Mostrar mensagens com a etiqueta Manuela Ferreira Leite. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Manuela Ferreira Leite. Mostrar todas as mensagens

20090915

Quem paga a campanha eleitoral dos Gatos Fedorentos, seguido das Zitas Seabras do Bloco de Esquerda

Há um novo partido, em Portugal, que não está sujeito às regras de tetos de gastos de campanha: chama-se Partido dos Gatos Fedorentos, e tem como única linha programática manter a estupidez média do Português, abaixo da média, num nível de estabilidade médio de estupidez estável.
É uma imagem à qual recorro muito, e nem sequer é minha, é da Sociologia, campo ao qual sou totalmente alheio, a da chamada "Mulher Alibi". A Mulher Alibi, que muitas vezes é um homem, ou um grupo, é uma voz individual, ou coletiva, com lugar no palco dos que têm forte audiência. O seu papel é elementar: trata-se de um dos membros do Sistema que é subsidiado para fazer o papel de quem está CONTRA o Sistema. O princípio é aristotélico e catártico: enquanto o pagode se entretem com as pseudocríticas regurgitadas pela Mulher Alibi, vai diluindo as tensões que poderia ter, e os instintos de se tornar agressivo, agarrar numa moca, e ir direto àquelas caras que são o Sistema. Quando a Mulher Alibi satiriza o Pinto da Costa, o Paulo Pedroso, o Sócrates ou gentalha afim, a raiva coletiva esvai-se no espetáculo intermédio e nunca se atreve aos fins finais, cuja magnitude e extensão vindicativa poderiam ser devastadoras. Os Gatos Fedorentos, como aquela cadela do Eixo do Mal, a Quadratura das Bestas, em tempos, o cocainómano Esteves Cardoso e afins desempenhavam o mesmo papel. Um dia acabarei a engolir o meu próprio veneno, e a perceber que o tempo perdido pelos meus leitores nas divagações do "Arrebenta" também poderão ser engavetadas, nalgum investigador das eras futuras, na mesma gaveta... Sim, não estou livre de ser cronologicamente taxado de Mulher Alibi, mas deixo essa reflexão para os vossos filhos e netos, e passo adiante, que não sou futurólogo, nem masoquista.
Interessa-me agora o presente, e saber o que leva a SIC, creio (?), a pagar a um bando de indivíduos cuja única finalidade é embrutecer ainda mais o pensamento médio, médio baixo, e baixo, das plateias, a aparecer no meio de uma campanha eleitoral, para a descarga de justas energias da massa eleitoral, em plena efervescência.
Quem os paga, a quem servem, e qual a sua finalidade?...
Para mim, a resposta é evidente, mas fica aqui lançada como pergunta, para que, ao contrário de verem os resultados medíocres dessa equipa, PENSAREM um pouco no que vos cerca, e cesso aqui o assunto, porque o que realmente me vai consolar, depois do terramoto de 27 de Setembro, são as virgens púdicas do Bloco de Esquerda que se vão encostar ao Poder, qualquer que ele seja. Tudo indica irmos ter uma minoritaríssima Ferreira Leite, que, se continuar a tocar na tecla da independência e do levantar a cabeça contra os interesses ibéricos talvez se ponha a jeito para uma votação na qual nunca terá pensado... Não é por acaso, nem por humor, que bandeiras monárquicas foram içadas em Cascais e no Porto. Queriam tão só dizer, Português, lembra-te de que houve um tempo em que começaste, porque quiseste e precisaste, de ser Português, e esse sonho está agora em risco.
Com Manuela Ferreira Leite, choverão queijos limianos e zitas seabras, desta vez, a saírem do saco de gatos assanhados a que se usa chamar Bloco de Esquerda, prontos para defenderem TGVs, Contenções Orçamentais, e, por que não, a consolidação dos passivos do BPP. Ana Drago tornar se á confidente do Padre Feytor Pinto, e Fernando Rosas irá de mão dada com o Padre Melícias saber se o Guterres ainda anda a mamar leitinho Opus da Vaz Pinto. Vai ser um amor, uma coisa piedosa, e que nos vai cortar o coração, porque nós gostamos, sempre gostámos, de pessoas disponíveis para ajudar o vizinho. É a Síndroma do Empresta me uma colher de açúcar, quando, no fundo, o que o levou a bater à porta da vizinha era uma sublime ânsia de minete. Eu sei que é feio, mas a isto chama-re Real Politik, e vai ser o cenário Outono/Inverno, para Portugal. Na terminologia da minha doméstica, vai ser um salve se quem puder.

