20090707

O barato sai caro... Sim, mas para quem?

[Na educação, como em tudo...] O barato sai caro para o povo, mas não é assim para os senhores.
Vejamos:
- não é verdade que o privilégio assenta hoje em dia no conhecimento, e sobretudo no saber-fazer?
-não é verdade que uma escola massificada vai aumentar a competição pelos lugares nas universidades que venham a conferir a tal garantia de emprego bem remunerado, estável, de prestígio, retirando hipóteses aos filhos da classe previlegiada?
- não é verdade que este governo dito «socialista» tem feito tudo o que os arautos do neoliberalismo desejavam fazer, mas não conseguiram? que eles foram mais longe, em todos os domínios, que qualquer governo de direita pós-25 de Abril?
- não é verdade que, se o governo anunciasse o desmantelamento puro e simples da escola pública, iria causar uma revolta muito grande, não apenas nos professores, como de toda a população trabalhadora?

JÁ SE PERCEBE O QUE ESTE GOVERNO ANDOU A FAZER: A CRIAR AS CONDIÇÕES DE PRIVATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA, A TODOS OS NÍVEIS, SIMULTANEAMENTE ESPATIFANDO AS COISAS BOAS QUE ELA TINHA E QUE PODERIA DAR VONTADE A ALGUMA CLASSE MÉDIA (AINDA) COM CAPACIDADE ECONÓMICA DE AÍ COLOCAR OS SEUS FILHOS!!!!!!!!

Esta ministra da educação e seu AMIGO E ORIENTADOR DE TESE DE DOUTORAMENTO (Prof. João Freire) são da escola dos libertarianos (de direita), uma escola que preconiza a quase extinção do estado; a sub-contratação aos privados de actividades tradicionalmente desempenhadas pelo estado.

O prof. João Freire é também o autor de um estudo (encomendado pelo presente governo) que serviu de base para a «reforma» da administração pública, incluindo as formas de avaliação...

Penso que já sabiam isto, não?

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