A FENPROF e a Plataforma estão de parabéns. O Mário Nogueira está de parabéns. Os professores, estão de parabéns. Mais logo, informação actualizada.
É hora de ir almoçar e estar com a família. Hoje, com um sorriso reforçado. Mário, um grande abraço!
--- ADENDA (19:12) ---
10 comentários:
Independentemente de o Mário Nogueira merecer ou não abraços, não vejo motivo para tanto contentamento. Em 1º lugar, a locução "quando esta tenha lugar em 2007/08", referente à avaliação, borra logo a pintura toda; além disso, alguns camelos como eu, que fazem todas as greves (mesmo as que decorrem no seu dia de "folga"), todos os cordões humanos ainda que à chuva, todas as marchas e manifestações em sábados ou feriados, e que se fartam de trabalhar nas suas próprias escolas tinham a ideia de que a avaliação que se pretende impor é má porque vem alterar de modo indesejável as relações na escola e introduzir mais areia na engrenagem do ensino, já de si tão perra... uma avaliação "boazinha" em que o professor pode fazer "melhoria de nota" ainda é pior, a meu ver, pois esta leva o aval dos sindicatos e o subtítulo "grande vitória dos professores". Eu não acredito que a Ministra e os seus Secretários de Estado sejam intelectualmente brilhantes, mas se acreditasse diria que era isto que eles queriam desde o princípio, embora fingindo querer outra coisa: a carreira irremediavelmente partida em duas, professores "chefes" e professores "subordinados" (só por curiosidade, eu sou titular), progressão na carreira mediante vaga, independentemente de se ter ou não condições de avaliação para progredir, e a maior campanha de difamação sobre os professores com resultados bem à vista, tudo isto agora caucionado pela plataforma... grande vitória, não haja dúvida. Sou sindicalizada desde que comecei a trabalhar há 30 anos (tenho quase 51), sou de esquerda, serei sempre de esquerda, e afirmo que se o meu sindicato não saltar fora da plataforma durante a próxima semana VOU MESMO DES-SINDICALIZAR-ME. Vitórias destas não quero.
Colega:
Calma! Estamos muito longe de atingir os nossos objectivos, o de melhorar as condições de trabalho dos professores que permitam melhorar o sucesso escolar dos nossos alunos! A luta tem sido intensa, mas não é possível alterar numa semana três longos anos de asneiras consecutivas e de destruição do sistema que, já de si, não estava bem de saúde! A única coisa que conseguimos, no momento, é TEMPO! Tempo para nos organizarmos e, novamente, todos juntos, forçar a alteração daquilo que nos parece ser útil alterar para melhorar a Educação do país! Também eu tenho um nó na garganta porque queria ver alterado tudo de uma vez só e começar, amanhã já, tudo de novo! Mas não é, como a avaliação proposta pelo ME, exequível! Precisamos ter calma para sermos, de facto, os vencedores de toda esta guerra perfeitamente escusada e evitável. Coragem e chegaremos lá!
João Luís
Caro anónimo que se deu ao trabalho de me responder: 1º, agradeço a atenção; 2º, gostava tanto de concordar consigo; 3º, se o colega está com a razão e eu não, então, por favor, não se use a expressão "vitória" tão em vão e não se abram sorrisos como se... TEMPO, diz o colega, para nos organizarmos novamente? O tempo é nosso inimigo e a Ministra sabe. As pessoas tenderão a desmobilizar e o facto consumado de uma avaliação, ainda por cima "simplezinha" e aceite por todos vai ter um efeito devastador - qualquer dia, já ninguém se vai lembrar ao certo porque é que se lutava. E o pior é que não fomos propriamente vencidos: desistimos foi de lutar. Mas desejo, do fundo do coração, estar enganada. Queira Deus que eu seja apenas uma estouvada precipitada, mulher de pouca fé e pouca paciência... Cumprimentos. Apesar de tudo, estou certa, estaremos sempre do mesmo lado.
"O caminho faz-se caminhando", é talvez o lema para que aceitemos este entendimento entre a plataforma e o ME. Os professores devem tentar perceber que a plataforma fez o que melhor podia ser feito. Porque, quem tudo quer tudo perde, esta batalha está ganha. O 3º período pode agora decorrer com serenidade. Depois... depois... continuemos a trabalhar para acabar com as injustiças e as irregularidades.
Por mim, jamais haverá entendimento com este governo e este ministério:
-A golpada legislativa que encetaram e que perseguem;
-A inusitada campanha de de difamação dos professores;
-A arrogância que não escondem;
-A falta de preparação técnica , política e democrática para o exercício destes cargos.
...
Aconteceu, conjunturalmente, que o governo se está a preparar para a pré-pré campanha eleitoral e, eventualmente, o PR tenha mexido alguns cordelinhos.
Mas não chega.
Muito longe disso.
Este ministério deu, dá e continuará a dar " golpadas".
E não lhes poderemos dar tréguas.
Em nome de um sistema de ensino e sociedade democráticas.
Estes golpitas não servem.
Depois de vires do almoço, dorme uma sesta e relê bem as notícias.
Talvez então percebas que os únicos que podem festejar são Sócrates, Maria de Lurdes e os seus adoráveis secretários de estado.
Os professores ou começam agora a luta a sério ou desistem definitivamente.
Poucas trapaças vi tão bem orquestradas como esta...
"Colega,
Acredite que não é necessário pensar, sequer, uma vez, pois não está colocada qualquer hipótese de Acordo com MLR. Só se essa revogasse o ECD, a Gestão, a legislação sobre Educação Especial e, qual cereja em cima do bolo, se demitisse.
Quanto a alguma solução que desbloqueie a actual situação de conflito, passa pela aceitação, pelo ME, das propostas que hoje levaremos (hoje no nosso site).
