20070907

Como estamos de integração? Não estamos ... E inclusão? Nem se fala!!!

De acordo com dados do Ministério da Educação, em 2003/04, já depois de aplicado o DL 6/2001 (o qual veio reduzir, em termos numéricos, a população alvo da modalidade educação especial), foram apoiados 49 406 alunos com NEE de carácter prolongado (note-se que antes da aplicação deste decreto, por exemplo no ano lectivo de 2000/01, eram apoiados, em escolas regulares mais de 75 mil alunos com NEE).

No ano lectivo de 2004/2005 beneficiaram de apoio educativo 56 646 crianças e jovens o que representa uma percentagem de cerca de 5% do total da população escolar. Do total das crianças e jovens com apoio educativo, a maior percentagem (79%) recai nas NEE de carácter prolongado (DGIDC, 2005).

Este ano, “segundo o Director-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), Luís Capucha, estão sinalizados no actual sistema de ensino cerca de 35 mil alunos com necessidades educativas especiais, mas aplicando o Sistema de Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) este número baixa para 25 mil” (Público/Lusa, 06.09.2007).

Em resumo, não é bonito atirar areia para os olhos das pessoas! E é dramático ter-se destruído uma caminhada de cerca de 30 anos em prole de uma Educação Inclusiva. É também muito feio desrespeitar a Constituição Portuguesa e a Lei de Bases da Educação, Direitos Humanos, do cidadão com deficiência e todo um conjunto de acordos e compromissos que tão necessários são para a vida e dignidade humana. Raios partam esta gente!

Nota 1: citei dados do ME e as fontes estão todas referidas neste artigo do qual fiz scanner e coloco em hiperligação.

Nota 2: recomendo vivamente a leitura dos comentários ao artigo do Público online supracitado e que podem ser lidos aqui. Desde já um bem-haja aos comentadores.

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