20100130
20100109
Sobre a Continuação deste Blogue...
Chegaram-me aos ouvidos, directa e indirectamente, informações de que pretendiam encerrar este blogue, uma vez que ele já não teria sentido ou razão para existir...
Não concordo e, como tal, é contrariado que o faço. Mas respeitarei quem lhe deu início, embora pense que é uma estupidez colectiva. Grande parte de nós somos professores, por isso, a estupidez é-nos co-natural. A cada dia que passa a minha motivação vai-se alterando, mas persiste a ideia de que é necessário expor as coisas que por aí vamos vendo e sentindo.
Neste momento, a criatura com cara e cabeça de pássaro que conseguiu encantar os homens de bigode, como outrora as sereias encantaram os marinheiros para os arrastarem, com todos os passageiros que levavam, para a sua perdição, não fosse ela uma ave de voz maviosa, cantar doce e sorriso falso por excelência...
Enganou tudo e todos, inclusive a mim que julguei que também tinha miolos de pássaro. Percebi, ontem ou ante-ontem que, afinal, não tem. Porém, essa é mais uma razão para continuar a escrever pelos outros lugares onde escrevo, já que, se não é por falta de inteligência que o faz, é por maldade, usando a retórica infantil, que aprimorou ao longo de anos a escrever para meninos, para convencer a opinião pública portuguesa que, pela sua iliteracia e boçalidade atávica, continua num profundo estado de infantilidade estrutural. Na leitura de algumas passagens na imprensa e, sobretudo, talvez ainda mais, no I, comprendi que não só consegue dar-se ao luxo de enganar os sindicalistas dos professores como, ainda, se arroga no direito de os despeitar publicamente ao insinuar ter-lhes dado a volta...
Confesso que não sei o que ia na cabeça daqueles tipos, sobretudo no de bigodes com os olhos esgaseados como um goraz com cinco dias de banca, nem que ordens teria recebido, no entanto, talvez tenha sido o receio dos seus patrões de que o PSD ou CDS pudessem vir a retirar alguma simpatia política dos professores. Nessa medida, seria preferível voltar a vender os colegas em troca desta pequena vitória... Foi isto? Não sei, tal como não sei o que leva fulanos a assinarem acordos sem concordarem com eles. Porqûe não esperarem mais uns dias? Afinal, quem esperou quatro anos e meio, já vai a caminho dos cinco e nem sei quando terminará, bem podia esperar mais uns dias... Diz o povo com razão que depressa e bem só um burro aos coices... Portanto, para quê tanta pressa? A quem serviu? A que interesses? Não sei, sei que serviu para perceber que à ministra com cara e cabeça de pássaro foi dada a graça de se armar em pavoa à nossa custa. O falso engenheiro ficou com um problema resolvido e pôde ir discursar aliviado sobre o casamento dos homosexuais
Até qualquer dia, em outro qualquer local, por aí. A Cabeça e cara de pássaro precisa de interlocutores à altura.
Palavras-chave
Isabel Alçada,
Leopoldina,
merda,
O Fim,
sinistra ministra
O Fim
Boas tardes. Entendeu a criadora deste espaço, que a todos nós dirigiu convites de participação e colaboração, que ele já perdeu o seu sentido. Sou, tenho sido, seu elaborador irregular, e peço, por respeito para com o espírito inicial deste lugar de guerrilha e construção, que os seus atuais membros cessem aqui a publicação.
Este será o meu último texto na "Sinistra Ministra", e é um texto de convite, em nome da sua criadora.
Cumprimos uma missão, e temos muitas outras pela frente, em outros espaços, formas e tempos. Eu sei que vamos desligar, hoje, o interruptor, coisa que deixa uma amarga sensação de vazio, mas este lugar foi tudo menos vazio. Fica, nesta hora de silêncio, como mais um grandioso memorial de como o engenho, a criatividade e a liberdade de expressão e pensamento podem ser prova de vitalidade, face ao vazio cinzento dos nossos tristes tempos.