20081128

WE HAVE KAOS IN THE GARDEN: FENPROF 2008 TOUR

Imagem publicada pelo Kaos em WEHAVEKAOSINTHEGARDEN

"Não vi mas li. Parece que a Manuela Ferreira Leite teve tempo de antena no tempo de antena da FENPROF. À FENPROF, só lhes posso dizer que andam em muito más companhias embora estou certo que ouvirei que a utilizem “por razões tácticas”. É bom é que explique aos professores que essa Doutora ainda há seis meses desafiava o Sócrates para ele manter a Sinistra e a sua avaliação. Agora só diz o contrário para tentar “apanhar” uns votos, ou seja para ela são “razões tácticas”. Quem ganha mais nesta simbiose de razões tácticas não sei, mas pelo Menos a Manelinha devia ter vergonha da figura “populista” que tanto criticava e agora faz. O Sindicato, esse devia escolher melhor as companhias.

20080720

Ferreira Leite, Cavaco e Biancard Cruz. A Nova Ordem Interna: Ajoelhar e Servir

Imagem do KAOS
Aproveito, antes de mais, para saúdar todos os leitores dos nossos blogues comuns, e publicitar o novo espaço dos "The Braganza Mothers".
O que aí vem, meus amigos, é mau, lúgubre e sinistro.
Várias vezes me interroguei sobre o dia em que deveria cessar a nossa intervenção cívica, e a sociedade, plural e democrática, começar a deixar exercer, por si mesma, a sua dinâmica de acção própria. Infelizmente, Portugal entrou num estado de catalepsia social, que leva a que cada vez mais consideremos afastado o nosso objectivo. A canalha que, desde Durão Barroso, nos governa conseguiu algo de portentoso e extraordinário: fez, como muitas vezes se faz, nos hospitais, colocar o País num coma induzido. Acontece que, agora, por mais safanões que lhe dêem, ele está morto, e próximo da morte cerebral.
Durante os longos e penosos anos do Socratismo, várias vezes me perguntei sobre se seria este o cenário final, o Pior do Pior. Com a entrada de Ferreira Leite em campo, descobri que ainda podia haver um patamar inferior, chamado Eixo Cavaco-Leite, ou Eixo Cavaco-Sócrates-Leite, ou Eixo seguido de um chorrilho de palavrões, se isso vos satisfizer melhor.
Considero Ferreira Leite das coisas mais sinistras que o nosso Espectro Político produziu, só a par com o horrível Proença de Carvalho, e acho que com esta comparação já digo tudo.
Nas últimas semanas, com a inversão na Comunicação Social, que, subitamente, tirando alguns redutos de isenção, como alguns noticiários da RTP2, ou a RTP-Norte (a única que ainda consigo ver), resolveu vingar as espingardas contra Sócrates, começámos a ver o Boneco de Vilar de Maçada muito embaraçado, talvez porque não esperasse que o Patrão de Bilderberg, Balsemão, lhe começasse a tirar o tapete tão cedo. A verdade é que o está descaradamente a fazer, e só para alguém que esteja com a sensibilidade muito avariada é que Manuela Ferreira Leite é alternativa ao que quer que se ja.
O problema português é grave: com o decapitar do 25 de Abril, passámos a ter um país politica, cultural e economicamente acéfalo, com a pequena particularidade -- nós temos sempre uma cereja no topo do bolo, pior do que as inimagináveis... -- sem cabeças culturais, políticas, nem económicas, mas obsecenos pescoços degolados, infestados de piolhos, com os quais somos obrigados a conviver, e que nos atiram, de dia para dia, cada vez mais para trás, no tempo e no espaço.
Quando Ferreira Leite tocou na tecla, obsoleta, da Moralidade dos Costumes, com a célebre história dos casamentos e das segregações (fala disso a mãe, divorciada, de um traficante toxico-dependente, que "a Família é para procriar"...), desde logo me soou uma sineta interior sobre que Manuela Ferreira Leite não era só o que parecia: ela era uma fachada de coisas bem mais lúgubres, que a sustentavam, como já defendi, com unhas e dentes, no Blogue Anti-Cavaco, onde, com todas as energias afrontei Cavaco Silva, e as Forças das Sombras que o apoiavam.
Não me enganava: Cavaco representa, no nosso horizonte, uma regressão, em bruto de 50 anos. Cavaco e Ferreira Leite serão, no seu todo, um século inteiro, a andar para trás.
A cereja no topo do bolo veio hoje, com a revelação -- "I'm sorry, sigilo de fontes... -- de que Biancard Cruz, muito conhecido de outros ambiente, que não posso pôr aqui, mas vocês, se pensarem um pouqinho, lá chegarão..., ia substituir o Júdice na Frente Ribeirinha... Foi só escavar um pouco, e a figura, sinistra, da OPUS DEI, começou a emergir: vinha de trás, o célebre Número Dois de muitas coisas, desde o Guterres ao Sócrates e ao Júdice, para brilhar agora, em toda a sua luz negra.
O resto deste trabalho fica para os jornalistas fazerem: nós não somos jornalistas, somos os opinadores e meditadores de todas as horas, os que levantam os rumores, e apenas esperam que a Sociedade Civil os investigue.
Sr. Sócrates, acabou de lhe sair em sorte uma pequena trégua, a não ser, como corre em certos meios, que o Senhor também esteja próximo da... "Obra", o Senhor e a Bruxa que insiste em manter na Pasta da Educação. Até que se apure a verdade vai ter, todavia, uma pequena trégua. O assunto é agora entre nós, Blogosfera, e a Bruxa do PSD, mais o seu Mandatário para a Juventude... Biancard Cruz (!)
Srª. Manuela, se se tornar claro que as Forças das Trevas que a estão a sustentar, como conseguiram o "misérable miracle" de colocar um defunto empalhado em Belém, acautele-se. Se os seus suportes estão perto da Opus Dei, tome cuidado, que a luta irá ser feroz e os blogueres são como as árvores: morrem de pé.
Sr. Sócrates, ponha-se de lado, porque, agora, o assunto é entre NÓS e ela.

