20081206

HOJE NÃO PÁRA DE CHOVER!


Imagem daqui

«Ministério "não negoceia sob chantagem"»
Pedreira "dixit" CM
"Se o Ministério da Educação quiser guerra, vai ter guerra"
Nogueira "dixit" Expresso
«Plataforma de sindicatos apela ao Governo para que cumpra compromisso negocial»
Someone "dixit" JN

COMÉQUÉ?

(QUEM VAI PERDER OS DENTES?) (ACEITAM-SE APOSTAS...)

NOVIDADES SAÍDAS DA REUNIÃO EM LEIRIA



Imagem retirada Daqui

NOTÍCIA DESTAK

BLOG ANOVIS ANOPHELIS

Não estive presente, mas estou complemente de acordo com as decisões!



20081205

Ouçam com atenção e comparem com o que foi afirmado hoje ...

MagikStudios 28 de novembro de 2008 - Manifestação da FenProf em Beja dia 28/11/2008

Tenho uma dúvida ...

Imagem de Manuel ribeiro linkada a partir do Arrastão

Quando se referem as ausências de 30 dos 75 deputados do PSD e de mais cinco deputados de outras bancadas da oposição estaremos a falar daquele conjunto de professores que, à semelhança dos sindicalistas (que não dão aulas), passam sem avaliação para os píncaros da tão formosa carreira?

É uma dúvida que tenho ...

"RAIS" ME PARTAM SE EU PERCEBO ALGUMA COISA DISTO...


Imagem daqui
"Jorge Pedreira garante que suspensão da avaliação «não está em causa»"
Na TSF

Sindicatos e sinistra, cá estaremos todos atentos :-)

Na espuma dos d...esesperos
"O ME, mantendo a abertura de sempre, que já conduzira ao Memorando de Entendimento com a plataforma sindical, respondeu positivamente à vontade dos sindicatos, expressa publicamente, de realização de uma reunião sem pré-condições, isto é, sem exigência de suspensão da avaliação até aqui colocada pelos sindicatos. Foi por isso agendada uma reunião para o dia 15 de Dezembro, com agenda aberta. " ME

"(...) candidatem-se! Aproveitem a mobilização e a união provocada por MLR e façam alguma coisa por vós, por nós, pela classe docente e mudem as chefias de todooooosssss os sindicatos! & (...) candidatem-se! Aproveitem a mobilização e a união provocada por MLR e façam alguma coisa por vós, por nós, pela classe docente e mudem as chefias de todooooosssss os sindicatos! (...) candidatem-se! Aproveitem a mobilização e a união provocada por MLR e façam alguma coisa por vós, por nós, pela classe docente e mudem as chefias de todooooosssss os sindicatos! (...) candidatem-se! Aproveitem a mobilização e a união provocada por MLR e façam alguma coisa por vós, por nós, pela classe docente e mudem as chefias de todooooosssss os sindicatos! (...) candidatem-se! Aproveitem a mobilização e a união provocada por MLR e façam alguma coisa por vós, por nós, pela classe docente e mudem as chefias de todooooosssss os sindicatos! AND SO ON ...

Apelo pragmático, necessário e eficaz em caso de sucesso :-)

Imagem dali
Anónimo"Anónimo disse...
Eu atrevia-me a deixar aqui um apelo a todos os professores sindicalizados. Verifiquem as datas das Assembleias-gerais dos vossos sindicatos e, por favor, participem! Participem activamente para perceberem bem como as coisas funcionam! Vejam as datas das eleições dos vossos sindicatos e, por favor, candidatem-se! Aproveitem a mobilização e a união provocada por MLR e façam alguma coisa por vós, por nós, pela classe docente e mudem as chefias de todooooosssss os sindicatos! Talvez os blogues possam dar uma ajuda com a divulgação pública das referidas datas que, normalmente, passam despercebidas em qualquer cantinho de jornal." (Lourenço)

Infelizmente, terei que pagar para ver ...

Imagem daqui

Por: Redacçãoemailmais artigos deste autor / HB
"A Plataforma Sindical dos Professores suspendeu hoje as greves regionais agendadas para a próxima semana, considerando que, pela primeira vez, o Ministério da Educação (ME) aceitou negociar todos os temas que têm levado ao braço-de-ferro com os professores." (05.12.2008 - 19h47 Lusa, PÚBLICO)

Ai Timor!!!

Imagem: PrtSc com sublinhado meu de acolá ...

Xanana Gusmão, anunciou um convite ao seu homólogo português para visitar oficialmente Timor-Leste em 2009.

Se eu não gostasse de Xanana e de Timor quase que me atreveria a sugerir a Xanana que convidasse, já este ano, a ministra da educação ... e depois, em dia de tu Barão (festa especial) ... era aquele happening!!!:/

Coimbra: escola de Montes Claros sem condições


Escola em Coimbra
Degradação das instalações afecta 250 alunos

E POPOTA VOLTA A ATACAR


Imagem do Kaos

O INFERNO SÃO OS OUTROS



Imagem daqui


Opinião de Manuel António Pina no JN

Como diria Vergílio Ferreira: "O inferno são os outros, por isso usamos óculos de sol"...

OBRIGADA SRS. FALTOSOS...


Imagem retirada daqui
QUEM FALTA MUITO, QUEM É?

NÃO LHE PEDIMOS OPINIÃO Mme. CÂNCIO!!!

Imagem daqui

METIDA NUM BECO SEM SAÍDA



Imagem daqui

Educação sem dimensão
A cedência não envergonha nenhum actor político – muito pelo contrário. Se uma proposta não tem condições mínimas para ser executada, se provocou muitos mais malefícios do que os eventuais proveitos que poderia recolher, a atitude política mais avisada e prudente é procurar algum resto de consenso capaz de evitar a destruição completa das intenções iniciais. Só que para isso é preciso grandeza: principalmente, nos protagonistas políticos.
A ministra da Educação jurou que não cederia um milímetro. Ela e os seus ajudantes atiçaram a mais feroz oposição social desde o PREC. Colocaram-se a si e ao Governo num beco quase sem saída. Se existisse grandeza assumiriam o seu falhanço. Mas querem perder gritando vitória – também não têm grandeza suficiente para isso.

