois ainda têm muitas para dar… Logo, no 10º ano é um ver se te avias, há alunos que é raro vê-los… Lá começam os módulos a ficar em atraso, lá começa a bandalheira e o sistema a ficar emperrado ao verificar-se que há alunos que estão a concluir o 12º ano, mas têm este, aquele e o outro módulo do 10º e 11º para fazerem… Claro que o professor já não é o mesmo, claro que o director de turma já não é o mesmo, claro que há muitas disciplinas sem professores, já que ninguém aceita horários de 6 ou 8 horas, claro que já não se lembram da matéria e claro que já estão tapados por faltas à maioria das disciplinas…
O grande erro foi de negligência de quem desenhou o modelo sem saber como as coisas funcionam com os alunos e nas escolas… O mundo é perfeito se desenhado nos gabinetes, na realidade as coisas são muito diferentes. Qualquer professor esclareceria isto a esses engenheiros de sistemas, porém tais sumidades nunca se rebaixariam a perguntar-lhes a opinião. Logo, fizeram asneira da grossa e quem lá anda que se amanhe e que invente a solução para as suas burrices… Os números batem certo, as estatísticas dão melhores valores, vive-se no mundo ideal, pouco importa não ser real…
Quanto aos profissionais, penso ser um erro que só poderá dar maus resultados tanta proliferação de cursos, já que as coisas não são tão específicas como podem parecer, pelo que dever-se-iam criar áreas profissionais e não esta multidão de cursos, com a vantagem de poderem ter uma saída muito mais alargada. Depois, só por excesso de imbecilidade é possível aceitar uma gestão das faltas feitas pelos alunos ao longo dos três anos do secundário, o que acontece é que, quando estes se apercebem que podem dar tantas faltas, começam a dá-las a torto e a direito, pois ainda têm muitas para dar… Logo, no 10º ano é um ver se te avias, há alunos que é raro vê-los… Lá começam os módulos a ficar em atraso, lá começa a bandalheira e o sistema a ficar emperrado ao verificar-se que há alunos que estão a concluir o 12º ano, mas têm este, aquele e o outro módulo do 10º e 11º para fazerem… Claro que o professor já não é o mesmo, claro que o director de turma já não é o mesmo, claro que há muitas disciplinas sem professores, já que ninguém aceita horários de 6 ou 8 horas, claro que já não se lembram da matéria e claro que já estão tapados por faltas à maioria das disciplinas…
O grande erro foi de negligência de quem desenhou o modelo sem saber como as coisas funcionam com os alunos e nas escolas… O mundo é perfeito se desenhado nos gabinetes, na realidade as coisas são muito diferentes. Qualquer professor esclareceria isto a esses engenheiros de sistemas, porém tais sumidades nunca se rebaixariam a perguntar-lhes a opinião. Logo, fizeram asneira da grossa e quem lá anda que se amanhe e que invente a solução para as suas burrices… Os números batem certo, as estatísticas dão melhores valores, vive-se no mundo ideal, pouco importa não ser real…
1 comentário:
Sinistraministra, por falar em estatísticas, interessa dar uma olhadela ao que poderá ser o futuro.
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