Mostrar mensagens com a etiqueta Boa malha Filipe. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Boa malha Filipe. Mostrar todas as mensagens

20081017

Os professores até se entendem ... os sindicatos é que deram o golpe e querem ver se se livram!

"A primeira data a surgir foi 15 de Novembro, mas a Fenprof reagiu e marcou uma jornada de luta para dia 8. A semana de diferença está a gerar indignação em vastos núcleos de professores, que vão reagindo em vários sites e blogs, para além de e-mails.

Tal como aconteceu no início do ano, em que foram surgindo vários núcleos de professores que diziam estar em luto pela educação, motivando marchas em vários cidades que culminaram na marcha da indignação que juntou mais de cem mil docentes em Lisboa a 8 de Março, também agora a ideia foi florescendo.

Se na primeira grande manifestação a Plataforma Sindical conseguiu aglutinar esses esforços, agora existe uma notória divisão, com troca de acusações entre os defensores de dia 8 e os de dia 15.

Esta quarta-feira, o líder da Fenprof, Mário Nogueira, deixou a mensagem, dizendo que o outro movimento «sai de qualquer calendário útil no plano da negociação»: «Em nome da Plataforma, apelamos à participação de todos os educadores e professores para que se juntem a esta iniciativa no dia 8 de Novembro, sem sectarismos, sem divisões. O tempo é de unidade. Não é de facilidades ao ME e ao Governo, que baterá palmas aos que apostam na divisão dos professores».

Uma leitura que não encontra resposta positiva do outro lado. Para além de docentes anónimos e bloggers mais ou menos activos, a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE) e o Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) têm batalhado pela manifestação de dia 15, que consideram ser «independente».

O dia dos «dois nãos»

«No dia 15 Novembro lá estarei, com sindicatos ou sem eles. Faça frio ou calor, chova, troveje ou caia neve. Gritarei pelos direitos e dignidade dos professores, da qualidade de ensino, contra a prepotência, a arrogância e a estupidez. Estarei em 15 de Novembro e sempre que a unidade dos professores o reclame, em defesa de VALORES», escreve o professor Francisco da Silva, num dos muitos e-mails que vão circulando entre as caixas de correio dos docentes de todo o país.

Também a blogosfera não se resigna. Fala-se na «manifestação dos dois nãos», à ministra da Educação e aos sindicatos, enquanto cartoons ilustram essa ligação perigosa.

Os textos sucedem-se: «Estamos a assistir a um dos episódios mais bizarros de que me lembro¿ Os sindicatos demarcaram-se daqueles que deviam representar»; «Parece-me que a FENPROF quis inventar um motivo para desmobilizar os professores, a fim de que a marcha marcada para o dia 15/11 seja um fracasso. Sei que há centenas de professores que estão a devolver os cartões aos sindicatos»; «Não encontro nenhum objectivo claro para a manifestação de dia 8»; «Esta atitude divisionista dos sindicatos é ignóbil, vil e completamente despropositada».

Entretanto, há alguém a esforçar-se por uma união que parece cada vez mais impossível."
Por: Filipe Caetanoemailmais artigos deste autor