Carlos Abreu Amorim, Professor universitário no CM

Casos isolados ... verdadeiras notas soltas :/

"Construção da Casa da Música teve 127 contratos
Tribunal de Contas volta a evidenciar descontrolo na obra, que "derrapou" 77,2 milhões" (HUGO SILVA, JN - 2008-12-05)

Para mais detalhes clique aqui

«Um passo atrás no futuro»


Maria de Lurdes Rodrigues, hoje no parlamento mostrou-se disponível para discutir tudo. E continuou a insistir que este ano é preciso é levar a avaliação para a frente e, para o ano que vem logo se há-de negociar, o que importa é que se vá fazendo. Foi a intervenção do EU EU EU, como disse o outro maranteu - ou seria da UE, UE, UE? Talvez das duas porque a teimosia de uma é o cumprimento das directivas para a educação e suas sinistras políticas da outra, numa perfeita simbiose. As palavras da ministra soam a falso, soam ao falsete de um tom magoado, rancoroso, de não a deixarem levar a sua avante. Queria tanto ser ela a desempenhar aquelas ordens e a desmanchar por suas mãos a classe dos professores… Talvez seja a sua alma anarquista bastando-se a si própria, colando estampilhas na Batalha, sem revolta, completamente serena, tranquila, como quem está certo de estar a cumprir uma missão. E que missão: esta gente é ditadora e quer-se fazer passar por anarquista, por socialista, por ex-maoista, quando afinal não passam de paus mandados, cumpridores e obedientes do plano arquitectado pelas instituições da UE, Bilderbergs e o diabo que os leve. O plano do esvaziamento e da destruição da função pública e dos serviços públicos. O aval da pilhagem dos fundos dos bancos e a transferência de capitais através de nacionalizações temporárias, enquanto existem prejuízos monumentais que o Estado financia, para depois, já recompostos e lucrativos, regressarem ao seu estado “natural” de entidades bancárias privadas. Todos esses escândalos que se têm passado com este governo mas que também se teriam passado com outro da mesma laia. Esta UE não tem nem dá futuro. Este governo, esta maioria de passagem está condenada. É preciso ter um povo muito estúpido se depois disto tudo voltam a votar neste PS ou no outro partido do vergonhoso e calamitoso alterne. Tiranos são os que se mantêm no poder quando já não são queridos. Julgam-se cheios de razão, desprezam a vontade do povo, prosseguem obstinados impondo leis absurdas.
Esta tirana desta ministra está um caco. Presa por que sinistros arames?

Se admiro este colega ...

"Caros Colegas!
Foi difícil chegar até aqui! Foi necessário juntar forças e agir em conjunto! Já fomos 100.000 mil na rua! Já fomos 120.000 mil! Já fizemos a maior greve de uma só classe profissional de todos os tempos! Se olharmos para trás, vemos o longo caminho já percorrido e percebemos que foi graças a todos nós que MLR já confessou alguns dos erros do modelo de avaliação. Já confessou a excessiva burocracia, já confessou o excesso de trabalho que o modelo exige aos professores, já o simplificou várias vezes e, admite agora, a possibilidade de ser substituído por outro desde que isso seja feito no próximo ano, certamente com outra Ministra da Educação já que, a confirmar-se o calendário das eleições, iremos dizer de nossa justiça lá para Setembro de 2009. Estamos num momento crucial e não podemos, agora, deitar tudo a perder. A luta tem de continuar, por mais sacrifícios que tenhamos que fazer. É o futuro da Educação que está em causa! No dia 9 de Dezembro têm início as greves regionais! É urgente fazê-las! É urgente manter o nível da contestação! Havemos de conseguir sobreviver sem o dinheiro desse dia, mas não sobreviveremos se deixarmos MLR cantar vitória! Está nas nossas mãos continuar a mostrar a nossa indignação! Se alguém, de todo, não puder, por motivos económicos, fazer mais um dia de greve que a faça aos primeiros tempos de cada um dos turnos. Mas que TODOS tentem fazer mais este sacrifício! Não podemos, por mais que nos custe, estragar agora tudo o que foi feito até hoje. A luta tem de continuar até ao fim! E o fim é a revogação do actual modelo de avaliação e do ECD. Coragem a todos para mais este esforço! Vai valer a pena! Falta pouco!
Greves Regionais:
DREN: 9 de Dezembro
DREC: 10 de Dezembro
DREL: 11 de Dezembro
DREALENT e DREALG: 12 de Dezembro"

Questão Tomista: "Será possível que um bando de "zombies" incompetentes e de má-fé possa assegurar a educação de gente viva e saudável?...