Obrigado a todos pela colaboração. Vamos agora para outros mundos :-)
Palavras-chave
"Sinistra Ministra",
Épicos tempos,
Há mais mundos,
Vida útil
20100106
Um traste chamado Isabel Alçada
Imagem KAOS
Havia um traço genético que me fascinava em Lurdes Rodrigues, que era a sua estrutura física e psíquica de mulher a dias. Eu olhava para ela, e sabia que um dia, se, naquelas prateleiras de anúncios do "oferece se" e "procura se", aparecesse "ex casapiana, séria, honesta e limpa, oferece se para limpezas. Tenho referências", eu logo poderia telefonar para aquele número, e dizer lhe, "Dona Lurdes, as teias de aranha de minha casa são todas suas".
Havia ali uma solidez de percurso, desde o balde de água fria, ao despertar matinal, no colchão duro e frio, que só as as ratazanas da Casa Pia aqueciam, que lhe tinha dado aquele espaldar de obedecer, e, quando eu dissesse, "Lurdes, limpa ali", ou "Lurdes, esfrega me aquela janela", ou "Milú, o corredor está todo por encerar...", aqueles neurónios da servidão iluminar se iam, e a janela apareceria esfregada, a mesa limpa e o corredor encerado, como que por milagre.
Era uma analfabeta funcional, estúpida, primária, obediente e resistente, e isso é todo um estilo.
Com Isabel Alçada, como já fora preconizado aqui, temos o oposto do que a Educação necessitava: um perfil forte, apartidário, com carisma suficiente para alterar um paradigma, que viesse trazer dignidade a um campo de batalha, por onde passara um dos mais obscenos caráteres que a Pasta conheceu, e resolver, de facto, o naufrágio educativo em que a Nação -- e sublinho "Nação" -- se encontra. Acontece que, se Lurdes Rodrigues não existia, senão enquanto subproduto de coligações subterrâneas entre mentes medíocres, das quais relembro David Justino (espero que já recomposto da sua Gripe A. Acredita que tive medo de que morresse.?... Felizmente, não), o vereador de Isaltino de Morais e conselheiro do atual Isaltino de Morais de Boliqueime, que habita Belém, e outros tantos nomes sombra, cuja única função foi o desmantelamento de um Sistema de Ensino, como, noutras frentes, outras almas negras se encarregaram de estripar o Sistema de Saúde e a Dignidade do Trabalho, dizia eu, se Lurdes não existia, esta ainda existe menos: é uma fábula de medíocre escritura de epígonos enredos, e veio apenas para contar histórias de passarinhos a homens de bigode.
Sonsa, secundária, solidamente escudada pela Sociedade Secreta a que pertence, casada, por conveniência, com um dos que consta, consta, atenção, consta... estar na célebre lista do "Casa Pia" -- outra miragem dos nosso volátil cenário -- de um infindável pretenciosismo, Isabel Alçada sabe que está ali tão só para pagar um terrível favor, e cumprir uma miserável tarefa, a de entreter uma série de basbaques, cujos horizontes femininos raramente foram além das saias rodadas das padeiras da Festa do "Avante".
Comigo, tem azar, porque tiques de pescoço de avestruz, excesso de base e cultura de perfume com toque de madeiras como eu todos os dias, quer dizer, viro a cara, e sou lhe de tal modo insensível que vou imediatamente à radiografia: se o Carrilho subiu por escada de coisa nenhuma, esta foi alçada por coisas ainda mais frágeis, e faz o papel daquelas que vai fora, mal seja preciso soprar alguém para fora do Governo, se os ventos assim se adensarem. O grave da coisa é que, entretanto, ela irá desempenhar impecavelmente o seu papel, que é o de continuar a entreter os homens de bigode, e fingir que já não se rege pela "meritocracia" interna, que parecia orientar a sua sinistra antecessora. Esta, maligna, miserável e intelectualmente remediada, irá sorrindo, e dizendo que, talvez sim, talvez não, até que, mercê de um Orçamento de Estado draconiano, depois de Janeiro, se virará para os homens de bigode e lhes dirá, "pois acreditem que até desejei que tudo isto se desbloqueasse, mas, com as faltas de verbas, tenho de lhes dizer, com desgosto" -- uma lagriminha fica sempre bem numa pseudo tia -- "que o assunto já não está nas minhas mãos, mas nas do meu colega das Finanças. Não me vão levar a mal, pois não?..."
