"OLÁ SOU FRANCISCO GOULÃO SOU SURDO E PROFESSOR DE SURDOS ESTAMOS NUM PAÍS IGNORADO QUE NÃO CONHECE O MUNDO DOS SURDOS.VIVA A ESCOLA ESPECIAL E EXCLUSIVA PARA AS CRIANÇAS SURDAS E ABAIXO A ESCOLA INCLUSIVA.RESPEITAR O ESTADO,A NAÇÃO,A PÁTRIA,O PORTUGAL E AS CRIANÇAS SURDAS.A POLÍTICA NÃO RESOLVER NADA E DEVE SER BANIDA.OS POLÍTICOS MENTEM E NÃO CUMPREM NADA.A DEMOCRACIA NÃO SE PODE GOVERNAR CONTRA AS PESSOAS.RESPEITAR A CONSTITUIÇÃO E OS DEFICIENTES.VIVA A COMUNIDADE SURDA." (Francisco Goulão)
Obviamente
Há 49 minutos
2 comentários:
Olá...fez-me lembrar os 15 anos que trabalhei com alunos surdos. Apenas. Saí, porque antes do inferno que a MLR nos está a fazer, começou mesmo o purgatório com a Ed Especial... e eu saí!DEpois de ter investido mais de metade da minha carreira e experiencia na educação de crianças surdas. Assim vai esta país
Tive, na minha vida, apenas um contacto directo com 3 irmãos surdos-mudos, ali para os lados da Póvoa de Varzim. Tinham, se a memória não me atraiçoa, 16/17 anos e tinham acabado a instrução primária. Fui à pesca com eles e com o pai que não era surdo-mudo. Era difícil compreendê-los. Na escola, era-lhes vedade usar a língua gestual. Por essa altura, tive a oportunidade de falar várias vezes com a Drª. Maria Raquel Martins da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa que defendia em vários textos e nas suas aulas que estes alunos se deviam exprimir naturalmente em língua gestual. Aliás, ela tinha uma publicação modesta mas interessante: "Mãos que Falam". Tive um professor de fonética na Faculdade de Letras do Porto que se interessava também pelo assunto e que defendia a língua gestual como a língua natural dos surdos-mudos e a fala uma segunda língua ou uma língua auxiliar. Mais, defendia que a língua gestual deveria ser uma segunda língua obrigatória para os falantes tal como era o francês e o inglês. Às variações fonéticas da língua falada contrapunha variações "fonéticas" na língua gestual. Fiquei a saber que, a partir de uma convenção qualquer, julgo que assinada em Milão, mas não tenho a certeza, se preconizou que os alunos surdos-mudos deveriam assistir às aulas com as mãos amarradas atrás das costas para não utilizarem a sua língua. Uma barbaridade.
Já que não vamos por esse caminho, estou plenamente de acordo consigo.
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