Quanto ao "capitularem mais uma vez", sinceramente, não consigo lembrar-me qual foi a vez anterior, o que recordo, isso sim, é que em 8 de Março estiveram 100.000 colegas na rua, convocados pelos seus Sindicatos. Como é evidente, não deixaremos de honrar os nossos compromissos. Não por qualquer razão que pudesse ditar o "nosso" fim, mas porque esse fim, enquanto Professores que somos, seria o de todos nós Professores.
Com os melhores cumprimentos
Mário Nogueira"
Partilho dos mesmos sentimentos de desanimo e de tristeza da comentarista anónima...
A Fenprof e a Plataforma de parabéns???
Mas porquê?
De significativo que cedências fez o ME/Governo?
Que alterações duradouras se registaram?
Que foi revogado!
Pelo contrário e quase que provocatoriamente no próprio dia foi promulgado o decreto da gestão.
Provocatoriamente Pinto de Sousa até se fez subsituir nas negociações,que lhe foram directamente exigidas, pela mesma pessoa que os professores em uníssono exigiam a sua demissão!
Não nos podemos esquecer que o mais importante, de facto, ficou aprovado e está pronto para ser implementado e para ser posto em prática pelo Governo/ME/Escolas em qualquer altura que lhes seja oportuna...de todos os pontos de vista!
Isto é que é uma realidade!
E agora apelidamos de vitória?
Não nos esqueçamos que estamos a atravessar um período de crise económica, que muito provavelmente se irá agravar e que o período eleitoral que se avizinha ainda lhes está com um clima favorável...
Isto é que é uma realidade!!!
E na minha opinião os sindicatos abdicaram e passaram-se para a situação.
De facto já tinha previsto situação idêntica, que era a equipa da 5 de Outubro sair por não ter condições de governabilidade e de diálogo com o pessoal docente e não docente das Escolas e quem se lhes seguisse lançaria uma "migalhas"...e calaria e abafaria as vozes de descontentamento generalizado...
E isto está a acontecer...!
Então isto é vitória??
Nunca pensei que tivesse a anuência dos sindicatos!
Só que a situação ainda se tornou mais caricata que é a propria equipa a manter-se, a própria equipa a ceder e os sindicatos da plataforma a aceitar sem que os principais diplomas tenham sido revogados...!
Isto é vitória?
Mas que contrapartida tivemos nós professores, aqueles que estão no terreno,no dia a dia nas escolas, no dia a dia nas salas de aula, se todos os oito pontos da agenda inicial foram certamente satisfeitos...e não eram na sua maioria para melhorar as nossas condições que tanto se foram degradando nos 3 últimos anos....!
Isto é vitória?
Nomeadamente aprovar certas regalias para os mais dóceis e servis e todas aquelas situações de excepções para os "amigos" e "boys" do ME que estão a exercer cargos de outra natureza...
Isto é vitória?
Quem está no terrreno a dar aulas, cada vez tem menos condições...!
Isto é vitória?
Por exemplo, porque não se defendeu o cumprimento das trinta e cinco horas efectivas nas escolas com todas as condições??
Aqui é que eu queria ver onde estavam as Escolas com condições para nós exercermos a nossa profissão com digindade.
Isto é que é uma realidade...!
E agora toca a desmobilizar e quando for necessaário logo nos vêm informar e esclarecer nas Escolas!!
Mas foi este sentimento de desmobilização que se veio progressivamente a assistir depois do protelar dos protestos que culminaram com o 8 de Março para as "calendas" de Abril...
E agora que vamos fazer??
Quem vai participar, ou seria que as cupulas sindicais jogaram efectivamente na desmobilização ao protelar tanto no tempo as acções de massas, pois porque não aproveitaram datas simbólicas e significativas e tão queridas dos portugueses, como o 25 de Abril e o 1º. de Maio para manifestarmos o nosso mais profundo descontentamento...
Sou sindicalizado há cerca de 29 anos!
Penso que o meu período de adesão sindical com profunda mágoa, parece-me que chegou ao fim!
Isto é que é uma desilusão!
Quem acha que isto foi uma vitória leia muito bem o Memorando de entendimento e veja se a encontra!
Só se foi para os Titulares que vão ter créditos horários e remuneração e mais um novo escalão.
Vamos TODOS ter de aguentar na ÍNTEGRA com o modelo que temos andado a defender que é necessário alterar. Só depois de sermos cobaias é que, EVENTUALMENTE, será alterado na reunião em Junho/Julho de 2009!!!
Vitória relativa, porque o mais importante ficou em águas de bacalhau:
1 - Estatuto Carreira Docente: entrada, acesso à progressão e a diferenciação entre Professores e...
2. Estatuto do Aluno: um dos maiores disparates normativos, desde o aparecimento da célebre lei dos pontinhos, do PM Pinto Balsemão.
3. Modelo de Gestão: ressurreição da figura do reitor, ainda que menos autónomo que antigamente
3. Modelo de Avaliação dos professores: porque não aplicar o SIADAP a todos os funcionários públicos? Porque não uniformizar o modelo CAF, tal como se faz nos Açores?
Durante muito tempo, os professores ignoraram o novo ECD e só o descobriram agora, mas parece que vão ficar com nova amnésia.
Isto foi apenas um interlúdio até ao próximo período eleitoral, que depois, a conversa passa a ser outra (mesmo que, por ironia do destino e distracção dos eleitores, outro Partido venha a governar).
Avaliar para melhorar o desempenho ou para penalizar? Parece que os professores portugueses são masoquistas nos neurónios.
A próxima edição livreira versará "A economia da enseñaza en los Tótós Tugas"
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