Não, querida, não te levo a mal: já te radiografei, muito antes de qualquer um, e não te levo a mal, levo te a péssimo, levo te a abaixo de cão, e até te asseguro que não vais terminar bem, mas isso é um exclusivo problema -- problema!?... Aventura, já que és uma personagem de "aventuras"!!!... -- teu.
(Relevante coincidência no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra Isabel Alçada", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")
20091223
20091214
Pedido de Desculpas Público
A Sinistra Ministra pede ao povo italiano as mais sinceras desculpas, caso se venha a provar ter havido influência nefasta do exemplo de algum autarca português em Massimo Tataglia, o já famoso atirador de Torres de Belem. Deseja, também, um lento e reflexivo restabelecimento a Benito Berlusconi e, se necessário, oferece-se para recomendar um dentista brasileiro para lhe remendar a cremalheira...
Caso seja italiano... Sabia que as viagens para Portugal estão muito mais baratas???
20091211
Com todo, mas mesmo todo, o meu amor, para o criminoso de guerra Barack Hussein Obama
VISITE O NOBEL DA PAZ AQUI
(Edição disjunta no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra Isabel Alçada", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e no "The Braganza Mothers" )
20091202
De Natura Sonora, ou, em mau Português, belíssima Sanfona de Sucatas
Imagem do KAOS
Vou tentar ser breve, porque hoje estou com uma cólica de minaretes. Eu explico: quando vamos à Suíça é para ver os Alpes, e quando vamos ao Magreb é para ver minaretes, tudo o resto é contra natura, e deve ser referendado pelo Senso Comum.
Também é do senso comum que eu, se, por acaso, vier a passar por uma porta e ouvir gemidos e agitação do outro lado, tenho o direito de espreitar pela fechadura e pôr o ouvido colado à porta. Se -- e continuamos nos "ses" -- eu fosse um GNR mal formado e descobrisse que a minha tronchuda estava do outro lado da porta, ajoelhada, a fazer uma valente mamada a um fuzileiro, e os grunhidos vinham de aí, para a história se desenvolver à latina, o GNR arrombava a porta com um pontapé, e dizia, "eu mato-te, minha puta!...", e matava mesmo, e, com um pouco de sorte, furava o fuzileiro também. Como Dante, no "Banquete", eu poderia dizer que esta minha história continha as quatro vertentes hermenêuticas do texto sagrado: o literal, o alegórico, o moral e o anagógico. O literal é que a gaja ia mesmo de ali com as tripas de fora, para alguma urgência de Badajoz, morrer espanõla, e o fuzo ficava no chão com um buraco em forma de alvo, no centro da testa, evitando voltar sem pernas do Afeganistão, por ter ido "obamamente" defender as Rotas do Ópio; alegoricamente, era mais uma cena dos divórcios simplex do solnado; a moral da história é que ele nunca deveria ter parado a ouvir grunhidos de prazer, do outro lado de uma porta de face oculta, porque podia estar a ouvir alguém conhecido; anagogicamente, isto era o "Face Oculta", à Portuguesa, ou seja, iam de ali para um tribunal de comarca ligeira, a gaja tinha direito a um bruto funeral, o fuzileiro ia a enterrar, ainda com as calças pelo joelho, e o GNR recebia uma repreensão escrita, com direito a liberdade condicional, e repetição do ato.
