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Assassinato de professor pela polícia provoca greve nacional na Argentina

Por Jadir Antunes
20 Abril 2007

Professores na Argentina realizaram uma greve por todo o país no dia 9 de abril, para protestar contra o assassinato de um de seus colegas, o professor Carlos Fuentealba, pela polícia, durante um protesto na província de Neuquén, localizada no sudoeste do país, a 600 milhas da capital, Buenos Aires.

Carlos Fuentealba foi morto no dia 4 de abril durante um protesto de professores na cidade de Neuquén, a capital da província, no qual eles procuravam bloquear uma estrada para pressionar o governo a atender sua reivindicação de reajuste salarial. Policiais do município atacaram os manifestantes. A morte de Fuentealba foi causada por uma bomba de gás lacrimogêneo lançada intencionalmente contra sua cabeça, fraturando seu crânio e causando uma grande perda de sangue. Ele morreu horas depois do ataque, no hospital local.

Em resposta ao assassinato, os burocratas do sindicato organizaram pequenos protestos simbólicos — greves de duas horas no horário do almoço dos trabalhadores dos transportes e alguns outros setores.

Na Argentina, o salário dos professores é pago pelas províncias, mas Filmus, que é ministro da educação e candidato à prefeitura de Buenos Aires, aprovou uma lei obrigando as províncias a reajustarem os salários dos professores. Sobisch, oponente político de Kirchner, se negou a conceder o reajuste salarial, o que acabou levando os professores a se manifestarem nas ruas.

2 comentários:

Jay Dee disse...

Cá ainda não matam fisicamente... ao menos isso.

Beijo

Anónimo disse...

Na Argentina as pessoas mandaram 5 presidentes abaixo em duas semanas.
Portugal... e os seus sindicatos e sindicalistas...

Moção a apresentar na AG do SPGL, dia 28

Se os presentes na Assembleia Geral do SPGL a deixarem ir a votação dado que a entreguei fora do prazo, a minha moção considera que a actual equipe do ME não pode continuar em funções. Cada dia que passa mandam mais uma “novidade” para fora, contra os professores, como que bebendo e disfrutando do alento que o “entendimento” com a Plataforma Sindical lhes deu, numa clara atitude de gozação com os 100.000 que, de repente, viram todas as suas aspirações sonegadas por um acordo/memorando inaceitável.

Considero que deve ser suspenso qualquer contacto com esta equipe do ME. Com a aproximação do ciclo eleitoral e o agravamento dos conflitos na educação, situação que não convém nada ao PS durante a campanha eleitoral, o PM será obrigado a retirar o apoio a esta equipe. Se este ME e esta ministra continuarem, serão um grande trunfo durante a campanha eleitoral: servirão de (falso) exemplo da capacidade de negociação do governo e deste PS dirigido por Sócrates.

Proponho por consequência, na linha da posição daquilo que foi aprovado pelos professores da Escola de São Pedro de Vila Real, pelos de uma escola deVila do Conde, e muitos outros, a recusa de qualquer actividade de avaliação, simplificada ou não.

Concomitantemente, proponho a formação de um gabinete jurídico (constítuido por elementos dos serviços jurídicos dos vários sindicatos) dirigido por um grande especialista em direito do trabalho - capaz de infernizar a vida ao ME nos tribunais, assim como às direcções das escolas que persistam na avaliação e que chantageiem os professores - gabinete esse que defenda os contratados que possam vir a ser prejudicados por não terem quem os avalie no seguimento da recusa generalizada a qualquer actividade de avaliação. Proponho por isso que o Doutor Garcia Pereira, figura ímpar e respeitada no panorama jurídico português - pessoa que vi na manifestação dos 100.000 - seja convidado a presidir a esse gabinete.

Álvaro Sílvio Teixeira