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Dedicado à Carmelinda Pereira e à Isabel Pedrosa, que amanhã se deslocam em visita de Estado a Versalhes, e dedicado a todos os jovens deste país, que não têm culpa de uma haver uma aberração a afiambrar-se com um nome simpático... "pai"..
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Há duas coisas nas quais nunca acreditei: a Senhora de Fátima, por questões genéticas, e Albino Almeida, porque só muito tardiamente é que me foi referido, já eu tinha lançado para o prelo o meu Bestiário, e ele nem nas notas de rodapé cabia.
Sobre a Senhora de Fátima acho que já se disse tudo, ou quase tudo, e tem com o Albino Almeida o traço comum de terem ambos cara de saloios: uma, de porcelana, o outro, de toucinho rançoso.
O Albino Almeida tem uma virtude que eu muito respeito, que é a da Imaginação: teve o azar de ter nascido em Portugal, senão, teria dado um fantástico Duchamp, mesmo um Dada, da fase mais radical.
A sua última descoberta foram os decotes e as calças descaídas, e veio tarde, porque meio Portugal os usa, e ele só não os usa, porque não pode, e não pode porque ainda há uma coisa chamada Saúde Pública.
Não sei quais são os gostos sexuais do Senhor Almeida, mas espero que não esteja na faixa dos três filhos, o que o levaria a apreciar muitíssimo as cuecas de rapaz descaídas... Vamos, portanto, na direção das mamas e das saias curtas.
O Sr. Albino, que procriou, por obra e graça do Espírito Santinho, e seria uma verdadeira peça de arte indo europeia, de cada vez que aparece montado no dorso do Hipopótamo da Dren, não fosse não ser de marfim, mas sim de plástico ordinário de alguidar, e de alguidar dos Chineses, com todo o respeito pelos ditos, intitula-se de "pai".
Se o Sr. Almeida, em vez de ser pai, fosse professor, devia aprender uma coisa que vem em todos os manuais: é que a relação pedagógica, por excelência, é assimétrica, ou seja, há sempre um que se posiciona no lugar de dar, e um outro, que mais está na posição de receber, com todas as fabulosas inversões, em que o aluno irreversivelmente consegue, num só dia, marcar, para sempre, o professor, e vice versamente... Ora, sendo a relação pedagógica assimétrica, a assimetria estende-se a todos os lugares da relação, corpo incluído, o que quer dizer que, sendo o corpo do aluno situado num patamar diferente do do professor, está inibido de ter qualquer influência sobre o mesmo, excetuada a inversão, porque todos nós, os saudáveis, num tempo, tivémos "fantasias" sobre quem nos lecionava, e isso ajudou-nos muito a crescer...
Começa aqui a gravidade da coisa, porque, não sendo o Sr. Albino professor, e estando posicionado num patamar externo do maravilhoso palco da Pedagogia, hoje, para nós, profanos, e estupefactos espectadores da coisa reles, ficámos a saber que o Sr. Almeida era fisica, e, portanto, eroticamente, sensível a corpos de adolescente, ou seja, na sua ridícula posição de gato pingado procriador, veio hoje a público dizer que lhe toca muito numa parte do corpo e da alma ver um decote, umas mamas, ou um cu de puto de cuecas à mostra.
Acontece que a mim, que sou tarado, mas tenho balizas, muitas, éticas, e outras de puro relacionamento e polimento de etiqueta, sou totalmente insensível a decotes, saias, cus e rasgões de jeans, à saída de qualquer escola deste país, ou em qualquer outro lugar, e choca-me descobrir, no meio de todos os horrores com que o Sr. Almeida já nos presenteou, esta novidade: que, no fundo, no fundo, só a Senhora de Fátima saberá se ele não tem lá bem escondido, já não no seu Freud, mas mesmo no seu Jung, um "homem da gabardina", daqueles que, quando toca a campainha, em Gaia, abrem as abas, e mostram o "badalo" a quem passa...
Sr. Albino, os jovens deste país são jovens, ou seja, são diferentes, irreverentes e explodem em todo o esplendor do iníco da sua sexualidade, coisa que, caso não saiba, com esse horrível focinho que você tem, está dotada de uma fabulosa vertente estética, a única que a Assimetria Pedagógica concede, ao Docente, usufruir. Proust chamava-lhe "À l'Ombre des Jeunes Filles (Garçons) en Fleurs", e é das coisas mais espantosas de assistir: ver como a Natureza começa a esculpir os corpos, e a prever, na sua infinita diversidade, todas as graças da idade adulta. Quando o senhor se mostra afrontado com isto, está, tão só, a revelar o inenarrável suíno que tem dentro de si, e aconselhamos-lhe, para sua segurança, longas sessões de psicoterapia, não lhe vá dar, quando se tornar ainda mais baboso, para começar a soltar, como um reles homem das obras, com o seu fácies, assobios a pitas do 8º Ano...