O restante Portugal, ainda mais literal, evita que estas coisas do rés do chão transbordem para os reles patamares do Estado, e, portanto, se num colar o ouvido à porta, eu, por acaso, oiço um Primeiro Ministro a atentar contra o Estado de Direito e passo adiante, das duas três, ou sou corno manso, ou o Primeiro Ministro já devia estar na rua há eras, ou não vivemos num Estado de Direito. O interessante da coisa não é se o escutado foi escutado, ou não, no devido local, e se foi, ou não, consentido, mas, sim, se o conteúdo do escutado era, ou não era, crime de Lesa Estado.
O cidadão comum já percebeu o que está em jogo, e que é o mesmo de sempre.
No fundo, já atingimos o patamar mínimo de poder emitir juízos de validade moral e de higiene pública, que nos permitem dizer que ouvir coisas destas -- mas vão MESMO ouvir -- ou destas, dispensam tribunais, procuradores da república e supremos juízos, para percebermos que, de facto, deveriam ter tido outro desenvolvimento processual e histórico.
São já matéria excedente, na qual o cidadão comum tem realmente o dever de exercer o seu direito de indignação, e, enquanto não o exercer, não estaremos nem num Estado de Direito nem numa Europa Civilizada.
(Sexagesimalmente, no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra Isabel Alçada", no "Democracia em Portugal" no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers" )
Palavras-chave
Armando Vara virá,
Bad Face of Lisbon,
Cauda da Europa,
O Polvo ao telefone
20091201
De Natura Boliqueimorum, seguido de Velhos Dias Felizes
Imagem do KAOS
Há quase um mês que não tenho vontade nenhuma de escrever, mas posso explicar, metade, por causas naturais, outra tanta, por milagres da Fé, e vamos já aos milagres da fé: como, desde nunca, desde que me lembro, Portugal parece estar agora bem, o Governo não se sente, e aquelas calosidades que, diariamente, nos massacravam na televisão, desapareceram. É certo que há umas recaídas, porque ficámos com a suspeita de que Portugal era governados por sucateiros, "de facto", e por pseudo-sucateiros, como Armando Vara, que não conseguia, por mais "Independentes" que tivesse frequentado, chegar aos esplendores de um verdadeiro sucateiro. Digamos, sem ofensas, que Vara estava para a Sucata como as cópias da Loja dos Chineses para os originais da Place Vandôme, e mais não digo. O País estaria, portanto, calmo, se a Maria, de Centro Esquerda, não insistisse em comportar-se, perante as mulheres da Cimeira Ibero Americana, como a doméstica de serviço, mas, nisso, ela até é um anti Vara, já que lhe veio na massa do sangue, e, quando levou a Rainha Sofia a ver a Paula Rego, mais uma das pedras negras do nosso imaginário, só lhe conseguiu fazer soltar um "sim, já tinha ouvido falar, mas nunca tinha visto...", ou coisa parecida, que é o equivalente Borbón, do "coitadinhos, também precisam..." Um dia destes, o Barahona Possollo passa a rasteira à Megera da Paula Rego, que vive de feitiçarias, e diz que as figuras dela "são más (!)", como se isso pudesse ser coroa de glória para um verdadeiro pintor, sobretudo para Goya, que ela bem tenta imitar, mas que, realmente, vivia sofridamente os horrores do seu tempo, ao contrário dessa doida, exilada em Inglaterra, e a tentar fazer-nos engolir, através de deslumbrantes aparatos técnicos, os quais a transformaram numa "deslumbrada", o seu miserável imaginário de côdea rançosa, mas..., olhem..., até estou farto dessa, vinha era falar de um País, onde um governo de arrogantes se escondeu num canto, à espera de que a Oposição o faça cair, e de uma Oposição que se juntou, noutro canto, à espera de que eles fiquem à espera de que eles os façam cair. Acho maravilhoso, e vale cem sóisinhos a dançar, na Cova da Moura, perdão, da Iria, e poderia continuar assim, eternamente, não fossem os números do nosso descalabro financeiro e económico estarem inexoravelmente a rolar, como numa irreversível ampulheta. Vamos ter mais dois mesitos disto, e depois caímos na real, e vai ser muito mau. O que a Sinistra Alçada fez já é disso ameaço: a bruxa da Lurdes escondia o estrangulamento das carreiras em coisas do tempo da Casa Pia dela, como "titulares" e "excelentes", e ainda me "ha dem" explicar o que seria isso no imaginário de porteira da outra, mas esta é pior, porque, com o seu sorriso de camelo, muito típico daquela estirpe de cínicas, já sacudiu a água do capote, e deixou-se de "excelências" e passou diretamente a falar de quotas ditadas por disponibilidades financeiras, astúcia velha desde Salazar, que é tirar o cavalinho da chuva, e deslocar as responsabilidades do Ministério da Educação para o das Finanças, velha retórica que nos colocou, durante todo o séc. XX, na Cauda da Europa. Há gente que está muito calminha, a acreditar na... "mudança".