Imagem do KAOS
Falar de Educação, coisa que, desde o advento do Iluminismo, era sinónimo de Futuro, Claridade e Esperança, tornou-se, em Portugal, irremediável sinónimo de Luto. A mulher não tem culpa do ar que tem, mas têm enorme culpa da atmosfera que geram as sombras pardas que, por detrás dela, se perfilam.
Sou, como qualquer Português no seu estado de perfeita sanidade mental, anti-lurdista, como sou anti-cavaquista, anti-socratista ou anti-pinto-da-costista.
Faz parte da higiene mínima.
Hoje, todavia, ao perceber, mais uma vez, que a mulherzinha não é mais do que uma tipa obstinada, fraquita em termos académicos, e cheia de mazelas emocionais e de cicatrizes existenciais, a minha palavra mais verrinosa vai para os que a estão a usar como escudo protector. Bem puxados da sombra, eles lá saltam, uns atrás dos outros: o Valter Lemos, cuja aparência e competência cognitiva imediatamente remeteriam, se submetido a qualquer AVALIAÇÃO, para a parte de trás de um balcão de comércio tradicional de venda de... sei lá, pode ser queijos e fiambres; o tal Augusto Santos Silva, que sabia muito da missa, mas não teve tomates para fazer nada, e agora se escuda por detrás da figura da Sinistra; o Justino, que se calou, mal percebeu que aquilo estava a transbordar para os lados do Palácio das Marquises e o desgastado Sócrates, que, ignaro em tudo o que é Ciência, deve ter feito Economia também com AVALIAÇÃO por postalinho e encomenda das almas.
Vindo da Área das Ciências Duras, detesto Economia, como detesto Sociologia -- e lá me desculparão os meus leitores que escaparão a esta leitura simplificada que vou fazer -- pela simples razão que detesto qualquer ciência que, em termos de abordagem de momentos críticos começa as suas frases terapêuticas com um "parece que", ou "é provável que".
Quando o Sr. Sócrates vem, ufanamente dizer que os Portugueses irão viver melhor para o ano que vem, porque os juros estão a baixar, o preço da gasolina a descer, as prestações da casa a declinar (?) e a inflação a cair, eu uso as armas do costume, e digo-lhe "parece que" o senhor não sabe que um corte de taxas de juro até ao 0% é equivalente às sinusoidais dos aparelhos médicos passarem de ondulatórias cíclicas a linhas rectas: isso quer, tão-só, dizer que o paciente está morto, e o paciente aqui, é o Sistema Financeiro, e a sua arena produtiva, o Tecido Económico.
Quando o Sr. Sócrates acordar para que "seja provável" que passemos da Recessão à Depressão, e da Inflação à Deflação, e os juros se tornem negativos (!), talvez desperte do seu Sonho Armani, e se concentre mais na batata saloia que tem na ponta do nariz, percebendo que a sua Quimera chegou ao fim.
Até aqui, tudo bem, não fossemos nós, você, leitor, e eu, ficcionista, sermos os pagadores da factura dessa Quimera.
Adiantando uns rumores, "parece que" já poderá ter sucedido que o nosso derradeiro Balão de Oxigénio Comunitário esteja a ser desbastado em despesas correntes, a salvar números fictícios de "deficits" às centésimas (!) e a pagar calotes de Banqueiros, traficantes de armas, de drogas e de prostitutas/os. E, se isso "for provável", nós acabámos, enquanto autonomia política, e deixámos de ter viabilidade nacional.
Não me apetece falar disso.
O derradeiro beijo, o da Morte, é, de novo, para a Lurdes: de cada vez que ela recua, mais se comprova que nunca existiu. Tinha uma ficção, alicerçada em tempos de modas e bordados, em que as pessoas se perfilavam, de batinha, com o nascer do sol, e tomavam banhos de água fria, depois de noites de pesadelo, de não saber quem era o pai, e por que estaria internada naquele inóspito colégio, e sonhvam com EXCELÊNCIAS de Quadros de Honra com moldura de croché.
Essas são as suas recordações, minha senhora, não o Brave New World que os Professores deste país têm de transmitir, através de uma insuportável tensão emocional, aos seus educandos. Agarre nesse Albino -- figura que eu nem nunca tinha percebido que existia -- até ver, na TV, um gajo com ar de sapateiro pobre, daqueles que têm o sotaque do "achim", ainda por cima disfarçado, e que parece que é pai, e case-se com ele.
Coitados dos filhos.
Propunha o bom senso, que se fizesse um Erasmus entre os filhos do Albino e os filhos daqueles que não têm pais assim, e se pusesse o cavalheiro numa cena do "dá-me o telemóvel já", mas estilo traficante, de capucho, brinco e naifa em punho. Que lhe partissem os óculos e apanhasse uma punhada na cara, como recentemente aconteceu a mais uma professora deste país, ou que viesse dar aulas de substituição para Camarate ou para a Apelação, ou a esfregar mesas, cheias de "graffiti" ordinários (O Albino é paneleiro..., Ó Lurdes mama aqui...), para ele despertar daquele coma nojento jesuítico, e olhar para a REALIDADE, que é coisa bem diversa e adversa do que lhe ensinou a "Imitação de Cristo".
Quanto à Dona Lurdes, que Deus tenha, veio hoje às Cortes fazer um pedido patético, como fazem os desgraçados, aos revisores dos comboios da CP: olhe, eu ia para a última estação, mas esqueci-me de comprar bilhete. Acha que tenho descer na próxima, ou posso ir mesmo até ao fim?...
Coitada da Lurdes, hoje, ela até já cedia na tal Avaliação, mas... só para o Ano. Para o ano, mulherzinha, se lá chegarmos, haverá Eleições, e você será arrumada na prateleira da Mulher mais Odiada de Portugal.
Teve azar: quis o Fado que tivesse uma infância difícil e uma velhice ainda mais deprimente. Quanto à Avaliação, olhe, faço eu o papel do revisor: não, de facto, você não pode ir até à última estação, sem bilhete. Tem de descer na próxima, e a próxima é JÁ, para que todos percebam que o seu apear terá de ser rápido e exemplar.

(Pentagrama do luto dos últimos dias, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

Será?

Imagem recebida por e-mail com o seguinte título (não compreendi bem mas deve ser engraçado ...): ÚLTIMA HORA - Ministra da Educação tenta a fuga para Espanha!!!!!



Ai ....
A sério ...
Se me é permitido o desabafo ... A esta hora já não descortino nada pelo que passo a transcrever o que recebi por e-mail (autor devidamente identificado) ... Tenho tantas dúvidas!!! E vejo mal.