20080601

Boicote à GALP, à BP e...

By KAOS
Dedicado à Moriae, que está doentinha
Hoje, vinha aqui fazer tudo, menos escrever, mas a vida é mesmo assim. A tarde foi passada na Feira do Livro, a tentar não passar por aquela merda da "Leya", até que descobri uma coisa tão má que não percebi o que era: pois era a "Leya". A "Leya" é uma espécie de "self-service", onde as pessoas não entram, e que parece o Pavilhão do "Livro do Dia", onde as pessoas vão procurar as pechinchas. Como tudo, em Portugal, tentou-se dar um ar de... "requinte", mas o nosso requinte nunca consegue passar das carruagens de terceira classe, no Reino da Dinamarca. Estavam uns palhaços, que não percebi se era a Teté, a fingir que ler Saramago era a mesma coisa que falar "blhabadubálhá", e umas criancinhas, com ar de atrasadas mentais, a olharem para aquilo, e os pais a morfarem algodão doce cor-de-rosa, uma coisa nojenta. Os seguranças estavam ali, para evitar que se roubasse, mas há uma infinita diferença, que nunca será superada, entre o segurança da "Versace", na Quinta Avenida, e aqueles gajos, com as proporções do corpo todas erradas, quer para Praxíteles, quer para Fídias: aquilo, só mesmo no Portugal Profundo, não o blogue, mas a Santa Terrinha. Dava vontade de lhes perguntar se estavam ali para ler, ou para ser folheados. Infelizmente, o mais certo era estarem para ser folheados, e até à lombada, e quando um segurança chega à fase de ser folheado até à lombada é sinal de que já entrámos no ciclo infernal dos heterossexuais passivos, o que não é de espantar, numa coisa saída das mãos do Paes do Amaral.
O único momento alto foi ver a Fernanda Câncio ali sentada, para dar autógrafos. Para mim, foi uma revelação, já que nem sabia que a mulher escrevia. Estava, então, a dar autógrafos. A sorte dela foi eu não estar nos meus dias, senão, tinha-me aprochegado e dito, "olhe, querida, eu sou o autor do "Arrebenta"... quer que lhe dê um autógrafo?..." Felizmente que parei a tempo. Acho que foi o Fado que quis que eu não estivesse em dia de provocar um terrível motim em plena Feira da Leya...
O resto já vocês sabem: a partir de hoje, NADA DE ABASTECER NAS GASOLINEIRAS QUE ROUBAM, COM A GALP E A BP À CABEÇA...
Ah, sim, e aviso desde já que, NUNCA, JAMAIS, EM ERA ALGUMA, atestarei o depósito da Manuela Ferreira Leite.
Fosga-se, antes desmanchar um pé!...