Mas não era disso que eu vinha falar.
Hoje... (deixa-me cá olhar para o relógio), sim, hoje, dia 1 de Dezembro, faz anos que Portugal decidiu que tinha, idiossincrática e definitivamente, um bom par de coisas que o separava, forever and ever, da Coroa Española, e concordo plenamente com isso: amigos, amigos, negócios à parte, e cada macaco no seu galho, de España, nem bom vento nem bom esquentamento, e assim teríamos rolado, se não nos tivéssemos transformado, com o Senhor Aníbal, de Boliqueime, no Caixote de Lixo da Europa. Os sucateiros e limpadores de toxinas que se lhe seguiram só aprimoraram a tendência, e isto está realmente mau, como Soares, um dos construtores da velha Europa Utópica, recentemente referiu. É mau, para uma velha Nação, que o seu destino final tenha permitido ser colocado colocado nas mãos de dois indigentes intelectuais, de duvidoso cariz moral e imprópria formação académica. Para acabarmos, ao menos que tivéssemos acabado às mãos de pés de seis dedos de um degenerado de sangue contaminado, como aconteceu em Alcácer-Quibir, mas nunca nos calcanhares dos "porreiros, pá", da Cova da Piedade, e dos Diplomas da "Independente".
Dia 1 de Dezembro de 1640, uma Maria, de então, decidiu que mais valia ser Rainha, por um dia, do que Duquesa, toda a vida. Em 2009, por volta da mesma data, dois badochas, mais uma outra Maria, decidiram que, afinal, sempre mais valia ser mulher a dias toda a vida do que cabeças erguidas, por uma só mais hora que fosse.
Um dia, que já esteve mais longe, voltaremos a sair para a rua, porque as nossas profundas padeiras de aljubarrota não perdoam a canalha desta estirpe. E eu estou, muito sentadinho, à espera desse belo dia.
(Assoprado no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", na "Sinistra Ministra Isabel Alçada" e no "The Braganza Mothers" )
20091125
Professores das Actividades de Enriquecimento Curricular marcam assembleia no SPN a 5 de Dezembro para tratar da sua situação laboral
São explorados pela Edutec, com a cumplicidade da Câmara Municipal do Porto e a indiferença do Governo e de todas as instituições que deveriam garantir que os direitos destes trabalhadores são garantidos.
Fartos de esperar por uma justiça que não chega, quebrando o isolamento e enfrentando a impunidade, estes profissionais vão reunir-se em assembleia aberta no próximo dia 5 de Dezembro, no Porto.
Os Precários Inflexíveis, bem como o FERVE e o Sindicato dos Professores do Norte, juntam-se a esta convocatória.
Os Precários Inflexíveis, bem como o FERVE e o Sindicato dos Professores do Norte, juntam-se a esta convocatória.
