"A Fenprof concorda com a atitude de Maria de Lurdes Rodrigues, que decidiu substituir uma professora com cancro que há vários anos vê recusada a aposentação por invalidez, mas lamenta os argumentos utilizados pela ministra.
Em declarações à Renascença, Maria de Lurdes Rodrigues disse tratar-se de um caso excepcional porque a situação ultrapassava os limites do suportável para os alunos.
António Avelãs, da Fenprof, considera que a decisão da ministra foi tomada com base num argumento errado: “a tónica não pode ser posta apenas numa questão prática, mas é também preciso ver o outro caso – não se pode, em caso algum, obrigar um cidadão a um esforço desumano, como o que estava a ser pedido a essa professora”.
O sindicalista acrescenta ainda que esta decisão abre um precedente e que outros professores poderão sentir-se injustiçados.
Na opinião de António Avelãs, esta injustiça não tem que ver com o facto da situação da professora em causa não ter de ser resolvida, mas com o facto de ser preciso “encontrar uma solução justa para todos os outros casos”, que não passe por uma “atitude individual da ministra”. (TA, Renascença)