20080508

As metempsicoses de Manuela Ferreira Leite

Dedicado ao Quink644 (não te trates, não, filho, que um dia destes ainda vou ter de te levar ao Centro de Desintoxicação do Cartaxo...)
Hoje, tudo o que eu vou escrever é mentira. The Braganza Mothers são como os Cretenses: todos os Braganza Mothers são uns grandes mentirosos, e isso já era velho no tempo em que Platão inventou Sócrates, que era o "Arrebenta" dele, e até parece que neto, mas essas coisas só confirmadas pelo teste do ADN, ou no "Alcibíades III", um livro tão maravilhoso que nunca chegou a ser escrito, como a "Comédia", de Aristóteles, que achava que a vida, já nessa altura, era um Vale de Lágrimas, e uma perpétua contenção orçamental.
Por razões várias, tenho andado a tentar evitar escrever este texto. A primeira, porque a casa continua desarrumada; a segunda, porque sempre acreditei em que fazia falta, em Portugal, uma mulher à frente um Partido; a terceira, decorrente da segunda, porque lá por ser mulher não era argumento para que fosse uma qualquer, e eu não tinha, assim, a absoluta certeza de ir escrever sobre uma mulher, e aqui entra outra vez Platão, embora a coisa já fosse velha desde Pitágoras e as crendices hindús, e mais atrás.
Falo, obviamente, de Manuela Ferreira Leite, e das suas Metempsicoses.
Para além das coisas que correm por todas as más-línguas, que não é o meu caso, numerário da Opus Dei e servidor de motoristas da Carris em dias de folga, em regime de "franchising", herdado da Amélia da Marmitas, sempre houve qualquer coisa no fácies da Man'ela que me inquietava, não sabia se era chuva, se era gente, mas coisa boa não era, certamente, ora, sensação semelhante só quando deixo, de Ferrari, a Lola, na sua esquina de trabalho, e, mal me vira as costas, penso, "há meia hora, ainda rapavas os pelos as pernas, agora olhando bem para esses silicones, até pareces a Sovício Aparício..."
A razão, estava, como sempre, na leitura dos Clássicos: Manuela Ferreira Leite estava numa das metamorfoses da sua longa Metempsicose. Platão, misógino até à quinta casa, se me não falha a memória da leitura do "Alcibíades III" -- esse Alcibíades, se tivesse vivido hoje, era daqueles que iria trocar uns favores no Jardim de Belém, por um ténis da "Nike", com a Felícia Cabrita a assistir a tudo, sem perceber que se tratava do Mercado Livre, a funcionar, enfim... -- Platão, "dizia eu de que" começava por afirmar que as almas incarnavam, não sei lá de onde, no Homem, depois, o Homem morria de fome, devido à especulação dos bancos, cheios de crédito mal-parado, em redor dos alimentos, e nascia, reincarnado em Mulher, para depois se finar, intoxicado em botoxes e dietas radicais, e vir renascer num leão -- suponho que daqueles do Sporting --, e depois lá seguia por ali fora, de animal em animal, até passar pela lesma, pela alface e até pelos pedregulhos da calçada.
Platão era um gajo cheio de imaginação, porque suponho que cada uma destas transmigrações da Alma, apesar de serem em sentido descendente, implicava um renascer, coisa impossível hoje em dia, porque um tipo decente apagava-se, e, apesar de renascer em Paula Bobone, tinha logo à perna um gajo do B.E.S. a lembrar-lhe que ainda tinha 25 anos de crédito à habitação para pagar, e os gajos são ferozes, porque consta que perseguem tudo, até aos cães sarnentos, e até estar liquidada, ou a alma, ou o último cêntimo, com precedência para o segundo.
Manuela Ferreira Leite, se formos à "Wikipédia", secção do Comboio Fantasma, começou por ser um tal de José Dias Ferreira, Chefe de um dos Governos em que a Monarquia já estava mais para lá do que para cá. Aparentemente -- e isso é um sinal da sua modernidade -- tentou reincarnar em vários homens, mas sem sucesso, já que o Demiúrgo lhe tinha reservado aquele inigualável fácies de equídeo, que tanto a celebrizou nos derradeiros anos do séc. XX. As metempsicoses de Ferreira Leite levaram-na, então, a ser Secretária de Estado do Orçamento de um dos Governos do Cavaco, de onde foi corrida, como profundamente incompetente, e onde logo morreu, para reincarnar, um pouco mais abaixo, já como Secretária de Estado Adjunta e do Orçamento, aliás, dos Três Orçamentos, já que Cavaco governava com o de Estado, o das Privatizações e o dos Fundos Comunitários.