Assembleia aberta sobre a situação dos professores das Áreas de Enriquecimento Curricular
5 de Dezembro de 2009 às 10h30
Sindicato dos Professores do Norte ( Local: R. D. Manuel II, 51 C - 3º - Edifício Cristal Park)
As Áreas de Enriquecimento Curricular (AECs) são uma medida criada pelo Governo que prolonga o horário das actividades nas escolas, nomeadamente através da promoção do ensino do inglês e da música. Sendo uma política do Ministério da Educação, as responsabilidades de contratação dos profissionais que assegurem estas áreas são da responsabilidade das autarquias. O Ministério transfere uma verba por aluno por ano para as autarquias, que depois asseguram a existência das AECs. Dada a ausência de regras claras, as AECs têm resultado em situações muitas vezes delicadas para as escolas, as crianças e os profissionais.
No que a estes últimos diz respeito, as AECs são, em muitos casos, asseguradas por trabalhadores precários com reduzidos direitos e reduzido salário. Muitos destes profissionais trabalham para empresas que os angariam através de falsos recibos verdes e que se apropriam de uma parte da verba que o Ministério transfere, ou trabalham em condições de precariedade para empresas municipais que acumulam à custa destes trabalhadores, os quais vêem negados os direitos básicos que qualquer trabalhador deveria ter, quer ao nível do reconhecimento, quer em termos de protecção social (na doença, no desemprego, na segurança em relação ao emprego).
No caso específico do Porto, a política educativa implementada este ano lectivo de 2009/2010, pela Câmara Municipal é polémica e imoral, pois lançou a instabilidade entre os professores das AEC´s e nas EB1 do Porto, em consequência do concurso público internacional para a entidade gestora.
Deste modo, em vez de melhorarem as condições de trabalho dos professores (tal como estipula o decreto-lei 212/2009 de 3 de Setembro) pioraram a condição já precária dos falsos recibos verdes.
É urgente que pais, educadores, coordenadores e professores tenham conhecimento de toda esta situação.
É urgente que saibam que as autarquias recebem 100 euros por ano, por aluno, para cada disciplina. Isto significa que se estimarmos o número anual de aulas em 50, isso corresponde a 2€ por aluno, por hora. Isto corresponde, numa turma de 20 alunos a 40 euros por hora que a autarquia recebe. Ou seja, paga 11 e guarda 29 Euros. Este valor é variável em função do número de alunos por turma. Em 50 aulas corresponde a um lucro de 1 450 €, em cada disciplina e em cada turma. Se multiplicarmos este valor pelo número de turmas e de disciplinas, estamos a falar de um negócio simpático, sobretudo porque não há nenhum investimento em materiais didácticos, nem em instalações.
É urgente que saibam que os professores deixaram de ser pagos para fazer as planificações, articulação entre as disciplinas, presença nas reuniões e quaisquer outras situações normais provenientes da docência, que obrigam um professor a estar na escola, pois a nova entidade gestora apenas paga em função da hora leccionada retirando do seu vencimento a componente não lectiva, (reuniões, planificações, participações em festividades, actividades, etc.).
Porque é urgente partilhar informação sobre esta situação e juntar as pessoas que se encontram nesta condição, porque é urgente juntar a solidariedade dos pais e dos encarregados de educação, porque é urgente juntar todos aqueles que não querem que os seus impostos sirvam para este enriquecimento ilícito de autarquias e/ou empresas angariadoras de profissionais que é feito à custa da precariedade dos professores, porque é urgente tornar esta situação visível e reagirmos a ela, vai realizar-se no dia 5 de Dezembro uma reunião aberta que visa debater a situação precária que se vive actualmente nas Escolas Básicas de todo País e pensar acções a levar a cabo a partir do caso que se vive no concelho do Porto
Contamos com a presença de todos vós no SPN dia 5 de Dezembro às 10h15m.
FERVE- Fartos destes Recibos Verdes,
Precários Inflexiveis,
Professores das AEC’S do Porto,
Sindicato dos Professores do Norte
20091113
Uma Sanfona de Contradanças, em forma de "Aventalinho"
Imagem KAOS
Vêm-me sempre lágrimas aos olhos, sempre que soa Música em Portugal. Sou um melómano. Quando a Sanfona tocou, eu chorei: ela é lindíssima, sobretudo quando branqueou o BPN, e vinha, ao mesmo tempo, vender rifas do "Águias", de Alpiarça. Tantas que eu comprei...