A maturação da estátua interior, primeiro patamar para a integração social, passa por uma saudável relação com o corpo, e o ganho da auto estima, que deriva do jogo entre os corpos, é que irá construir a Sociedade dos Equilíbrios. A este zumbir de abelhas e pólen chamamos nós, as pessoas saudáveis, sensíveis à beleza do Mundo e ao esplendor da Juventude, Adolescência, e é um momento dos mais raros e ricos de todo o nosso devir terreno, caso não o saiba, Sr. Albino.
Compete ao Professor, guardião do saber, tutor da estátua que se molda, e demiurgo do ser futuro, zelar, com invisíveis fios de cristal, para que este jogo de sensualidade, sedução e inocência, se mantenha nas fronteiras ilimitadas das florações. Caso o Senhor Almeida não saiba, na História da Evolução do Mundo Florestal, o grande momento chegou, quando, pela primeira vez, os nossos antepassados, dinossauros e insetos, viram, incrédulos, desabrochar a primeira flor, no... Cretáceo... meu deus... há 135 000 000 de anos, ou seja, muito tempo antes do seu mandato à frente dessa abjeção chamada CONFAP, e muito antes da Terra sofrer os flagelos das maiorias absolutas de Sócrates e seus afins.
Caso o senhor Albino não saiba do que estou a falar, convido-o a olhar para uma adolescente, não como objeto sexual -- não temos culpa dos seus problemas eróticos mal resolvidos... -- mas como o primeiro momento em que o corpo espera a polinização, mas a polinização dos jovens do mesmo patamar etário, não de pais sebosos, com tempo de antena numa época cultural e política decadente, e que têm a ousadia de olhar com o olhar com que menos deveriam olhar para aquilo para que se atreveram a profanar.
Não sei se percebeu, mas eu não vou repetir a frase: volte atrás, e releia.
Sei que, com tanta flor, isto cheira muito a Genet, e eu não frequento muito Genet, pelo que vamos voltar ao ritmo de Arrebenta, e na sua melhor forma: portanto, em resumo, o Senhor, Albino, é um insulto a todos os jovens deste país, e uma reles provocação a todas as pessoas bem formadas, que, diariamente, lidam com a maior riqueza de qualquer nação: a sua Juventude.
Se não gosta do que vê, faça como Édipo, e dê dois tiros nos olhos.
Se sente inveja, é natural: na mesma idade, já você deveria ser, e ter, por fora, e por dentro, o mesmo ar de seminarista sebento e perverso que ainda hoje mantém.
Não gosta de ver as cuecas dos rapazes a aparecer, quando as calças descaem?... Pois eu gosto: é sinal de que há uma geração que evoluiu para o gosto de peças interiores de marca, esteticamente viáveis, e bem diferentes dessas ceroulas gordurosas, que você esconde por detrás dessas calças de fazenda, que só vêem a água e o detergente no final de cada Período Escolar.
Quer um conselho, mas um conselho de amigo, de amigo, mesmo?... Vá para a beira do mar e respire fundo. Se continuar a ver nos alunos deste país potenciais objetos sexuais, psicoterapize-se: felizmente que eles até são objetos de sedução, sim, mas de sedução nos infinitos jogos entre eles, onde há simetria, paridade e cronologia afinada, e não assimetria do olhar de um cinquentão baboso e asqueroso, que consegue conspurcar, só com a sua presença e declarações, o palco saudável, de onde virão todos os amores, afetos, e atos potenciadores da futura perpetuação da espécie.
Aprenda a sentir excitação erótica com freiras, Tio Albino, e se não gosta do canteiro onde está, mude-se.
Quer um conselho de amigo?...: até há um país de vanguarda que lhe recomendo. Ainda a Gripe Porcina não tinha sido lançada no mercado da Aldeia Global, já eles tapavam os focinhos com máscaras; mais, até o faziam, já a pensar no Profeta Albino, aquele que virá depois de Maomé, e até enfiavam burkas, da cabeça aos pés.
Mande um email a Obama, e monte uma banquinha de estupidez e perversidade no Afeganistão.
Masturbe-se nos desfiladeiros de Kandahar.
E quer que termine com chave de ouro?... Eu faço-o: Albino Almeida, considero-o um porco e uma pessoa que, se estivéssemos num país decente, levaria para sempre a etiqueta de "não frequentável".
Ah, e para que não diga que não lhe desejo nada, espero que durma mal.
Para sempre.
(Pentagrama de cinco náuseas, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")
3 comentários:
O Albino Almeida é de facto uma aberração da natureza. Como poderia ele relacionar-se bem com a força da natureza?
Excelente texto, Arrebenta, só espero que chegue ao dito cujo e lhe tire o sono!
Aberração ou Disparate da Natureza?
Com este texto o Albino ainda entra no Júlio de Matos e aumentam as despesas de saúde e o deficit agrava-se. Não sejam mauzinhos...
1º Não gosto do Albino Almeida!
2º O Albino Almeida é professor!
3º O Albino Almeira tem aspiraçôes politicas e para isso usa a Confap
4º Era bom darem uma vista de olhos no blog de o pior e o melhor de matosinhos escreveu um artigo que parece sem bem fundamentado.
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