Recebido por e-mail

20081204

'CAOS DIFERENTE DE ANARQUIA!!!'

Imagem redimensionada a partir de aqui
"Acho que em vez de se falar de anarquia nas escolas, devia-se falar de caos, mas nem isso é correcto, pois o que está a instalar-se é uma anomia, ou seja, ausência de vontade, as pessoas estão cansadas de tantas imposições arbitrárias, de tantas injustiças.
Muitas -com muitos anos de serviço - desanimam e querem ir-se embora. Não são pessoas «baldosas», pelo contrário, são pessoas com elevada e reconhecida competência.
O significado positivo de «anarquia», ausência de hierarquia, não quer dizer desordem, mas o sistema mais organizado que se possa imaginar, pois é a ordem sem coação (Elisée Reclus). Além disso, exemplos muito importantes para a pedagogia contemporânea são explicitamente de inspiração anarquista: Escola Moderna (existe como corrente desde Ferrer y Guardia e tem vivido em vários países, como importante corrente pedagógica; existe aqui em Portugal uma associação Movimento Escola Moderna), La Ruche (em França antes da 2ª Guerra), Paidea (actual, Cáceres, Espanha), Summer Hill (GrãBretanha, início nos anos 60) etc.
Os teóricos da pedagogia libertária são tomados muito a sério em todas as universidades e especialmente nas cadeiras de pedagogia.
É com muita pena minha que não consigo vislumbrar uma réstia sequer de anarquismo, no discurso e acção política de MLR!!!
Antes fosse!!!
É verdade que o poder PS está apostado em avançar com a agenda neo-liberal na Escola mas de forma encapotada: pô-la ao serviço das empresas, privatizá-la nos sectores rentáveis, usá-la como uma arma mais de controlo político sobre os cidadãos.
Há que aprofundar mais a análise do que tem sido a investida do capitalismo na destruição do que se pode considerar «Estado social», nos países da Europa.
A agenda do PS é perversa, pois clamam ser os grandes defensores da escola pública, mas apenas querem torná-la um local de socialização dos 80 % de futuros cidadãos que serão (dizem os gurus do neo-liberalismo) um peso para uma economia que apenas precisa que 20% da sua população activa tenha empregos «realmente úteis». Como querem manter condições de acumulação capitalista, em vez de se repartir trabalho, intensifica-se o número de desempregados ou de pessoas em precariedade para a vida inteira...
É isso que eles reservam para os filhos dos outros, os seus estão nos «melhores» colégios e têm assegurado um futuro risonho (julgam eles) a coberto da promoção dos seus pais a membros da classe dominante (por intermédio da ascensão ao topo da carreira política e daí para os negócios)."
Manuel Baptista

Desculpem lá se não me sinto descansada ...

Imagem adaptada a partir daqui


Copy & paste do motivo da apreensão ...
E a plataforma? O representante decide na hora e comunica em directo? Estava combinado? Negociar o quê se os professores querem a suspensão desta treta de modelo? E desta vez, se houver outro acordo daqueles, o que irá acontecer???

... :/

"Dois mil alunos protestam em Viseu, estudantes falam de uso de gás pimenta"

Fonte: Lusa 04 de Dezembro de 2008, 12:05

"Quase dois mil alunos das três secundárias de Viseu concentraram-se hoje no Rossio, frente à Câmara Municipal, num protesto que incluiu arremesso de ovos, bolos e maçãs e, segundo estudantes, a utilização de gás pimenta.

(...)

Segundo Maria Isabel Quaresma, da Associação de Estudantes da Secundária Alves Martins, quando "a PSP de Viseu foi retirar os cadeados à Alves Martins, foi lançado gás pimenta".

(...)

O comandante da PSP de Viseu, Victor Rodrigues, garantiu por seu lado que os cadeados foram retirados nas quatro escolas "sem incidentes de maior". "Se foi atirado gás pimenta, não foi pelos nossos agentes", afirmou.
(...)" (Continue a ler em Sapo notícias)

Escola Secundária Alves Martins (Viseu): professores e alunos aderem à greve

Fonte: A Associação de Estudantes (Secundária Alves Martins) em Cidadão Repórter (JN, 2008-12-01)

Parabéns, aos alunos, aos professores e a Viseu!

A greve dos professores nesta Escola (Secundária Alves Martins) foi inédita! 98% dos professores demonstraram o seu descontentamento e não compareceram ontem ao serviço! E hoje, novo marco histórico - pela acção dos alunos - já que, contribuíram para que uma escola se mantivesse em protesto, de portões fechados, durante dois dias seguidos.

A história faz-se através da acção dos corajosos e audazes. Há que continuar a lutar pela educação, formação, cultura, humanidade e dignidade.

A Luta dos Professores - questões de estratégia

Não venho, de repente, aqui tecer comentários menos elogiosos sobre a justíssima luta dos professores contra a "avaliação do desempenho" e contra o "estatuto da carreira docente", mas pedir algum do vosso tempo para reflectir sobre as estratégias e sua inteligência por parte dos interessados, ou seja, a quem poderá interessar as greves dos professores, seja a aulas seja a avaliação dos alunos? Aos professores, naturalmente, e a uma educação digna, evidentemente, mas já pensaram que a José Sócrates poderá convir este género de luta? Li este post no Ideias Soltas e fiquei a meditar! Reparem, Sócrates poderia muito bem ter evitado esta greve, decidido que está em esvaziar, paulatinamente, o modelo de avaliação de desempenho. Por que não o terá feito?
Parece-me óbvio que depois das exuberantes manifestações de professores em dia de fim-de-semana a opinião pública, que ficou sensibilizada para o apoio aos professores e contra o governo pelo facto de desestabilizar as escolas. Pelo contrário, as greves de professores, a aulas e a avaliações de alunos, provocam alterações profundas ao quotidiano dos pais, que Sócrates não poderá deixar que pretender capitalizar para as eleições que se avizinham. A justeza das causas por que lutamos não inviabiliza inteligência estratégica.
A Sócrates convém que os pais sintam os danos que as greves dos professores não deixarão de lhes infligir, pouco se importando que Maria de Lurdes Rodrigues e sua equipa caiam em inteira desgraça!

