20080413

Afiar as palavras e as ideias

Sugiro uma leitura do belo post do Pata Negra, aqui no Sinistra,
sobre a reunião de Leiria, 12 de Abril de 2008


Terça-feira, 15, é nas escolas. Até lá, e depois, nos blogs, em toda a parte.
Discutir e afirmar que não olhamos só para o umbigo, e vemos para lá da propaganda. Se possível com professores e pais e outros, que estas coisas não têm consequências só nas carreiras docentes...
A gestão "nova" foi aprovada pelo Presidente da República, os orgãos de gestão eleitos ficarão até se aplicar o novo modelo.
As turmas vão ser aumentadas em número de alunos (24 para o 1º ciclo, 28 para os restantes). Os alunos com necessidades educativas especias perdem direitos, e nós todos também, quando a estes não se criam condições dignas e aos outros, e a todos, se insiste no critério da turma imensa e se desiste de meios para aprendizagem intensa.


Não preciso de mais sindicatos, precisamos de respeito por nós todos.
A Ministra primeiro andou a dizer que os sindicatos não representavam os professores, agora já nem lhe convém insinuar tal coisa.
Os sindicatos de professores uniram-se, coisa antes nunca vista, e foi com cautela que falaram do entendimento e não desmobilizaram o dia 15, mas não conseguem travar a enxurrada de vaidosas declarações do governo nem a caneta do Presidente da República no decreto de gestão.
As associações de pais intervieram, a várias vozes, coisa também antes pouco vista, e movimentaram gente que não é nem nunca foi docente, tomando como suas palavras sobre a escola e os professores, mesmo quando a CONFAP tentou colar-se a variações do Ministério, mesmo quando comentadores tentaram aproveitar a onda mediática para promover velhas receitas "infalíveis" (para eles, claro), como o cheque ensino.

Roma e Pavia não se fizeram num dia, mas há dias que fazem diferença. 8 de Março e 100.000? Claro, mas também todos os dias que levaram a esse, e foram muitos, e precisaram de muita gente, que não se deixasse empatar pelo acessório na luta pelo essencial.
Assim, toca a manter a cabeça a funcionar e as palavras afiadas, nas escolas e nas ruas e na web e nos jornais.

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