Nem Dante se atreveria a tanto.
O segundo naipe é o António Contradanças, porque imagino a Sónia Sanfona a tocar flauta de papos, com o António Contradanças todo agarrada à Vara, a esfregar a rata e a fazer o número da Viuvinha do "Freeport", enquanto lhe metem "luvas" nos silicones, e o Godinho faz um "rap", bué ritmado, nas Sucatas.
Eu sei que tudo isto cheira a "Passerelle", e que já estamos a imaginar uns gajos camorrianos, um dia, a dispararem, e a deixarem os passeios cheios de sangue, com mulheres de bigode a fugir, desesperadas e aos gritos, como aquelas Palestinianas, que fazem ULULULULULULU com a língua, sempre que se livram de mais um filho drogado, desempregado e repetente, em forma de cinto-bomba.
Falta a Isabel Alçada, para escrever umas Aventuras no Banco Central Europeu, com o Vítor Constâncio, vestido de Heidi, a ir ocupar, pelo Princípio de Peter, uma vice presidência do Banco de Calotes de Bilderberg.
Eu sei que até aqui tudo isto já metia nojo, sobretudo, se pensarmos que o gajo que queria, e vai, queimar as escutas de Sócrates/Vara, foi reeleito Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, ou lá que nome é que essa merda tem. O tipo tem um ar sinistro, e tem tudo escrito na cara, pelo que acho que não necessito de gastar mais palavras para o caracterizar, pelo que regressei ao Constâncio, e pensei: "se esta azémola já tinha chegado à Presidência do Banco de Portugal pelo Princípio de Peter, que outro Princípio, mais alto, o teria levado a ser promovido ainda mais acima?..."
E foi aí que, sendo hoje dia 13, a Senhora me apareceu a dançar, toda na descontra, de braço dado com o Solzinho, e se me fez luz, nesta pequena cova de iria que transporto no meu coração: quer Constâncio, quer Noronha do Nascimento estavam a erguer-se aos Céus movidos pela única indústria que continua florescente em Portugal, a Indústria do "Aventalinho".
Bem hajas, Grande Oriente Lusitano, a gente agradece.
(Aventalado no "Aventar", no "Arrebenta-Sol", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", e na casa de putas do "The Braganza Mothers")
20091108
A Amélia das Sucatas
Imagem KAOS
As taxas de combustível estão altíssimas e isso torna as Maldivas muito longínquas, e já está toda a gente a pensar para que é que as Maldivas são chamadas para aqui, mas isso ainda é segredo: posso adiantar que estando muito perto do nível do mar, a erosão salina faz desaparecer a sucata muito depressa, por aquelas paragens, ao contrário de cá, em que se enrolam em trapos pretos, e vão viver para umas terras de nomes horríveis, na Beira, e ficam com a sucata toda lá por baixo, enfim, supõe-se que seja por isso que os garanhões da pastorícia -- ainda há pastores -- prefiram as ovelhas, a terem de comer a avó do melhor amigo...
Tirando esta introdução, muito metafísica, como viram, vou já falar do tema do dia, que é quando a gente pensa que já chegou à última cave, a Nação tem sempre uma surpresa, e lá levanta mais um alçapão, e mostra-nos uma subcave, bafienta, e ainda mais deprimente, que, afinal, nos rege na sombra.
Antigamente, no tempo em que o António Variações fazia de Cesévora Ávida, e nada lhe escapava, nem na goela, nem na cloaca, o rés do chão era a corrupção do Futebol, mas o avião fez-se um pouco mais à pista, e descobrimos que, por detrás do Futebol se escondia o nível inferior, dos Construtores Civis, e eu pensei, "pronto, chegámos às bases...", mas a verdade é que as bases ainda não eram essas, e ainda havia as rainhas, as princesas e as camareiras da sucata, uma espécie de discretas vascas francas, que saltavam à vara por cima de uns godinhos que só deus sabe em que ferrugem habitavam.