Campanha eleitoral, oblige...

20081203

ANARQUISTA FURADA


Do ANTERO está claro!

ODETE SANTOS FEZ_ME SOLTAR A GRANDE GARGALHADA DOS ÚLTIMOS TEMPOS

Imagem daqui
Odete Santos, hoje, no "Frente a Frente"da Sic Notícias, falando da ministra da Educação:
"Há pessoas... quer dizer... eu também sou muito feia. Mas ela... tem cá umas trombas!"

E a RTP pergunta ...

Link

Visitem e 'digam de V. justiça'! Ainda só vai nos 87 comentários!

Esclarecimento à entrevista ao jornal “Público” (18/11)


Recebido por e-mail "Quando meias verdades encobrem meias mentiras"


"Foi com grande perplexidade e algum mal-estar que os professores da Escola E.B.2,3 de Beiriz leram a entrevista publicada no Público de 18 de Novembro, relatada pela presidente deste Conselho Executivo.

A grande maioria dos professores desta escola não se revê nas afirmações proferidas pela professora Luísa Moreira pois não concorda com este modelo de avaliação e tem sofrido desconforto e pressões por parte das hierarquias superiores no sentido do cumprimento dos prazos estabelecidos pelo ME. (...)" (clique na imagem para ler na íntegra)

'Ao menos valha-nos o sentido de humor! '


Imagem: blogue Mastermod Blog em
Conheça as principais ameaças ao seu computador!
"Se receber um email de noreply@dgrhe.min-edu.pt não abra! É um virus extremamente pernicioso. Se o abrir, o seu disco rígido fica mole, você fica impotente para a prática lectiva, a sua família terá de contar com mais dez anos em que você estará ausente. É certo que você corre o risco de ficar literalmente grelhado, o seu cão deixará de ladrar, os peixes do seu aquário cometerão suicídio colectivo, o seu gato uivará durante sete meses.

As empresas de anti-vírus vêm alertando para a perigosidade deste vírus, descoberto em Portugal por verdadeiros professores especialistas em anti-vírus. Sabe-se, por exemplo, que o vírus desencadeia um cheiro a grelhado, à primeira vista extraordinariamente apelativo, que tem conduzido os professores que o abriram à beira da grelha, para onde alguns já saltaram sem razão que o justifique.


Não abra mails daquele endereço, pode estar a grelhar o futuro do seu país.


Passe este mail a pelo menos 140 000 professores. Se o não fizer, o país será coberto por uma cortina de fumo impedirá que os Portugueses vejam que os bancos estão falir, o desemprego a aumentar, o descontentamento a engrossar e... os professores a acabar!
"

Nota: este texto é brincadeira, ok? Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência

A ESCOLA REAL NO PAÍS QUE TEMOS - MAIS UM TESTEMUNHO

A Nossa Escola...
Sou professora há 13 anos, sou mestre, trabalhos publicados, congressista, formadora de professores, um louvor e um doutoramento interrompido por descrença na carreira. Nunca ocupei nenhum cargo na escola,a não ser Directora de Turma, daí não conseguir ser professora titular e ficar em último lugar na lista de classificação, ficando emprimeiro lugar o prof. de Moral que foi sempre Delegado de Grupo e que me... vai avaliar.
Na escola temos dezenas de portáteis, não temos papel, tinteiros...podemos tirar 2 testes sumativos por período e um de diagnóstico. O resto tem que ser pago, assim como os tinteiros e folhas ( quando acabam, devo dizer que são colocados na Biblioteca já no fim,temos que fazer Feira do Livro para podermos comprar essas e outras coisas).
Ontem, dou aulas perto do Marão, o aquecimento só foi ligado à tarde, das 13h30m às 16h, os alunos já não conseguiam tirar as luvas, no entanto na secretaria parecia Verão... A auxiliar de educação que acompanhava as alunas com necessidades ed. especiais foi dispensada na semana passada por motivos financeiros. Como essas criança têm muito fome e não têm quem as controle, chegam a ir ao lixo procurar os restos de comida dos outros...
Os nossos tectos estão a cair, chove dentro de algumas salas de aula, o banho é de água fria...enfim... esta é a nossa Escola Pública que eu pretendo abandonar caso o currículo que enviei para Inglaterra seja aceite...tenho muita pena do abandono a que fomos sujeitos por todos os nossos Governantes nestes quase 35 anos de Democracia.
Carros riscados e agressões fazem parte do-a-dia nas escolas da região. Sinto-me desiludida, triste e farta de ser professora. Fiz greve hoje pela 1ª vez porque, cada vez que a Senhora Ministra fala, sinto-me mais humilhada e descontextualizada dado que como a Senhora disse "Não quero professores bem formados mas professores eficientes" ( sinónimo, segundo a Senhora, de boas notas aos alunos).
Daí os nossos resultados no Projecto PISA.
Obrigada.
Mariana Silva
Retirado DAQUI

'Associação Portuguesa de Deficientes crítica actual modelo de ensino especial'

Sondagem: 'Ministra da Educação tem condições para continuar?'

Imagem: PrtSc dos resultados por volta das 17:30h (Diário Digital)
"Há uma sondagem online em http://diariodigital.sapo.pt/para saber se a ministra tem condições para continuar ou não.

Votem por favor! (a sondagem está situada sensivelmente ao meio, na coluna do lado direito)

(não imprima este mail, para estragar papel já basta o ME!)"

OS MEUS MAIS SINCEROS PARABÉNS!