A par com Mira Amaral, foi assim que conseguiu o prodígio de nos colocar na Cauda da Europa de então, o que muito lhes agradecemos, ainda hoje em dia.
Nessa fase, já a degradação ia tão avançada, que teve de se metempsicosar num dos postos mais decadentes de qualquer Governo, o cargo de Ministra da Educação (!), o que representou o abandonar definitivamente a sua anterior forma humana, para se transformar num dos chamados Ministros do Enche-Chouriços -- a par da Pasta da Cultura -- onde ganhou a camada capilar escura que a celebrizou, a Ministra do Mato Grosso e das Retenções. Desse período animalesco, vem a célebre autorização da declaração de Utilidade Pública da defunta Universidade "Independente", que tanto jeito deu a tanta gente boa, de ambas as cores de pele, uns mais de cá, outros mais de Angola. Foi a chamada Era da Academia do Diamante, com esplendores do Diploma comprado de Huíla.
De degradação em degradação, foi depois Ministra de Estado e das Finanças do pior Governo de Portugal, antes de Sócrates, no Período da Tanga, o que até pareceu uma ascensão, mas não era: era tão-só o palco que estava ainda mais embaixo do que outroras-eras...
A sua mente brilhante inventou então um objectivo para Portugal, que era o "Deficit", que já estava em Freud, que dizia que o período sado-anal, de retenção das fezes no esfíncter, relacionado com a Poupança, representava uma estranha forma de vida, ou de prazer, como a defunta Amália diria.
Como cantaria o Outro, o Príncipe Orlowsky, no "Morcego", de Johann Strauss, "chacun à son goût", não fosse a megera achar que 10 000 000 de Portugueses deveriam partilhar com ela o prazer da retenção das fezes, na sala-de-estar do cólon...
Obviamente que tanta rentenção, ou dava um volgo, ou um estouro.
Como Portugal é um país muito imaginativo, uma espécie de Finlândia de Cacilhas, deu ao mesmo tempo o estouro e o volgo... O estouro é o que estamos a viver agora; o volgo chama-se José Sócrates, e corresponde, mais coisa, menos coisa, a expelir pela boca as fezes muito tempo retidas no aparelho digestivo. Eu sei que soa mal, mas é a Real Politik, ou "é a vida", com diria o Guterres.
Nesta fase, já Ferreira Leite se tinha metempsicosisado num agrião mal lavado, e preparava-se, mesmo, para se transformar num grelo definhado, em forma de Farda Mortuária Final da Servilusa, ponto, pt, quando o Patrão de Bilderberg se lembrou de a reincarnar numa coisa ainda mais vil, a candidata do PSD de Rui Rio, Cavaco Silva, Marcelo Rebelo de Sousa e outros dos responsáveis pelo Desastre Nacional.
Em Platão, tudo o que já tinha sido bom degenerava; em Portugal, tudo o que sempre foi péssimo... promove-se.
Eu sei que esta ficção ainda poderia ser pior, e ela ter reincarnado, pelo caminho, em Vítor Constâncio, Paulo Teixeira Pinto, Proença de Carvalho ou Vasco Graça-Moura, mas vamos ficar por aqui.
Por mim, tudo bem, sendo já dado adquirido que o vencedor das próximas eleições será o novo partido, o Partido de Bilderberg, nas suas duas epifanias: ou Sócrates, todo bom e todo-poderoso e todo absoluto e reforçado -- se até lá o Mundo não se tiver extinguido... -- ou Sócrates coligado, no Centrão, com o Mamarracho do P.S.D.
Balsemão já pensou em tudo: para que nada falte aos dois, a próxima metempsicose de Ferreira Leite vai ser um lançamento simultâneo da metempsicose de Sócrates: vão ser geneticamente modificados, e vão nascer siameses, colados pela rata e pelo abdómen, de modo que vão passar quatro anos a dar linguados um ao outro.
Não se ria, prezado leitor: por cada beijo, cada um deles terá de cuspir de nojo para o lado, e as cabeças nas quais eles irão cuspir serão as nossas, como está previsto no tal Sistema Chinês do escarro Cultural.
Muito boa noite, e espero ter-vos estragado o resto da semana.
(Edição Pentagramática hermética no "Arrebenta-Sol","A Sinistra Ministra", "Democracia em Portugal", "KLANDESTINO" e "The Braganza Mothers". Um verdadeiro asco...)