É deprimente saber que, enquanto a Rússia tem o Kremlin, os States, a Casa Bran... perdão, Preta, a França, o Eliseu, o País é governado a partir de uma sucateira, e, portanto, qualquer Plano Tecnológico, qualquer Plano Nacional de Leitura, ou qualquer Plano de Ação da Matemática estão, não só cronológica, como espacialmente desfasados da Realidade, como, aliás, todos pressentimos, embora nos choque ver a confirmação.
Eu até aqui estaria descansado, mas deixo de estar descansado, quando penso, por analogia, que, se já ontem o último patamar foi vencido por um mais baixo, também amanhã aparecerá qualquer coisa ainda mais subterrânea, que fará parecer a Sucata um Belvedere, ou "un Petit Trianon".
Tudo o resto que vou escrever é pura imaginação, mas suponho que, por detrás dos sucateiros, amanhã, se descobrirá que quem realmente governa este país sejam aquelas velhinhas dos sacos, recoletoras do lixo, que entornam os caixotes verdes no passeio, para grande desgosto do António Costa e alegria dos cães e gatos famintos, que têm bigode, dizem palavrões rosnados, e nos ameaçam com a bengala, mas que, em contrapartida, naquelas sacolas, amarradas com cordéis sujos, transportam segredos, matéria cifrada, e o registo de fluxos financeiros importantíssimos. No fundo, só a nossa desatenção não o permitiu ainda descobrir: basta olhar para a corcunda de cada uma dessas sombrias criaturas, e para o disfarce perfeito de... sei lá... de pobres, sim, de pobres, que elas põem, para se ver que, na verdade, são realmente poderosas.
Isto não sou eu a delirar: mal a gente vira as costas, elas tiram dos bolsos telemóveis caríssimos, de platina, e ligam para o Obama, tratam-no por tu, com vozes de Maria João Avillez, exercem pressões e chantagens no Héron-Castilho, e ditam todas as oscilações do preço do Petróleo e do Plutónio, no Golfo Pérsico. É por isso que eu adoro viver no Umbigo do Mundo, e me sinto todos os dias importante, e cada vez mais seguro, e espero que vocês também.
(Hexagrama do latão do lixo, no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")
20091103
Competência e Eficácia...
Huuumm… Parece que há males que vêm para durar… Senão, vejam:
http://www.min-edu.pt/np3/5.html
http://www.min-edu.pt/np3/5.html
Fosca-se!!! Nem disfarçam!!!
Palavras-chave
'a sinistra ministra',
está na altura de mudar?,
será desta?
20091101
UNIVERSIDADE DE VIENA DE AUSTRIA OCUPADA HÁ MAIS DE UMA SEMANA; BLACKOUT INFORMATIVO!!!
solidariedade trabalhadores / estudantes na Univ ocupada de Viena!
"Luta -Social discussão"
"Escola Pública"
http://www.unsereuni.at/
Estamos perante um black-out informativo, todo o movimento foi completamente suprimido de todos os noticiários não germanófonos, com medo de que alastrasse o movimento pela Europa fora. Apesar disso, o facto é que esta ocupação se alargou a quase todas as universidades da Austria, com ecos fortes e solidariedade activa por parte de centros universitários da Alemanha e Suíça.
Agora apresenta-se a Jornada internacional contra a comercialização da Educação, o mesmo é dizer contra «Bolonha». Milhares e milhares de estudantes no mundo inteiro estarão realizando acções diversas, nesta semana.
Contam com a solidariedade e apoio de professores, de personalidades públicas, artistas, jornalistas, etc...
Gostava que as pessoas em Portugal dessem notícia (ao menos isso) e mostrassem um pouco de interesse, pois realmente é pela acção que algo poderá mudar, neste contexto! Se não há uma acção concreta ao menos que haja um espalhar da informação, uma discussão alargada e apaixonada sobre as acções levadas a cabo por outros!
Solidariedade,
MB
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