Imagem daqui
OS MEUS MAIS SINCEROS PARABÉNS VÃO PARA TODAS AS ESCOLAS QUE PERMANECERAM DE PORTÕES FECHADOS!
MALGRÉ TOUT... MILÚ... MALGRÉ TOUT...

Notícias da greve

» Greve em Viseu e Castelo Branco
Fonte: IOL Diário

A Luta dos professores é a Luta de todos nós


Projecto aprovado na reunião da CDEP de 02/Dez/2008

Projecto aprovado na reunião da CDEP de 02/Dez/2008:

Projecto de posição de professores para o dia da greve (3 de Dezembro),

e/ou a apresentar no Encontro de Leiria de 6 de Dezembro

Os professores e educadores estão unidos com os seus sindicatos em torno das exigências contidas na Resolução apresentada por toda a Plataforma sindical, à manifestação de 120 mil, no passado dia 8 de Novembro, em Lisboa.

Nesta Resolução está contido:

- O apelo a todos os docentes para que suspendessem nas escolas o processo de avaliação do desempenho docente e exigissem a negociação de um novo modelo de avaliação – no âmbito de um processo mais geral de revisão do ECD, que garanta a eliminação da divisão dos docentes em categorias e elimine todos os constrangimentos administrativos a uma normal progressão na carreira (como é o caso das quotas), acabe com a prova de ingresso na profissão, estabeleça regras pedagogicamente relevantes para a organização dos horários, fixe regras excepcionais para a aposentação dos docentes (tendo em conta o elevado desgaste físico e psicológico decorrente do exercício da profissão);

- A exigência do restabelecimento da gestão democrática nas escolas;

- A rejeição da legislação para o novo concurso de colocação dos docentes nas escolas;

- A consideração de serem inaceitáveis as medidas do Governo para limitar a organização e o exercício da actividade sindical;

- A suspensão da participação da Plataforma sindical na Comissão Paritária de Acompanhamento do Regime de Avaliação do Pessoal Docente, até que o Governo suspenda o seu processo de avaliação de desempenho.

Esta Resolução – que fez a unidade de todos os professores e educadores com os seus sindicatos – coloca na ordem do dia a revogação do ECD e a denúncia formal do "Memorando de Entendimento" com o ME, assinado no passado mês de Abril, Memorando que a força da mobilização dos professores ultrapassou.

Os professores e educadores estão unidos com os seus sindicatos; provam-no as tomadas de posição de suspensão da avaliação do desempenho docente, as manifestações e a resposta massiva ao apelo de greve em todo o Ensino básico e secundário.

A nossa mobilização não "tem um mero objectivo corporativo", como o Governo afirma. As nossas exigências constituem a base para a defesa de uma Escola Pública onde existam condições para ensinar e aprender, a começar pela existência de democracia, pelo relacionamento saudável entre pares e por uma avaliação do nosso trabalho destinada a melhorar a qualidade do ensino – em vez da avaliação que o Governo quer impor, destinada a lançar os docentes uns contra os outros, a dividi-los em "categorias" (quando todos fazem basicamente o mesmo tipo de trabalho), de modo a realizar o objectivo economicista de só um terço dos docentes poder atingir o topo da carreira.

Ao defender uma Escola Pública democrática, os professores estão a assumir uma luta que diz respeito a todos os sectores da sociedade, que hoje estão a ser fustigados – de forma particular – pelo mesmo Governo, procurando isolar cada sector e virá-lo contra os outros.

Assim, tratando-se de uma luta de conjunto, cabe aos dirigentes da CGTP e da UGT (às quais pertencem as duas maiores federações dos sindicatos dos professores – FENPROF e FNE) quebrar esta estratégia de divisão feita pelo Governo, organizando a mobilização nacional de todos os sectores da população trabalhadora, em defesa da Escola Pública, de todos os outros serviços públicos e dos trabalhadores do sector privado.

Convictos de que a unidade conseguida no sector do Ensino também poderá ser realizada nos outros sectores e em conjunto, os professores e educadores reunidos em Leiria, a 6 de Dezembro, decidem apelar aos responsáveis da CGTP e da UGT para que organizem a mobilização solidária de todos os sectores da população trabalhadora portuguesa, incluindo se necessário a greve geral nacional.

Bela e amarela ...



A foto? é do Correio da Manhã

Quanto vale uma professora, por exemplo ...

«Ele simboliza para mim a potencialidade positiva de regeneração do sistema»

e ele vale o Prémio Nacional do Professor (25 mil euros).

Abstenho-me de qualquer comentário apesar de compreender que este post vale tanto como a sua estrela i.e. uma m***** tal qual a triste Jacinta Moreira...

UMA CARTA

Imagem daqui
(Carta aberta a Milú, não à sinistra figura, seca emplastrosa, mas àquele coração de manteiga que derrete com baboseiras como ESTA.)