20080430

Calamity Jane


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Imagem by KAOS

Tenho andado naquela fase do no-pachorra-man, para televisões: hoje, caí no erro de ligar a SIC-Monhé, e apanhar com um gaja com alguns títulos promissores, a dizer que havia fome no Mundo, como se isso fosse uma coisa que um noticiário pudesse decretar, ou que tivesse assim caído, de um dia para o outro, para o pessoal ficar ainda mais assustado, e a começar a guardar bofes, tripas e chouriços, debaixo do colchão... Por mim, comi hoje entremeada, e felizmente que não estava ninguém do Bangla-Desh ou de Darfur a ver, porque acho que o próximo passo da estratégia de Bilderberg vai ser pôr os que ainda comem entremeada, a serem logo em seguida postos a ser comidos por aqueles que não têm nada para morfar. Avizinham-se tempos lindos: a Múmia de Boliqueime avisa o outro das cadeiras feitas à pressão para equilibrar as contas, como se equilibrar as contas fosse baixar o preço artificialmente subido da gasolina, do trigo, do arroz, e dessas coisas horríveis que as pessoas pobres são obrigadas a comer. Espero que isto não vá provocar um baque no preço do chocolate com trufas, que aí é que a minha dieta para criar estrias e olhos azuis, de boga, esbugalhados vai ao fundo. Nem quero pensar nisso, prefiro acabar ao pé do Louçã, a fingir que grito pelas vítimas da fome, defronte de uma posta de salmão fumado selvagem, e uma taça de Moët...

A montante, Manuela Ferreira Liete já sofreu as intervenções possíveis dos especialistas de imagem... não, não foram cremes, nem botox, nem pasta de pérola moída: aquilo foi mesmo com tosquiadoras, com martelos pneumáticos e com rectro-escavadoras, em força. Aparentemente, assim, do relance das primeiras páginas dos jornais, enquanto estava a engatar no Colombo, deu-me ideia de que lhe fizeram uma desmatação, tipo o que estão a praticar na Floresta Amazónica, e que repuxaram as crinas todas para trás, nuns ondeados que estão agora na moda, e que me fazem sempre lembrar, o Nuno Rogeiro, na fase terminal da Marquesa de Alorna, em que já fazia subir indiscriminadamente os mulatos ao quarto. Ora, ao desmatarem a Ferreire Leite, aconteceu uma coisa terrível: tudo aquilo que a floresta tropical húmida escondia ficou à vista, as rugas, as estrias, as olheiras, aquela estrutura facial, ditada pela Secção de Ouro dos Equídeos, as manchas de muitos anos de exposição às brumas do PSD profundo, e aquela horrível série de verrugas, que, imediatamente, aproveitaram para dar nas vistas, o Pacheco Pereira, a Marcela, cheia de tesão mental, o Rui Rio, com um cadastro de fazer esvaziar Vale de Judeus, mais uns tarecos que estão lá sempre, muitos deles, da Esquerda e da Extrema-Esquerda reciclada, que é a pior coisa que há, porque são capazes de passar uma estreira parte da vida a gritar umas coisas vermelhas, mas, quando toca a Sineta da Realidade, sentam logo as almôndegas no sofá mais próximo que está perto, e que, geralmente, é uma coisa das tias, mete crucifixos, brocados, reposteiros, rezas, morais e decências, tudo o que é o oposto do meu quotidiano e ideal de vida, que também tenho o direito, não é?...