Meu pedaço de gelo derretido

Tem esta a intenção de te pôr essa mioleira semi-enferrujada a funcionar.
Não esperava ter que chegar a este ponto, nem, sobretudo, nesta data. Mas pronto(s)… Tu assim o pedes e o teu patrãozinho assim o exige!
Desde quando este transtorno entre nós? Nem eu o sei! Parecem-me séculos estes anos que, desgraçadamente, tu tens estado à frente (?) da pasta da educação. Entraste a matar, lembras-te? Foi mau prenúncio… muito mau!
Seguiram-se todos aqueles decretos, circulares, despachos, concursos. E nós fomos andando, feitos ursos… qual mulher agredida que continua a acreditar que um dia a coisa muda. Não mudou está visto!
Finalmente o pessoal acordou, mas tu, muito teimosa, não quiseste acreditar que a coisa tinha virado e outros ventos soprariam. Subestimaste-nos e agora aí nos tens na rua: “Milú, preenche as grelhas tu!” e outras que tais.
Nada tivemos a ver com aquela dos ovos (embora haja quem o assim creia). E vai ovo daqui, ovo dacolá, já nem se sabia quem os atirava: se os filhos, se os pais ou próprias galinhas…
Apressaste-te a resolver a questão das faltas dos alunos num abrir e fechar de olhos.
A nossa velha questão é que não! Aliás, alguém (que não tu, tudo me leva a crer) se deu conta de que a opinião pública começava a atirar ovos… “Alto e pára o baile”, alguém com voz maviosa o terá dito. “Isso é que não!” E vai, apareces com aquilo do simplex (que não é nem carne nem peixe). EUREKA! ET VOILÀ!
Eis que a opinião pública começa a recolher a artilharia… afinal os ovos estão caros e o tempo vai de crise… “Os malandros é que NÃO QUEREM MESMO ser avaliados!” “Malandros, malandros!” Apressam-se as vozes em uníssono. E tu, qual mosca-morta a esfregar as mãozinhas, colocas esses teus resquícios caritativos, de anarquista que não faz a mínima do que anarquia é.
Continuas aí, é certo, mas já nem és tu! Já precisas da cambada toda a ajudar-te para que não desfaleças nas tuas perninhas flácidas!
Aceita um conselho: faz um retiro espiritual, melhor… RETIRA-TE MESMO. Poupar-te-ás a um triste sopro a que estás votada. Acredita em mim, que também sei ler coisas nas estrelas…

Desta que muito te quer VER PELAS COSTAS

Noctívaga divagação sobre uma tremenda Panela de Pressão

Imagem do KAOS
Hoje, dia 3 de Dezembro, é um dia importante, para testar a maturidade da Democracia Portuguesa. Não sou de greves, sou mais gajo de livros e de paisagens. Por estranho que pareça, tenho o meu autor ao meu lado, a ler atentamente cada linha do que eu escrevo, o que é perigoso, para uma simples personagem de ficção.
Nunca vendi panelas de pressão, mas creio ser evidente, para quem as compra e quem as vende, que aquela pequenina pipeta giratória, lá no alto, que gira e assobia, é, para quem entende de Física, um perigoso aviso de perigo.
Eu, não, que sou personagem, mas o meu autor conhece membros da família do Sr. Sócrates, que se intitula, indevidamente, de "Engenheiro". Um é um filho da puta, que vendeu a alma do pai e da família ao Diabo: nada foi poupado pela sua vaidade; a outra, minha amiga de uma vida inteira, no seu pior período, acabou a falar com Deus, e isso também é profundamente mórbido.
Este Governo desconhece a lógica das panelas de pressão, e, ignaro em tudo, não percebeu que está perante uma panela de pressão, sem pipeta, e na iminência de estoirar. Mais: cerrou fileiras em redor da figura mais odiada de Portugal, e parece apostado em cair, com ela, da pior maneira, na rua.
Maria de Lurdes Rodrigues não presta, mas foi extremamente saudável que com ela se viessem agora solidarizar todas as figuras pardas do Regime: a ela deram-lhe, pois, uma solidez conjuntural, que já ultrapassou, em larga escala, aquele aspecto empobrecido de viuvinha de um gajo de agência funerária obsoleta. Assim como a Maria do Cavaco "ajeitava" as toalhas do Palácio de Buckingham, quando era convidada para os jantares de Estado, esta pobre limita-se a puxar as peúgas dos mortos para cima, antes de os embarcar na urna do esposo.
É uma figura patética, mas teve o condão de nos conduzir a um processo de reflexão social sumamente importante.
O que hoje irá acontecer não será uma grevezita de professores: conseguiu por ascese e ascensão, distanciar-se de uma pequena entorse, chamada "avaliação", para se posicionar em coisas mais vastas, que eram as regras do jogo do próprio exercício docente, ou seja, questionou a possibilidade, hoje, de uma verdadeira Deontologia, num quadro viciado e mal enformado, e foi subindo mais, aqui se entendendo, por "subir" uma coisa bem mais diversa: o descer às catacumbas das próprias raízes éticas, morais e emocionais de uma descontrolada deriva.
Normalmente, as "greves", coisas desgastadas de séculos passados, contrapunham-se a questiúnculas, em redor de proventos financeiros, ou discórdias de alíneas, enfim, solavancos de diferentes interpretações da Retórica. Maria de Lurdes Rodrigues e o horror que a cerca conseguiram levar a coisa bem mais fundo: questiona-se agora todo o campo possível de exercício da actividade mais sensível de cada Sociedade, a Educação, e, cavalgando o trocadilho, passámos para a Etiqueta, ou seja, aquele verniz de regras que separa a Boa da Má Educação.
Para mim, mero espectador de um ciclo de declínio político e moral, essa mulher está, irremediavelmente, do lado da Má Educação, e morreu, no dia em que sobrepondo-se a decisões de Juntas Médicas, a direitos de ausência, de oposição de consciência, ou de mero exercício do direito de greve, convocou, com o disfarce de uma Requisição Civil, todas as hostes sob a sua Tutela, para assegurarem uns ridículos exames de Estado, que não aqueceriam, nem arrefeceriam, normalmente, qualquer outro país.
Hoje, à distância, a resposta deveria ter sido a de uma desobediência civil, com todas as consequências que isso pudesse ter, e ver se a criatura -- o monstro -- se atreveria a avançar para o grau de emergência superior, o da Requisição Militar.
É o que dá apanhar as pessoas de surpresa.
Nesse mesmo dia, enviei-lhe um email, cuja cópia guardo, a dizer-lhe, frontalmente, que eu, que, por polidez, não dou ordens às minhas empregadas, me recusava a recebê-las das domésticas dos outros...
Interiormente, saudei essa capacidade de se sobrepor às decisões de Juntas Médicas, e passei a tratá-la, carinhosamente, pelo epíteto de "A Curandeira", como tratava a defunta Santa da Ladeira.
Acontece que não se tratava de uma Curandeira: tratava-se de uma mente criminosa, que, logo a seguir, enviou cidadãos portugueses para a Morte, no exercício das suas funções. Já, aí, nesse momento, deveríamos ter avançado com uma queixa, para o Tribunal Internacional dos Direitos do Homem, e não avançámos, porque creio que ninguém se aperecebeu de que aquilo era profundo, estrutural, para ficar e repetir, embora com outros cheiros, cromatismos e sabores.
Reza o Artigo 19.º da Constituição Portuguesa que em qualquer situação se pode proceder a uma suspensão de direitos, liberdades e garantias, salvo em caso de sítio ou de estado de emergência, os quais só podem ser declarados, no todo ou em parte do território nacional, nos casos de agressão efectiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade pública.
Essa mulher não leu isso nesse célebre dia, nem quem o sabia o invocou, para desde logo a apear de toda a sua arrogância.
Suspendeu os direitos cívicos por uma bagatela, chamada "Exames", e conduziu, posteriormente, por cumplicidade passiva, e omissão de fiscalização, colegas de uma classe profissional para a Morte, violando, do mesmo modo, como uma bagatela, o Artigo 5º da Declaração Universal dos Direitos do Homem: "Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes", e aproveito a citação, para ascender, ainda mais alto, ou proceder a uma análise mais profunda. Quando em cada um dos seus actos, se percebe o sadismo imanente, e não são delas as palavras, mas de outra figura vexatória de qualquer Estado Democrático, Augusto Santos Silva, que admitiu que se tiveram de fazer "Maldades" (!) à Função Pública, nós transgredimos, largamente, o espaço de diálogo democrático.
Com estas pessoas não há qualquer tipo de Diálogo: há, esperar, que assumam responsabilidades políticas, e se demitam, de livre vontade, ou forçá-las à demissão, por permanente exercício do Direito de Indignação.
Com o crescer da pressão, essa Classe Profissional, os Professores, é hoje a vanguarda de todo o descontentamente português de quem sistematicamente viola a Constituição e a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Tais governantes vivem à margem dos Princípios Fundamentais do Estado de Direito, e deveriam ter sido arredados dos seus cargos, há muito tempo.
A maturidade cívica é isso mesmo: passar das alíneas da discórdia, para a discórdia e identificação dos preceitos básicos da Coexistência Democrática.
Hoje, passámos das minúcias da Legislação para o campo da impossibilidade do exercício da Deontologia, e ascendemos à violação da Ética, para lhes retirarmos, por fim, toda a validade Moral do exercício das funções para as quais foram mandatados.
É isso que, dia 3 de Dezembro, está em debate, e no puro campo da acção.
A imoralidade é de tal ordem e a perversidade dos processos de uma tal amplitude que conseguiram transcender todas as divergências políticas, diferenças de pensamento e posicionamentos locais, e pôr em marcha as chamadas Camadas Inertes da Sociedade: hoje, a Tutela da Educação é um mero exemplo da desautorização sistemática do exercício de uma profissão, e um fulcro, perfeitamente identificado, da violação de todos os códigos de relação das hierarquias de uma Profissão. Não são um epifenómeno: são uma epígrafe de um estado de coisas, e, como que por puro acaso, uma biópsia, generalizável a todo um estado patológico do Tecido Social: a da falta de respeito absoluto por um Povo.
Caminhando mais fundo, e para aqueles que têm conhecimentos de Psicanálise, os minuciosos processos de coacção, constrangimento, ameaça e sobressalto que invadiram o nobre exercício da Função Docente são o extremo oposto dos valores que competem, ao Professor, ser transmissor. Assistimos a uma Tutela onde há uma promiscuidade obscena entre os azares de um percurso existencial mal digerido, e uma necessidade de punição, castigo e prazer sádicos, no observar de um semear profundo de dificuldades, em quotidianos que têm, de facto, e por inerência, de viver de paz, calma e nobreza suficientes, para que os possam transmitir às gerações vindouras.
Nós, Portugueses, em nada somos responsáveis pelo sofrimento da Menina Lurdes, criança, nem estamos dispostos a guerrilhas, psicanaliticamente assestadas, a frágeis alvos do nosso próprio Inconsciente: não queremos reviver, na Idade Adulta, os filmes de terror e castigo que uma figura de má catadura insiste em projectar-nos, diariamente. Se a Senhora Ministra da Educação é um conjunto de traumas e frustrações, deve dirigir-se JÁ ao Serviço Nacional de Saúde, para que se inicie uma terapêutica adequada. É isso que é correcto e justo, não criar 10 000 000 de réplicas da mesma doença, nem comprometer, com a sua impiedade, a formação de todos aqueles que, no Futuro, nos virão substituir.
Por tudo isto, hoje, dia 3 de Dezembro, é um dia importante: inaugura-se um dia após dia, sem tréguas, nem cessar, em que o Inconsciente dessa mulher, sem remorsos nem piedade, deve ser reconfrontada com todas as punições que sofreu na Infância. É a mais negativa das Pedagogias, a do Olho por Olho, Dente por Dente, mas é a única linguagem que ela parece entender: fazer-lhe recordar, manhã após manhã, dia após dia, noite após noite, as humilhações, os vexames, os baldes de água fria e as vassouradas nas costas, com que, em hipótese, essa fria Casa Pia a terá tratado.
É pena ser um pedagogo a assinar este texto, mas há momentos da nossa vida em que, ou matamos, ou... morremos.
Não me apetece, como disse o outro canalha... ser "trucidado".
E é por isso que vos desejo hoje uma Boa Greve, Professores e não-Professores, antes de tudo..., Portugueses, sim, PORTUGUESES!...


(Rigoroso Pentagrama, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")