Aquele repuxar das crinas da Ferreira Leite para trás só me faz lembrar quando descobriram Angkhor Vat, com aquelas carantonhas esfíngicas fabulosas, e trataram de tirar o mato todo, mas as marcas das raízes, os buracos que tinham aberto na zona de ciselamento das pedras, os desmoronamentos, estava lá tudo, como na cara da Ferreira Leite, com a pequena diferença de que a Civilização Khmer foi um ponto alto da História da Cultura, e a Manela não passou de um epifenómeno aqui da taberna, um Khmer Laranja, com ar de Civilização em fase de "rebajas", enfim, uma profetisa da Igreja Universal dos Saldos dos Últimos Dias, e com a caixa de esmolas bem controladinha. Para os mais esqucidos, devemos àquela carranca o primeiro grito de tarzona sobre o "Déficit", e recordo que foi a fase em que mais fiz o contrário e gastei tudo o que tinha e não tinha, só para chatear e as contas dela ainda ficarem mais desiquilibradas: lá terei dado de comer às fiadeiras da Dunhill, da "Richard's", da "Osklen", aos "resorts" do Brasil, às Editoras de Luxo Inglesas, Francesas e Americanas, e aos antiquários de Túnis e Fez. Foi uma alegria, mas a verdade é que começo a ficar preocupado: sendo o Português um povo masoquista, com sexualidade difusa, perturbada e mal assumida; sendo esta gente capaz de se lixar a si própria, desde que, com isso, a vida do parceiro se torne mais difícil, o que eu estou a ver, em hipótese, é um Vigarista da "Independente", sem Maioria Absoluta, em 2009, e uma gaja com cara de cavalo, a dar-lhe imediatamente a mão, e a fazerem a pior das coligações "ever", o Centrão, onde estão alojados 90% dos gajos que destruíram este país desde 25 de Abril, para poder pôr em ordem todas as políticas de contenção, mas a contenção do cidadão comum, claro, nunca, jamais, em incarnação alguma, a dos Grandes Interesses, que esses não se contêm, expandem-se, globalizam-se e oprimem, sem qualquer excrúpulo.

No fundo, o Português, votante e eleitoralista, de 2009, vai ser chamado à Emoção: na Manela reverá a esposa, como muitos gostam, masculinizada, autoritária e frígida, para depois poder ir para a rebaldaria com os amigos e as punhetas virtuais. O Português sentimental vê na Manela a esposa à altura que o Cavaco nunca teve, reduzido à sua fraca Maria corcunda, de chitas de Centro-Esquerda. Talvez tenhamos um "ménage", em Belém, o que não deixaria de ser interessante... Por outro lado, a nível de Governo, Sócrates/Manela seria o equilíbrio dos opostos: a masculinizada e frígida, em conúbio -- hymenaeus -- com o homem-senhora, destravado e com tendências histéricas. Talvez fosse maravilhoso, talvez fosse um belíssimo convite para a Emigração, no fundo, España não está assim tão distante, e ficava o Nuno Rogeiro cá sozinho, para apagar as luzes, depois de ter aviado, no seu avatar de Marquesa de Alorna, o último negrinho do "Rapto no Serralho".

Este texto é apenas metade do que tinha para escrever, mas vai ficar por aqui, porque o próximo vai direitinho ao Acordo Ortográphico, e a todas as benesses e inconvenientes que acarreta.

Obrigado pela atenção.

( Edição em forma de mesa-de-pé-de-galo, simultaneamente no "A Sinistra Ministra", "Democracia em Portugal", "KLANDESTINO" e "The Braganza Mothers" )